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sábado, 28 de agosto de 2010

Tic Tac o Vazio de minha alma




Sinto um vazio tão ímpar, tão profundo, como se caisse em um abismo.
A dor do que pode ser, do que será e angústia do é.
Como somos tão vulneráveis, hoje aqui estamos, amanhã quem sabe, sim ou não?!
A vida se torna tão profunda, os minutos tão intensos, tão rápidos, tão preciosos e porque não dizer também tão dolorosos.
O tic tac segue, a chegada, a partida, toda a história de uma vida.
É o descobrir diversas formas de amar, é ter que seguir em frente querendo ficar.
É o ir e grande parte de si ficar.
É a lagrima que rola, tão solitária.
É a esperança que brota, é o sonho que nasce
E o tic tac
Corre o tempo sem parar..
A alma chora, os olhos riem, o carinho surge, a dor ressurge e o vazio consome.
Na alma surge um buraco, um vazio, um nada, um estar só em meio a dor, por mais braços que te rodeiam, é querer o silencio, psiuuuuuuu, não digam nada, deixe-me com a solidão da minha dor, com a minha própria esperança, com meus medos, anseios e revoltas,... eu posso, eu quero, eu devo... sentir...
Torno-no mais humana, o que somos afinal?
E o tic tac, continua a correr.
Olho para trás, quanta vida já passou, quando sonhos que sonhei e alguns deles realizei, quantas lágrimas derramei, e quantas tristezas chamei de vazio... somente hoje eu sei o que é vazio, o nada, a dor.
Olho para trás e vejo como um filme, tudo que passei, as escolhas que eu fiz e as que deixei para trás, me pergunto será que acertei... sinceramente já não sei...
E o tic tac vai esvaziando minha vida e penso neste instante, quanta vida ainda me resta?
E a alegria de um sorriso, ou será apenas a máscara para enganar o mundo do quanto me sinto só, imersa no vazio.
Sinto medo e me faço de forte.
Sinto dor e fingo que não é nada.
Escondo minhas lágrima com um sorriso.
Minha alma se sufoca.
E o tic tac, vai passando....
Tantas perguntas rodam por minha cabeça, rodeiam minha alma, meus sentidos, mas quem as poderia responder se somente Deus pode nos conduzir pela vida?
Ando sem saber para onde ir, sem rumo, perdida em meio ao vazio,
Caminho para onde meus pés tem que ir, meio anestesiada, meio automática, mas afinal, para onde vou?
Meus pensamentos atordoados, minhas emoções descontroladas...
Como poderia me sentir?
E o tic tac vai me consumindo...
Quisera eu poder parar o tempo, apenas por um momento, para descansar minha alma que chora e sofre, para quem sabe encher este vazio, minar este medo, aliviar esta angustia...
Mas o tic tac vai passando.
O vazio continua aqui, minha alma chora, tenho que parecer forte, não posso desanimar, ou posso?
E tic tac,....
Vai passando....

(Kátia Tanaka)