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segunda-feira, 28 de abril de 2008

Benção de Deus


"Às vezes certas bênçãos de Deus entram estilhaçando todas as vidraças." (Paulo Coelho)

Essa frase do Paulo Coelho, retirado do livro Brida, me fez refletir sobre uma imensa benção que recebi há um tempo atrás e que de fato, estilhaçou todas as vidraças da minha vida.
Esta benção veio em de uma forma muito diferente do que eu poderia imaginar que seria uma benção, veio por meio de uma paixão que me tirou dos pés do chão, despertou sentimentos há muito tempo adormecidos, me levou ao céu. Creio que jamais tinha experimentado a felicidade de forma tão intensa.
Foram momentos maravilhosos que vivi, repletos de magia, encanto, sonhos, sentimentos inenarráveis. Cada momento tão único que jamais encontraria palavras para expressar.
Costumo dizer que existe um marco antes e depois desta experiência e talvez tenha encontrado algum sentido em tudo que vivi na frase do Paulo Coelho.
Este texto escrevi há um tempo atrás para esta pessoa e hoje compartilho com vocês.

“Como eu cresci, como eu amadureci com a experiência vivida ao seu lado... como descobri muito de mim.
Descobri ao seu lado a dor e a delicia de se entregar de corpo, alma e coração para alguém. Pois até você eu só me permitia viver pela metade. Ao seu lado vivi inteiramente, de forma tão completa e única jamais vivida.
Descobri que posso me sentir extremamente frágil, pedir colo e mesmo não o tendo, consigo me virar sozinha, não preciso vestir sempre a máscara de "Super Mulher Maravilha" , sou ser humano, tenho sentimentos e não preciso me mostrar sempre forte, de em com a vida e que posso escolher ficar mal por um dia e ressurgir mais forte e mais feliz....
Ao seu lado pude reconhecer a MULHER LINDA E MARAVILHOSA QUE SOU, não digo isso por pretensão, por querer ser a melhor, mas sim porque por meio desta descoberta, passei a me amar muito mais...
Descobri ao seu lado o quanto sou ciumenta, mas principalmente ter a consciência de que quando alguém de fato quer fazer alguma coisa faz...pasmem...você realmente me ensinou isso.
Ao seu lado descobri a fé, a força de Deus em minha vida, e jamais teria descoberto isso se você não tivesse entrado em minha vida, pois aprendi por meio de você, a clamar ao Senhor a esperar e a saber que sou ouvida por ele. Me fortaleci na fé orando por você, me fortaleci em Deus orando por você, clamando por você, pedindo por você. E essa descoberta querido, fez uma imensa diferença em minha vida espiritual.
Ao seu lado aprendi a duras penas que entrar em batalha espiritual, requer preparo, requer fortalecimento, requer primeiro orar por mim, pela minha família, por minha vida, a ter realmente o Senhor diante da minha vida... pois as trevas agem e podem me derrubar...
Ao seu lado descobri o quanto posso ser paciente, não por ser submissa e aceitar tudo, mas afinei que nem tudo tem que ser levado a ferro e fogo e com isso descobri que toda paciência tem que ter um limite. Que uma coisa é ser compreensiva a outra é permitir ser feita de boba.
Ao seu lado descobri meu lado mais negro e vingativo, descobri minha sombra mais perversa e isso foi imensamente ótimo, pois hoje sei meu poder de destruição e com isso posso controla-lo e domá-lo e principalmente não usa-lo, pois sei que as conseqüências seriam danosas, não fisicamente, mas emocionalmente na vida de alguém.
Ao seu lado descobri o valor da entrega, do sentir-se inteira dentro de uma situação e os riscos que se corre, mas compreendi mais ainda o quanto só vivemos quando de fato nos entregamos a uma situação.
Ao seu lado descobri a importância da sinceridade, da lealdade, não que antes eu não soubesse a importância destes valores, mas ao seu lado percebi os danos que podem ser causados quando estes dois valores faltam.
Ao seu lado perdi o restinho do "mundo cor de rosa" que ainda existia em mim, mas compreendi também que me endurecer por conta disso, sinceramente, não vale a pena!
Ao seu lado descobri que posso muito mais do que realmente supunha que pudesse, que meus medos embora grandes, servem para me mostrar o que preciso aperfeiçoar, lapidar e melhorar.
Ao seu lado descobri que não somos nada, pois depois que morremos, somos apenas um pedaço de carne que apodrece.
Ao seu lado, aprendi a olhar a morte com menos temor e realmente como algo que faz parte da vida.
Ao seu lado aprendi que tudo que eu tiver que fazer, devo fazer, pois nunca, mas nunca saberei quando serei a próxima a partir e com isso estou aprendendo a valorizar a vida.
Ao seu lado aprendi que não dá para ser a melhor amiga de quem se gosta, pois poderei ouvir coisas que podem me magoar profundamente... logo, aprendi que uma coisa é ser companheira, outra é tentar ajudar a resolver problemas que definitivamente não são meus. E que realmente não preciso disso.
Ao seu lado resgatei sonhos, sonhos antigos que estavam empoeirados e escondidos no fundo da minha alma, você me trouxe de volta o desejo de ser mãe, o desejo de construir uma família (e sinceramente não uma casa - reforcei o que existia em mim, que uma coisa é construir uma casa, outra é construir um lar, casa qualquer um constrói, porém num lar o alicerce não é concreto e sim compreensão, respeito, amor, sinceridade e principalmente companheirismo). E ao resgatar isso, passei a repensar minha vida.
Ao seu lado, passei a olhar minha vida familiar com os olhos da realidade, você sem querer "afundou dedo" na minha ferida mais dolorida, na época do meu aniversário quando ia comemorar num bar, tudo que me disse realmente me mostrou o quanto vazio aquilo era, me derrubou no fundo do poço esta descoberta, porém isso me ajudou a perceber que posso ressurgir mais forte e passar a amar os meus, mesmo com todas as dores e marcas.
Ao seu lado aprendi a importância das palavras, pois muitas vezes falamos o que nos vem por impulso e isso pode destruir uma vida. Aprendi que devo falar apenas o que sinto, que devo alimentar apenas sonhos que poderei ao menos realizar, que poderei cumprir e concretizar, que palavras vazias todos podem dizer, mas as que de fato transformam uma vida são as ditas pelo coração.
Ao seu lado aprendi o que realmente é bom, realmente como quero e desejo ser tratada e depois de vivenciar o que é bom, não aceito mais qualquer coisa.
Ao seu lado aprendi que não preciso me destruir dentro de uma relação, que posso fazer escolhas e se não me faz mais feliz não tem sentido de continuar a viver, que não preciso empurrar com a barriga o mundo está aí repleto de possibilidades para ser experienciadas.
Ao seu lado pude olhar para meu interior e perceber de fato o quanto sou especial, o quanto sou companheira, compreensiva, o quanto posso amar... porém descobri que sou exigente. Quero ser amada.
Ao seu lado aprendi tantas coisas, coisas que talvez nem tenha conseguido perceber ainda, certamente foi uma experiência única, especial e certamente inesquecível.
Ao seu lado, senti o gosto amargo do sofrer, da dor, do chorar com a alma.. de uma forma tão profunda... putz... foi difícil pra caramba... mas com isso descobri que sofrer faz parte da vida, e o que importa não é o que fazem com a gente e sim o que fazemos com aquilo que fazem com a gente... e eu resolvi carregar o que é bom o que não é bom, serve de aprendizado e deve ser deixado a beira do caminho.
Por este pequeno balanço posso te dizer que VALEU A PENA, pois sei que não vivi em vão.
(Katia Tanaka)

Paixão



Existe sentimento mais gostoso do que aquele friozinho na barriga quando encontramos uma pessoa especial que balança nosso coração?
É um misto de ansiedade, expectativa, medo e felicidade que a sensação é que ficamos totalmente fora de órbita.
Ficamos naquela expectativa de uma ligação, uma mensagem, um e-mail ou qualquer sinal de fumaça que nos certifique que a pessoa também pensa na gente e sente saudades.
As horas parecem passar mais devagar para o tão esperado encontro e quando estamos juntos, parece que a hora voa. A espera é um misto de sentimentos, uma ansiedade toma conta da gente, nosso coração parece até bater mais rápido, nossas mãos tremem e parecemos até suar frio só de pensar que o encontro se aproxima, ao mesmo tempo em que o tempo parece se arrastar.
Quando nos encontramos com esta pessoa tão especial nos transformamos, uma alegria toma conta de nosso ser, creio que jamais exercitamos tanto os músculos da face sorrindo como nestes momentos, parece que o mundo se resume apenas à você e a pessoa.
É uma fase gostosa de descobertas, temos assuntos para horas e mais horas de conversa, que por sinal sempre é pra lá de animada, nos interessamos por tudo que o outro diz, somos capazes de nos perder no tempo conversando, seja pessoalmente ou por telefone.
É tão engraçado, mas nosso humor muda, ficamos mais felizes, mais dispostos, mais empolgados com a vida. O mundo se torna até mais colorido e a sensação de bem estar, felicidade e tranqüilidade é tão intenso que todos aqueles que convivem com a gente percebe que algo está diferente.
Passamos a nos cuidar mais, a cuidarmos de nossa aparência, da roupa que vamos vestir, nossa auto estima sobe ao topo e claro que nossa beleza natural exala até por nossos poros.
É um sentimento que causa uma certa recarga em nossos sentimentos mais intensos e sublimes, como a carregar nossas baterias para continuar a seguir mais alegres e felizes pela vida.
O mundo em si parece mudar nesta fase da paixão, são tantos sentimentos que as palavras jamais poderiam abarcar todo o sentido da paixão em nossas vidas, este sentimento é tão único e cada um de nós a vivência de uma forma única e especial e inesquecível.
(Katia Tanaka)

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Perdas do mundo moderno.



Há um tempo atrás, ao sair para balada fiquei observando o “movimento”.
Lembrei de quando comecei a sair, tinha uns 14 anos, ia para uma baladinha domingueira perto de casa.
Naquela época, num determinado momento da balada, rolava uma musiquinha lenta, o momento tão esperado para dançar com aquele gatinho que estávamos ali de olho, dançávamos, conversávamos, rostinho colado, era tão bom.
Batíamos o maior papo e então rolava o também tão esperado beijo.
Era uma fase em que as pessoas se paqueravam!
Existia aquele lance de ficar olhando, fazendo charme, um aproximar-se para conversar e depois então ficar.
Os tempos mudaram, e mudaram muito.
Fiquei observando a balada e percebi o quanto hoje em dia tudo está tão diferente, superficial e direcionado mais pela quantidade do que qualquer outra coisa.
Parece que a lei de agora é: “Catem o máximo de pessoas que você puder”.
Porque já não é mais ficar e sim catar.
Simplesmente o cara passa, olha para a menina, beija, saí fora e cata outra.
Fiquei pensando no quanto isso é vazio e superficial.
Parece que as pessoas perderam a parte mais gostosa do ficar, a paquera, a sedução, o envolver-se de alguma forma.
Ficar ali, paquerando, depois da aproximação batendo um papinho gostoso, para depois ficar.
Agora fico me perguntando, que graça tem ir para a balada beijar um monte de carinha só para falar que beijos “n” caras e no final das contas nem saber o nome.
Beijar por beijar.
Catar por catar.
Pois nestas condições nem ficar é.
Pois nem deu tempo de ficar, nem deu tempo de se curtir um pouco, mesmo que seja só naquela noite, nem deu tempo de sentir direito a “pegada”, a química, nem deu tempo de saber se a pessoa é bacana, se tem um papo legal, se valeria a pena ou não investir.
Os tempos mudaram.
E esta mudança certamente trouxe mais perdas do que ganhos.
Perdas, porque as pessoas tornaram-se superficiais, perderam até mesmo o gosto pela paquera, pelo jogo da sedução, tudo passou a acontecer muito rápido.
E me pergunto, onde ficam os sentimentos?
Não apenas os sentimentos que podemos nutrir pelo outro, mas os sentimentos que fervilham dentro de nós.
Fico imaginando o quanto essa atitude é vazia, sair para a balada, beijar vários caras e não conseguir ficar com nenhum, em outros momentos estender para um motel, rolar um sexo e no dia seguinte agir como se nada tivesse acontecido.
Será que conseguimos de fato fingir que nada aconteceu?
Ou será que além da ressaca pelo abuso de álcool, também ficamos com ressaca moral.
Será que em nenhum momento paramos para pensar no que estamos construindo e o que queremos para nossa vida.
Aliado a todo este vazio visível que as atitudes de hoje na balada demonstra, percebe-se o aumento de ingestão de bebidas pelos nossos jovens, mas isso é tema para um outro texto, mas, penso que talvez seja apenas um dos sintomas deste mundo atual vazio, onde perderam-se os valores essenciais, não apenas pelo outro, mas principalmente por nós mesmo.
(Katia Tanaka)











sexta-feira, 18 de abril de 2008

Desabrochar.


Como é encantador ver o desabrochar do ser no mundo, seja do nosso ou do outro.
Este desabrochar talvez represente o movimento, a intensidade da vida, exalando sua mais encantadora face.
Quando permitimos o desabrochar de nossa forma de ser no mundo, somos mais autênticos, não apenas com o outro, mas principalmente com a gente mesmo.
Desabrochar, é se permitir olhar para dentro de si mesmo é um movimento constante, pois quando nos permitimos nos conhecer, desabrochamos a cada instante, a cada momento e o mais encantador é que cada desabrochar é único, intenso e nos trás uma sensação de plenitude.
Porém desabrochar representa morrer para algumas formas de ser e crescer nem sempre é fácil ou indolor, nos trás uma certa angústia, requer um olhar para dentro de nós mesmos e vislumbrarmos o que ali vemos, refletir, ousar romper o medo da dor de abandonarmos velhos hábitos, velhas formas de ser no mundo e renascermos.
A cada momento a vida nos convida para refletir sobre nossa forma de ser no mundo, é um momento tão único, tão nosso e tão intenso que ao aceitarmos este convite, nos possibilita descobrir as inúmeras formas de ser no mundo, nos permite desabrochar.
Desabrochar!
Não encontro palavra melhor para representar este nosso contato mais intimo com a gente mesmo, com o nosso encontro mais profundo com a nossa essência, com o retirar das máscaras que nos apresentamos para o mundo. Ouvir o sussurro de nosso coração que nos direciona para nossos reais anseios e desejos, que nos indica quando estamos indo a favor ou contra nós mesmos, quando estamos sendo verdadeiros com nossa forma de ser ou quando nos colocamos como mero fantoches do mundo.
Sinta o seu interior, perceba se esta indo contra ou a favor de você mesmo, se está onde de fato deseja, se esta fazendo o que realmente quer, se esta seguindo pelo caminho que faz seu coração feliz.
Seja fiel a você mesmo. A seus desejos, anseios, vontades, sonhos, a sua forma toda especial de ser e existir no mundo.
Descubra-se
Este processo de desabrochar nos possibilita refletir sobre a forma como caminhamos pela vida, deixamos de ser meros autores, para nos tornarmos autores de nossa própria vida, portanto,
Se for preciso parar. Pare
Se for preciso recuar. Recue.
Se for preciso mudar o caminho. Mude.
Se perceber que esta se enganando. Seja sincero.
Perceba-se e apenas se permita
DESABROCHAR.
(Katia Tanaka)

Momento Certo ????




Parece ser uma tendência do ser humano, diante de algumas situações esperar o momento certo. Mas qual é o momento certo?
Será que de fato existe o momento certo ou existe na realidade um imenso medo de ousar, de fazer acontecer e a espera do momento certo é muito mais uma desculpa para o imenso medo que sentimos de tentar.
Nesta desculpa de esperar o momento certo, deixamos o tempo passar e quando nos damos conta, o momento certo passou.
Passou o momento de dizer o que se sente.
Passou o momento de mudar algumas coisas na vida.
Passou o momento de tomar a decisão
Passou o momento de até mesmo ser feliz.
Claro que sempre é tempo de agir, de tomar decisões, de ser feliz e de mudar, porém quando falo que passou o momento, falo do sentir, do se entregar, do vivenciar.
Ao escrever sobre isso lembro de uma cena da novela “Senhora do Destino” quando a Do Carmo, que teve um longo relacionamento com o jornalista estava para se casar com o bicheiro e esperava o jornalista para pedir permissão, pela consideração que sentia pelos anos compartilhados juntos, e ele lhe disse que eles deixaram passar o momento de tentar vivenciar o casamento, que deixaram passar o momento exato em que tinham que tomar uma atitude e não tomaram.
Esta cena ficou gravada em meu interior, talvez por me remeter à minhas próprias atitudes em muitos momentos de minha vida.
Muitas vezes deixei o tempo passar, por esperar o momento certo e ele passou, quando o que sentia foi dito, quando tomei uma atitude, quando resolvi ousar, já não fazia sentido, pois faltava o encanto que somente o momento certo trás.
O que estamos deixando de fazer hoje por achar que não seria o momento certo?
Quais sonhos abandonei pelo caminho por não achar que aquele fosse o momento certo?
Quantas atitudes não tomei, utilizando como desculpa, que não era o momento certo?
Sabe, a cada dia percebo que a vida é uma dádiva diária, que a cada momento é tão único que devemos absorve-lo ao máximo.
“Não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje”, quantas vezes não ouvimos ou até mesmo não dizemos esta frase que não sei quem foi o brilhante autor?
E o pior de tudo é que deixamos sim muitas vezes para fazer amanhã, seja por comodismo, seja por medo, seja por achar no fundo que a oportunidade, a pessoa, os sentimentos sempre estarão ali. E não estarão.
A vida muda a cada segundo, talvez por muitos momentos não percebemos isso, mas tudo muda a cada instante, o tempo todo. Assim como nós mesmos.
Então vamos aproveitar os momentos de nossas vidas, vamos nos permitir expressar, fazer, ousar, experimentar o que queremos. Vamos abandonar o velho hábito de esperar o momento certo. Vamos superar o medo de mudar.
Vamos deixar florescer em nosso interior a certeza de que todo momento é o momento certo, quando seguimos a nossa bússola interior chamada coração.
(Katia Tanaka)

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Olhos nos olhos



Existe palavras mais profundas do que aquelas que são ditas no silêncio de uma troca de olhares?
Aquelas palavras trocadas nas entrelinhas, que diz o que a boca não tem coragem de dizer.
Nesta troca de olhares, existe uma energia que exala os desejos ocultos.
Talvez o que se omita pelas palavras, não escape à sutiliza das palavras pronunciadas pelo olhar.
O olhar fala, instiga, provoca, anima, traz para nossa vida um turbilhão de sentimentos e sensações que por serem tão profundas e intensas, provocam enfim um desabrochar.
Um desabrochar de sentimentos, desejos, anseios, medos, receios, prazeres, que são conduzidos de formas que vão das mais sublimes às mais avassaladoras sensações e vivencias.
Neste momento as palavras se tornam desnecessárias, apenas pelo simples fato de que algumas emoções são inenarráveis e só podem ser compreendidas quando sentidas, experimentadas e vivenciadas e além disso, quando são permitidas e apreendidas pelo instante.
Se deixar levar pela linguagem silenciosa do olhar, requer um entregar-se para um momento tão único, tão irradiante, tão profundo, que somente quando as almas estão sintonizadas, conseguem captar, apreender e sentir o sussurro do olhar, que nos embala, nos embriaga, nos faz parar o tempo e simplesmente se entregar.
As melhores emoções que podemos sentir são aquelas que desabrocham e que são exploradas pelos outros sentidos além da audição. Estamos tão acostumados a ouvir, que a palavra falada parece ser o palpável, o concreto o que precisamos para acreditar, para nos sentir mais seguros talvez por nos trazer a sensação do real, uma sensação ilusória, uma vez que muitas vezes as palavras, são apenas palavras. Mas o que podemos captar com o sentir, o que conseguimos compreender nas entrelinhas, o que nos é revelado pelo olhar, nos possibilita transcender e apenas vivenciar, deixamos o concreto e venciamos o que há de mais encantador e extasiante.
Quando não utilizamos as palavras faladas e nos guiamos pelas palavras silenciosas pronunciadas pelo olhar, existe um misto de mistério, incertezas o que talvez possibilite aquela sensação prazerosa do desejo desabrochando e tomando conta de todo nosso ser, há um misto de sim e não, um misto de ir em frente ou recuar e estas emoções tão contraditórias nos trazem a expectativa que só poderemos de fato vivenciar se ousarmos ir além de nossos medos e receios, não há o concreto para nos apegar, há apenas o sentir.
E este sentir provoca em nosso interior emoções jamais sentidas, um desabrochar de sentimentos, desejos, anseios que preenche o nosso interior de sentimentos tão sublimes e profundos que somente quando estamos sintonizados, quando nos permitimos ir além do concreto poderemos de fato mergulhar nas emoções e ouvir, sentir o que é dito no silêncio de uma troca de olhar.


(Katia Tanaka)

segunda-feira, 14 de abril de 2008

TPM






Existe uma fase mais medonha na vida de uma mulher do que a TPM?
É uma fase que tudo muda, nosso humor, corpo, apetite, sensibilidade. É um verdadeiro inferno.
A tranquilidade dá lugar para momentos intensos de fúria.
O bom humor, dá lugar a um tremendo mau humor, para ser bem sincera para uma imensa irritação, que logo, certamente dará lugar aos momentos intensos de fúria.
O corpo fica inchado, sensível, uma roupa um pouco mais apertada, incomoda e isso começa a nos deixar de mau humor, que nos levará para um estado de irritação e que ocasionará um intenso momento de fúria.
Ficamos mais sensíveis, qualquer coisa nos deixa entristecidas, aborrecidas, chateadas, magoadas, somos até mesmo capazes de chorar pela mais pura besteira. E certamente este excesso de sensibilidade irrita.
E o apetite então, a vontade de comer doce aumenta, para ser sincera, eu particularmente oscilo neste processo, ou perco o apetite porque só de olhar para a comida me enjoa, ou como tudo que aparece na minha frente, mas o pior é quando oscila nos dois quadros, aí a coisa fica complicada, porque se algo revirar meu estomago, já era.
Esta fase de TPM, é terrível, existe aqueles momentos em que o corpo inteiro fica detonado, e com isso a irritação aumenta. Ficamos extremamente podres, para ser muito sincera, uma imensa indisposição toma conta de nosso ser.
Não é a toa que dizem para que não tomemos nenhuma decisão na fase da TPM, pois nossos sentimentos, apreensão do mundo ficam alterados, estamos numa constante irritação e imersas em nossos momentos de fúria.
Como podemos mudar tanto nesta fase e está mudança se dá de repente, estamos bem e do nada sentimos toda alteração, que se torna visível a quem convive com a gente e da mesma forma que chegou vai embora e tudo parece voltar ao normal.
E certamente da mesma forma que agradecemos e nos sentimos aliviadas porque passou aqueles que convivem com a tente também.
Mas é só uma pequena pausa, mais alguns dias e outra vez, entramos num momento de fúria.
(Katia Tanaka)

domingo, 13 de abril de 2008

Amigas (os) de infância

"Amigos para sempre é o que nós iremos ser
Na primavera ou em qualquer das estações
Nas horas tristes nos momentos de prazer amigos para sempre
Você pode estar longe, muito longe sim
Mas por te amar sinto você perto de mim, e o meu coração contente"
(Amigos para sempre - Jayne)




Um dos maiores tesouros da vida de um ser humano, não são as coisas materiais que conquista, pois esta com o tempo se desgasta, se vai, pode até mesmo ser roubada, podemos até mesmo perder.
Podemos perceber que dentre os maiores tesouros da vida de um ser humano esta a amizade sincera que brota no coração, germina, cresce, se renova e perdura, independente do tempo, da distância, de tudo, pois os verdadeiros amigos, estão unidos pelo coração.
Tenho o privilégio de ter amigos desde a infância, compartilhávamos sonhos, expectativas, medos, confidencias, certamente nossos caminhos se afastaram, mas jamais nos separamos de fato, pois permanecemos unidas por um sentimento muito maior que a necessidade constante de presença física.
É muito engraçado mas olho para cada um e penso, que o tempo passou, nos separamos e nos reencontramos diversas vezes, mas sentimos o amor, carinho, confiança, o sentir-se a vontade como antigamente.
Cada um seguiu seu rumo, alguns (umas) se casaram, outros (as) continuam solteirões (onas), outros (as) casaram e descasaram e há aqueles (as) que casaram de novo, alguns (umas) tem filhos, outros (as) estão se programando para ter, existe também aqueles (as) que não querem ter filhos de jeito nenhum, alguns (umas), continuam a mesma "curva de rio" de sempre, mas ainda carregam dentro de si a esperança.
É tão bom encontrar estes amigos, olhar nos olhos e ver que o tempo passou, crescemos, cada um seguiu seu rumo, mas ao nos encontrarmos a magia, o encanto, a vida se transforma, pois compartilhamos o presente, relembramos o passado, nos permitimos ser feliz uma segunda vez.
Somos confidentes, ombros amigos, mãos que seguram ou que ajudam a levantar.
Somos nós mesmos, sem medos, receios, sem máscaras ou hipocrisia.
Rimos de nossa cara e da cara do outro, brincamos, tiramos sarro, tudo flui de forma natural.
É tão mágico olhar para os filhos de nossos amigos de infância e ver que o tempo passou, que eles já cresceram e estão numa fase que já passamos.
Este realmente é um tesouro, são jóias raras de nossa existência e feliz daquele que as possui.
O mais interessante é ver que nos aceitamos incondicionalmente e nos damos bem porque todos nós nos aceitamos com nossas singularidades, somos o que somos e ponto final.
É emocionante nos reunir com estes amigos, é como um filme que roda em nossa cabeça, pensamos em tantas coisas e nos divertimos tanto, que somente prova que as amizades sinceras perduram para todo o sempre e se nos reencontramos e conseguimos nos sentir tão a vontade como antes, certamente chegaremos à velhice juntos.
Estes são nossos verdadeiros tesouros, as pessoas que nos conquistaram e que conquistamos no decorrer da vida.
Quem os preservou, hoje certamente sabe a imensidão do valor que possuem.
Estes queridos amigos, certamente são as jóias raras que iluminam nossa vida, com seu brilho, preciosidade e valor inigualável.


(Katia Tanaka)

sábado, 12 de abril de 2008

A escola da vida





Disse uma frase esses dias que depois fiquei pensando.
"Quando o conselho não resolve, a vida ensina".
Quantas vezes ouvimos conselhos e simplesmente entra por um ouvido e sai pelo outro?
Claro que me refiro a alguns conselhos e não a todos, pois se conselho de fato fosse bom, ninguém dava, vendia, já diziam os antigos. Mas existem alguns toques, que se ouvissemos faria toda a diferença em nossa vida.
Mas, enfim, temos nossa liberdade de escolha, e com isso, vamos aprendendo que as cabeçadas que damos, quando estamos abertos, podem nos trazer lições valiosas.
Eu tenho aprendido a cada dia pensar sobre o que acontece em minha vida, seja de bom ou ruim e refletir sobre o que posso aprender em cada momento da minha vida. Certamente fez um imensa diferença, pois me permito crescer a cada dia, a olhar o mundo de outra forma, a vivenciar a vida de forma mais leve, tranquila e feliz.
Mesmo nos momentos de angústias e dor, me pergunto, o que posso aprender com isso, e desta forma, vou mudando minha forma de ver e sentir o mundo.
Hoje agradeço, cada momento que passei, seja feliz, triste, angustiante, desesperador, pois percebo o quanto pude modificar meu interior, hoje eu sei, sinto e tenho plena certeza de que sou muito mais feliz!
Feliz, porque aprendi a ser feliz com as coisas mais simples.
Feliz, porque aprendi a refletir sobre tudo que me acontece.
Feliz, porque aprendi a me permitir a ser eu mesma.
Feliz, porque continuo aperfeiçoando este me permitir.
Feliz, porque por meio da dificuldade, aprendi a me virar, a encontrar formas diferentes de fazer as coisas.
Feliz, porque mesmo sendo ferida, não me fechei para o mundo.
Feliz, porque mesmo sendo traída pelas pessoas, não perdi a confiança no mundo.
Feliz, porque mesmo ao desistir da vida, encontrei forças para reviver.
Feliz, porque deixei de existir e passei a viver.
Se eu fosse escrever todos os motivos que me fazem se sentir feliz hoje, passaria o resto do dia.
Mas resumindo todos os motivos, posso dizer que aprendi a ser feliz com aquilo que a vida me trás.
Se a angústia vier, aprendi a acolhe-la um pouco mais, pois sei que isso ira me trazer algum aprendizado.
Se a felicidade chegar, sei que estarei recarregando minhas forças.
Se dificuldades surgirem, certamente, irá me trazer aprendizados muito ricos.
Enfim, aprendi a ser grata pela vida, independente de qualquer coisa, pois como escrevi na mensagem abaixo, o mundo tem a cor que a gente pinta e cabe somente a mim, pegar os pincéis e fazer a melhor arte que puder, com as cores mais ricas e lindas, pois esta obra de arte é minha própria vida e não é feita por outras mãos a não ser as minhas.
(Katia Tanaka)

O mundo é da cor que a gente pinta!





Já ouvi várias vezes a frase "O mundo tem a cor que a gente pinta" e refletindo sobre isso, percebo que faz uma imensa diferença, quando nos permitimos mudar a cor das lentes que usamos habitualmente.
Ontem (11/04) ao sair na rua, olhei para o céu, o sol e o dia estava simplesmente maravilhoso, as cores mais vivas, o vento fresco, o dia estava irradiando uma beleza inenarrável, parecia que o Universo estava em plena harmonia e o Criador emanava suas mais sublimes vibrações de paz, harmonia, alegria e um toque de felicidade.
Passei o dia inteiro assim, admirando a beleza do mundo. Olhava pela janela e vislumbrava o sol iluminando as árvores, as ruas, as pessoas.
Ao caminhar na rua sentia o calor do sol, me envolvendo como um caloroso abraço, o vento sacudia meus cabelos como um gostoso carinho do Criador.
Olhava para o azul do céu e sentia uma imensa paz invadir meu interior.
Apreciei a chegada da noite e mesmo com o céu nublado que escondia as estrelas, a noite estava maravilhosa.
Refletindo sobre isso, percebi que estamos tão acostumados com nossos afazeres do dia a dia que nos esquecemos de vislumbrar, mesmo que por alguns segundos a beleza do dia que se inicia, e isso independe de um lindo dia do sol, pois a beleza do dia está em nossos olhos, em nossa forma de captar a beleza.
Com que lentes você tem olhado o mundo?
Reflita você também e perceba que de fato o mundo tem a cor que o enxergamos e mesmo em meio às dificuldades, podemos escolher ver um mundo repletos de possibilidades.
Existe um poeminha antigo que não sei o autor que diz que "quando estivermos em dificuldades devemos aprender a lição que o grande astro o Sol nos dá todos os dias, pois mesmo encoberto de nuvens ele vem iluminar o nosso dia".
Refletindo sobre esta grandiosa lição, podemos compreender que mesmo diante das dificuldades da vida, podemos ultrapassá-las, vence-las e fazermos o melhor, buscarmos o melhor e tirarmos algum proveito do que estamos passando.
O mundo se transforma quando mudamos as lentes que o estamos enxergando, claro que inúmeros momentos de dificuldade teremos, porém, podemos dar um toque todo especial, olhando o mundo com lentes coloridas, certos de que tudo na vida é uma fase e cada fase nos trás uma lição.
Portanto, ao acordar, admire o nascer do dia, sinta a energia do Universo, o amor do Criador e permita-se simplesmente ser feliz, olhar com aquele olhar curioso para o mundo, descobrindo suas inúmeras belezas, desta forma, mesmo um dia cinzento, se transformara num lindo dia, pois esta foi a forma que você escolheu para admirar o dia.
(Katia Tanaka)

terça-feira, 8 de abril de 2008

Sentir falta de alguém







Existe momentos em que sentimos tanta falta de ter alguém, mas não qualquer alguém, pois existe um momento em que qualquer coisa já não nos basta.
Talvez aí diferenciamos o que seja carência, ou seja, aquele momento em que qualquer momento pode nos trazer o alívio para a solidão que nos invade, mas chega um momento que definitivamente trilhar este caminho é ainda mais vazio, ou como certa vez eu li, trás uma certa "ressaca moral" e nos sentimos mais vazio do que já estávamos.
Quando falo destes momentos que sentimos falta de ter alguém, falo de um outro sentido, além da carência, falo da busca de alguém que venha acrescentar, que seja companheiro, que exista uma troca de vivências, de sentimentos, desejos.
Não falo dos momentos "fast food", que vem e se vão, que são apenas um mero momento e acabou, falo de algo mais, do interesse que um passa a ter pela vida do outro, dos sonhos em comum, falo da construção de um relacionamento, onde certamente a carência não é a base.
Acho que o tempo passa e com isso, ficamos mais exigentes, não nos conformamos com qualquer coisa, pois aprendemos que queremos e temos o direito de ter muito mais.
Claro que os momentos fazem parte deste caminho, afinal nada vem assim prontinho e redondinho, mas nesta fase de se conhecer, aprendemos a escolher.
Já não nos contentamos com relacionamentos mornos, para não dizer quase mortos.
Já não nos contentamos com migalhas.
Já não nos contentamos com "antes ter alguém que ficar só".
Simplesmente porque aprendemos a nos bastar e com isso não quer dizer já não precisamos das pessoas, apenas não depositamos mais a nossa vida nas mãos de ninguém, a não ser na nossa!.
Creio que não existe uma receita para os relacionamentos, cada relacionamento é único e quem procura uma receita para a felicidade a dois, já começou pelo caminho errado.
O que existe mesmo é nos permitirmos!
Criarmos nossa forma de ser neste relacionamento e permitir que o outro seja.
Porém até este processo é único.
O que diferencia na realidade é a nossa forma de nos posicionar diante das possibilidades que surgem a nossa frente e o relacionamento a dois passa a fazer parte de nossa vida e não o motivo de nossa existência, nossa felicidade e nosso sentido.
E partindo disso, podemos até mesmo dizer que somos ainda mais felizes, pois compreendemos que o outro nos chega para somar em e não para ser nossa vida.
(Katia Tanaka)

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Escolhas e Renúncias




Pensar sobre nossas escolhas, requer também pensar nossas renúncias.
Embora pareça fácil lidar com nossas escolhas e renúncias, não é, ao contrário, chega até mesmo ser meio angustiante.
Angustiante por que jamais saberemos como poderia ter sido se tivéssemos escolhido a outra possibilidade.
Talvez aqui se enquadre o tal falado "E si eu tivesse...."
Esse "e si..." pode nos tirar a alegria de viver o momento, de desfrutar o que temos a nossa frente, pode nos fazer se arrepender muito, como pode nos trazer um certo alívio.
Tudo que escolhemos compõe este cenário chamado vida.
Se pararmos para refletir, o que vivenciamos hoje, é o reflexo de nossas escolhas de ontem. E a cada nova escolha, vamos mudando este cenário.
Muitas vezes, insistimos em continuar em determinados caminhos, sei lá porque, seja por carência, seja por dó, seja por medo, seja porque existe um ganho secundário, ou seja lá o porque, cada um tem seus motivos pra lá de íntimos, mas o certo é que de alguma forma a vida nos sinaliza que estamos indo contra nossos reais desejos.
E como bancar com esta escolha?
Como perceber que talvez as perdas sejam maiores que os ganhos?
E como lidar com as renúncias.
As vezes renunciamos sonhos, desejos, caminhos, por puro medo de tentar, ficamos meio que paralisados, diante da porta que se abre e não conseguimos avançar, não conseguimos mudar de caminho.
Existem renúncias que dilaceram nossa alma, e talvez aí que o "E si eu...." parece nos martelar a cabeça e dilacerar nossa alma.
Existem renúncias que são precisas para se avançar, para crescer, amadurecer e enfim, seguir nossos caminhos com passos mais firmes. Mas creio que mesmo essas renúncias tão necessárias nos deixam no fundo uma pergunta "E si eu...".
Creio que este seja o mais angustioso momento do ser humano, um momento que infelizmente vivemos a todo momento, pois mesmo quando paralisamos e nada escolhemos já é uma forma de escolher e de viver a vida.
Talvez este momento de paralisação seja aqueles momentos em que não vivemos, apenas sobrevivemos e de todas as escolhas, creio que essa é a mais triste.
Pois quando escolhemos e quebramos a cara, sofremos, nos machucamos e mesmo isso não sendo muito bom, não deixa de ser Vida.
Quando renunciamos para seguir um outro caminho, por mais que nos atormentemos com a perguntinha básica "E si eu...", não deixa de ser Vida, pois abrimos mão de algo para Viver.
Agora e a paralisação, aquele momento em que simplesmente deixamos a vida nos levar, é muito triste, pois o bom mesmo é pegarmos as rédeas de nossa vida e ousar, escolher, bancar, crescer.
Assumirmos uma posição responsável sobre nossa própria vida!
Isso não tem preço!
E o que você tem feito de sua vida?
Escolhas e renúncias fazem parte da vida. Você tem escolhido o que quer viver e bancado com suas renúncias ou você tem simplesmente paralisado, com medo de pegar as rédeas de sua vida e assumir que tudo que você vive é fruto de suas escolhas, se não está feliz com o que anda vivenciando, mãos a obra.
Transforme sua vida!
Depende somente de você!!!!!
(Katia Tanaka)

sexta-feira, 4 de abril de 2008


Alguém que inicia uma nova fase, certa de que...Não existe passos sem tropeços...Não existe caminhos sem obstáculos...Não existe amor se não houver entrega...Que lágrimas servem para regar as flores de nosso caminho...Que os espinhos fazem do mar de rosas que é nossa vida e certamente tem sua função. Que a dor vem para nos alertar de que estamos indo na contra mão de nossas reais vontades...Que crescer não é fácil, entretanto, tornar-se adulto, não significa ser tão sério.Que a vida por si só em muitos momentos é muito dura, para levar tudo tão a sério.Que ser autentico é ser verdadeiro conosco mesmo e partindo disso, somos muito mais verdadeiros com o mundo... Que em tudo em nossa vida é questão de escolhas e é preciso saber se vamos ou não bancar com elas... e principalmente, que a NÃO escolha também é uma escolha.Que estar só embora doa, nos ensina realmente a viver, uma vida menos dependente, menos estressante e muito mais confiante em nós mesmos, com isso aprendemos que o outro vem para nos complementar e não para ser a razão de nossa vida.Que amigos de verdade estão ano nosso lado, quando somos a sensação da festa e principalmente, quando caímos no fundo do poço.Que precisamos aprender nosso real valor, nossa real capacidade, partindo disso o que o mundo pensa... já não tem tanta importância.Que somente eu posso ser capaz de realmente me fazer feliz.Inicio uma nova fase, certa de que, este ano não foi fácil, entretanto, reconheço que muito me fez crescer. Vivenciei momentos ruins que nunca se quer imaginei, porém vivi momentos de grandes conquistas e isso é só o começo.Afinal, não importa o que eu tenha vivido, o importante é que eu não pare, e sempre continue a caminhar!!!!!!Sou uma criança de maior idade e descobri o quanto isso é bom, afinal quem foi que disse, que ser adulto é levar TUDO a sério? Claro que a vida nos exige "n" posturas, e devemos saber quando deve entrar em cena nosso papéis, afinal, como escreveu Charles Chaplin "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."...
(Katia Tanaka)

Calor Humano ou Desumano






Depois de um longo tempo desempregada, voltei a ativa.
E isso me fez refletir, pois trabalhava perto de minha casa e não precisava enfrentar ônibus e metro lotados.
Estes dias voltando para casa, ao olhar a fila de uma de minhas opções para voltar para casa, resolvi ir para uma outra que achei que seria mais tranquilo e também porque gostaria de saber o horário do mesmo para ir trabalhar.
Quanto a ser mais tranquilo, Puro engano! A fila estava enorme.
Esta linha é realizada por microônibus ou micro-ônibus, como preferirem.
Conversando com uma pessoa na fila, a mesma me contou que todos os dias era uma verdadeira loucura voltar para casa por meio desta linha, relatando sobre as brigas e confusões que presenciava todos os dias.
Papo vai, papo vem, enfim chega o microônibus ou micro-ônibus, quando entrei, já fiquei próximo a porta de entrada, que é a mesma da saída e por incrível que pareça, as pessoas que estavam do lado de fora, nos empurrando para entrar, pois o próximo, só chegaria dali 40 minutos.
Fomos de tal forma que nem precisava se segurar, pois certamente ninguém caíria.
E fomos conversando, falando da precariedade do transporte público.
Fiquei pensando que isso sim era "Calor Humano" para não falar desumano.
Refletindo sobre este meu período de desemprego, onde tive que me adaptar de "n" formas para tocar a vida, me lembrei da minha experiência na estação de trêm na Luz, horário de pico, se por acaso, não tiveram esta experiência, experimentem!!!!!
São pessoas, trabalhadoras, que depois de um dia inteiro ralando, correm, se empurram para entrar no trêm sem nem ao menos deixar quem está dentro sair, e aí de quem ficar na porta, além de bem dizer não conseguir sair, corre o risco de ser literalmente empurrada para dentro do trem, tudo isso para buscar um local para sentar, são pessoas que correm e chegam até sentar umas no colo das outras.
Fiquei refletindo sobre isso, ao presenciar várias vezes esta mesma cena, em vários dias diferentes, e não pensem que na estação de trêm brás não é a mesma coisa....
E não vou nem comentar estação da sé, linha vermelha, sentido corinthians-itaquera....
É de fato vivenciar um calor humano, muito desumano.
Claro que para cada coisa que vivemos, cada um de nós tira um aprendizado, uma lição, uma forma de ver e sentir a vida.
Certamente foram experiência que de alguma forma me fizeram crescer, olhar a vida de uma outra forma, cair na real em muitos sentidos e o melhor de tudo, aprender a me divertir, rir, brincar, afinal, certamente é bem melhor do que se estressar.
Voltando à experiência do microônibus ou micro-ônibus, algumas pessoas que estavam na frente, como eu, quase em cima do motorista, conversavam, comentavam sobre a situação, e tentavam buscar a "solução" para um itinerário melhor, mesmo espremidas, mesmo sem nem ao menos conseguir se mexer, se ajudavam, fosse para tentar rodar a catraca para quem precisava validar o cartão porque ia vencer o prazo, seja para informar que não precisava rodar a catraca porque o importante era validar o cartão, seja para falar de opções para voltar para casa de maneira mais confortável.
E toda esta situação trás uma reflexão, muitas vezes reclamamos muito, e esquecemos de olhar o que há de bom na vida, que existe pessoas que certamente estão em situações muito piores do que nós, e principalmente o ajudar-se de alguma forma.
Isso sim é calor humano, mesmo que em meio a um calor extremamente desumano.
(Katia Tanaka)

Experimentar

Lembro-me da primeira vez que ouvi esta palavra, não no sentido popularmente usado, mas de uma forma reflexiva, experimentar a vida, situações, momentos, formas de ser, de existir, de estar...
Como é profundo o sentido desta palavra!
Podemos experimentar a vida, sentir todas as possibilidades de ser, ousar ser por um momento e depois perceber que nada tem a ver com nossa forma de ser e existir no mundo.
Podemos experimentar vivenciar momentos e depois mudar o caminho.
Podemos apenas nos permitir experimentar, sem nos cobrar, sem nos impor condições que nos limitam.
E claro que neste processo de experimentar é importante antes de tudo, saber nossos limites.
Experimente!
Ouse refletir sobre esta palavra, colocá-la em prática, com o tempo irá perceber a leveza, a tranquilidade de seguir e recuar, de vivenciar e deixar de viver, de provar os sabores da vida.
Experimentar talvez seja nos dar a permissão de viver!
Existem momentos que nos angustiamos diante de decisões, até mesmos nos forçamos, nos cobramos, quando podemos simplesmente Experimentar.

(Katia Tanaka)

terça-feira, 1 de abril de 2008

É PRECISO "MORRER" PARA RENASCER MAIS FORTE!!!!




Há momentos na vida que são difíceis, porém decisivos... Momentos em que algumas situações em nossas vidas precisam “morrer”. Estas situações podem ser um sonho, um amor, uma paixão, um vício, um comportamento, um ideal, um medo, uma lembrança, uma mágoa, a falta de perdão, de amor próprio entre outras coisas.... Nestes momentos o que nos resta é encontrar forças e coragem para passar por este processo. Fácil? Certamente NÃO Este é um momento decisivo onde escolhemos deixar de carregar o peso do PASSADO em nossas vidas para andar mais LEVE... nos permitindo abrir-se para o novo, para novas possibilidades de ser e estar no mundo.Talvez este processo possa ser retratado como a metamorfose que passa a lagarta até se transformar em borboleta.
Primeiro a lagarta entra no casulo, depois de um longo processo, renasce como borboleta e creio que assim somos nós,
Alguns momentos somos como a lagarta, talvez o casulo seja os momentos difíceis que nos levam a refletir, nos chama para uma mudança, e passando esta fase, podemos nos lançar livremente pela vida “voando” de forma mais leve rumo aos nosso sonhos e objetivos.
Percebo este momento muito solitário, tão íntimo, tão a sós que embora tenhamos pessoas ao nosso lado, este processo é totalmente individual, não dá para o outro apreender o sentido de nossa alma. Compartilhamos pensamentos, vivencias, mas somente nós poderemos sentir a dor de matar sonhos, ilusões, situações, sentimentos, vícios, paixões, comportamentos... para ressurgir.... para nos abrir para o novo.
Esta mudança nos faz refletir sobre o que precisamos deixar pelo caminho e o que vale a pena carrega.
O que você tem carregado desnecessariamente pelos caminhos da vida?

(Katia Tanaka)