Estou atenta, no aqui e agora.
Enquanto escrevo, imagens, sentimentos e falas, passam por minha mente, como um rio que corre de maneira tranquila.
Imagens do presente, passado, expectativas do futuro, ruídos que me falam sobre medo, expectativa, ansiedade, dor e alegria. Apenas observo e deixo ir e vou desenrolando aqui, minhas palavras.
Estou atenta aqui, mas me torno observadora do que em paralelo se passa em minha mente... deixo tudo ir e vou sentindo o misto de emoções que aflora e se vão...
Vão passando, passando, fluindo, seguindo seu fluxo.. será este o sentido da impermanência.. do desapego, do deixar ir e fluir? Não seguro nada, não me apego a nada, apenas me permito escrever o que surge e deixar ir.
Me observo, se tento controlar como escrevo os pensamentos as imagens cessam, me perco... deixo de lado a paz, parece que perco a espontaneidade, sera essa a essencia do controle.
Não sei...
Percebo como é estranho retornar a livre expressão, no começo trava, os pensamentos parecem traçados, o corpo reage tensionando, a respiração se torna mais superficial, e então puxo o ar e relação.... Apenas deixo fluir.
Retorno a atenção para os sons, depois para minha respiração e meu corpo.
Fecho os olhos por um instante....
A mente tagarela está aqui... sinto suas emoções, suas palavras.... penso... preciso trazer a cura até aqui...
Aos poucos retorno...alerta, o silêncio se esvaiu... para onde foi... me pergunto...
Fecho os olhos mais uma vez.
E o encontro na silenciosa melodia de paz, de minha alma.
Kátia Tanaka
Nenhum comentário:
Postar um comentário