Todo término dói.
Não importa se ainda estamos perdidamente apaixonados ou se chegou ao fim porque já tentamos tudo que nos era possível e chegamos a conclusão que o melhor a fazer é partir.
Dói porque nos deparamos novamente com a solidão e teremos que correr o risco de novamente recomeçar.
Dói a ausencia dos hábitos, até então existentes.
Dói o silêncio do telefone, a ausencia de notícias.
Dói saber que o outro sofre ou que não esteja sofrendo como nós.
Dói porque vivenciamos o luto de tudo que perdemos, os sonhos, planos, contato com a família que as vezes se tornam como nossas.
Dói porque muitas vezes nos perdemos dentro da relação.
Entretanto, não importa o quanto doa, é sempre preciso recomeçar, encarar a ausencia, o vazio, o estar só e as perdas ocorridas durante este relacionamento.
É um momento de recolhimento, de avaliar os aprendizados que podemos e devemos tirar desta situação. Fugir da dor não ameniza o sofrimentos e as vezes prolonga ainda mais a sensação de vazio, pois na busca desenfreada de aliviar a dor, acabamos por cometer erros e o pior usamos as piores formas de fugir da dor.
Encarar a dor do término de uma relação, nem sempre é fácil, mas fugir dela, pode ser pior ainda.
Encarar que mais uma vez nossos sonhos se desfizeram, dói, entretanto, dói mais ainda, não aceitarmos esta perda e insistirmos em buscá-lo quando já não se encaixa mais na vida do outro.
Encarar a solidão dói, mas dói mais ainda o vazio sentido quando se busca o outro como fuga.
Perdas e recomeços fazem parte da vida, o tempo todo vivenciamos este ciclo, estamos a todo instante nos transformando, perdendo e ganhando e nem nos damos conta.
Pior do que um relacionamento desfeito é a não aceitação.
Com isso prolongamos o sofrimento, muitas vezes insistindo em retomar esta relação, implorando o amor de alguém que já não o tem dentro de si para nos dar.
E por mais dura que seja esta verdade, encare.
A ausencia dói, mas dói ainda mais a indiferença, a ligação não atendida, a frieza na voz, o e-mail não respondido.
Parta e deixe partir.
Siga em frente, logo passa.
Pode demorar um pouco, ainda mais se o relacionamento foi o sentido de nossa vida, mas acredite, passa.
E quando passar, guarde a preciosa lição: que o outro jamais seja mais importante do que você mesmo.
Que estar com o outro, jamais seja mais importante do que compartilhar momentos com seus amigos, sua família e com você mesmo.
Que os sonhos que fizer com o outro, jamais seja mais importante do que os seus sonhos.
Que a vida do outro, jamais seja mais importante do que a sua vida.
Que o que o outro gosta, seja estilo musical, gênero literário, lugares preferidos, estilos de filmes, etc, jamais sejam mais importantes do que os seus.
Que o outro jamais seja o centro de sua vida.
Que jamais interrompa seus sonhos, para viver os do outro.
Seja você o centro de sua vida.
E esteja com o outro para compartilhar momentos, para escrever uma história que certamento não existirá como elenco apenas vocês dois.
O outro deve entrar em nossa vida para somar, para estar com, e não para ser o motivo unico de nossa existencia.
Ninguém morre por amor e sim por falta de amor próprio, por abandonar a pessoa mais importante do mundo: você.
Claro que com isso, não desejo passar a idéia de que devemos olhar somente para o "nosso umbigo", pois agindo assim não compartilhamos e não estamos com o outro, quero apenas dizer que não devemos nos abanonar e sim que podemos ser nós mesmos com o outro e com isso crescermos e amadurecermos e que se por acaso o relacionamento chegar ao fim, mesmo que doa, possamos seguir em frente.
Então siga em frente, dói mais passa e quando passar, verá os beneficios que este término trouxe para sua vida.
Se terminou, não era pra ser, se existiu foi porque tinhamos algo a aprender.
Leve o que foi bom, deixe o que precisa ser deixado à beira do caminho.
Recomece.
(Kátia Tanaka)
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