Ao ler esta frase no livro Brida de Paulo Coelho, fiquei refletindo sobre os vários momentos em que as emoções foram como cavalos selvagens em minha vida.
Foram momentos tão únicos, ricos com os mais profundos sentimentos e emoções, poderia até mesmo dizer que foram mágicos.
Como a própria frase diz, estas emoções são de certa forma avassaladoras, acabam por tomar conta de nossos sentidos, tentamos controlar, porém não conseguimos e parece que quanto mais esforço fazemos para conter, mais dominam nosso interior, provocando uma explosão de sentimentos, nos fazendo perceber o mundo de forma plena e intensa.
Nossa imaginação voa solta, imagens surgem, talvez denunciando nossos mais profundos desejos e por mais que tentemos fugir, não conseguimos, algo nos prende, nos faz permanecer ali, absorvidos por todos os intensos sentimentos que nos dominam.
Falar sobre estas emoções é falar sobre desejo, sobre entrega, sobre lançar-se sem medo, sobre permitir-se vivenciar o que há de mais profundo quando duas almas se encontram.
É falar também do brilhos nos olhos, do gosto inigualável de um beijo, do aconchego de um abraço.
É falar também do arrepio que sobe em nosso corpo, quando sentimos o toque, a sensação de bem estar, quando sentimos o cheiro, do frio na barriga, quando avistamos o olhar, da doce melodia quando ouvimos a voz.
É falar também sobre o desejo que surge e que parece queimar nosso interior.
É falar sobre como subimos ao céu e retornamos à terra, nos sentindo uno com o Universo.
Falar sobre estas emoções é falar do todo que envolve duas almas que certamente não se encontram por acaso.
E principalmente é ousar falar do que jamais poderia ser explicado por meio das palavras, pois estas emoções acabam ultrapassando qualquer entendimento, não é preciso entender, apenas sentir, não é preciso explicar, mas apenas nos entregar.
Deixando apenas que corram soltas nos levando à plenitude de nossas emoções, sensações, desejos e sentimentos, como num ato de entrega, de vivências inigualáveis e certamente únicas em nossas vidas.
Katia Tanaka
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