“E de nada adianta compreender o Universo inteiro quando se está só” (Paulo Coelho)
A cada dia me convenço de que nada, absolutamente nada na vida acontece por acaso. Tudo tem uma ligação, uma razão que talvez jamais iremos compreender, mas uma coisa é certa, tudo acontece no momento certo.
A leitura do livro Brida de Paulo Coelho, chegou em minhas mãos no momento certo, muitos foram os despertares, mas irei, no momento, focar apenas um: O Amor.
A frase acima despertou em mim, a face mais fria e doída da solidão (talvez por isso escrevi primeiro sobre ela). Acredito que jamais tinha sentido o gosto tão amargo da solidão como hoje e este talvez seja um dia muito importante, talvez um marco: a morte e o renascimento.
Falei uma frase para um amigo que me fez refletir, “de que me valeram todas as conquistas e vitórias que tive em minha vida se não tive com quem compartilhar”.
Essa frase de certa forma me chocou. Talvez este choque tenha ocorrido porque ao lembrar de momentos tão importantes em minha vida, embora cercada pelos meus e por amigos do coração, no fundo, sentia muita falta de um companheiro e porque não dizer de um amor, para compartilhar minha alegria, para estar entre as pessoas queridas celebrando minhas vitórias.
Assim como senti muita falta deste companheiro nos momentos de tristeza, angustias e decepções. Olhava ao meu redor e pensava “como seria bom ter um colo para me aconchegar, repousar um pouco e refazer minhas forças”.
Hoje percebo que a solidão já tinha mostrado sua face mais fria e cruel, mas meu medo de me entregar ao amor, era mais forte.
Paro alguns instantes para refletir como eu sentia, esperava, buscava e idealizava um amor. Lembro que sempre tinha uma pitada de contos de fadas, tudo tão perfeito com direito a um coral dizendo “E foram felizes para sempre”.
Talvez por isso minha busca tenha sido tão frustrante, buscava algo que não condiz com a realidade, procurava por príncipes e não por um ser humano com qualidades e defeitos, imaginava uma relação a dois “encantada” e não real, e talvez por isso tenha por muito tempo me comportado como princesa.
No decorrer da fase de solidão, morri como princesa para nascer como mulher, repleta de qualidades e defeitos e buscando não mais um príncipe encantado e sim hum homem, não mais o amor encantado e uma história que encerrasse com o coral “E foram felizes para sempre”, e sim um amor cultivado, uma relação que passasse por todas as estações, que morra e renasça mais forte, não busco mais apenas um grande amor e sim aquele que além de me amar, possa de fato estar comigo, possa ser companheiro, não porque gostamos das mesmas coisas e sim porque aprendemos a compartilhar uma parte de nosso mundo, um com o outro e desta forma crescer juntos.
Hoje vejo que o amor que um dia busquei e o motivo porque tanto sofri, na realidade não era amor e sim carência, não era cultivado e sim aprisionado, não era compartilhado e sim retido. Este sentimento que imaginava ser amor, não o era por completo e sim muito mais uma busca de uma parte do meu eu. Claro que tive em minha vida pessoas muito especiais, mas hoje sei que faltava o principal, o amor por mim.
Hoje, estou aprendendo a cada dia me amar mais, pois compreendi que todo amor deve ser cultivado, da mesma forma que compreendi que o amor reside na liberdade de permanecer e partir, não se apresenta de uma única forma, como se fosse um padrão e sim que por ser tão único é tão profundo e tão especial.
Muitos abandonaram o amor por não ser como eles próprios moldaram, outros permitem que o amor apenas seja e se extasiam com sua profundidade e beleza.
Por isso hoje busco a liberdade do amor que assim tão livre pode entrar, fazer morada em meu coração, ser e fazer feliz e quando mais nada restar, partir.
Falar sobre o amor como liberdade, pode parecer ilusório, impossível, idealizado, mágico, pode até parecer conter uma pitada de conto de fadas, talvez porque o amor trás em si, sentimentos muito variados, mas quando compreendemos que o amor só vale a pena ser vivido quando existe um verdadeiro encontro entre duas almas, uma verdadeira troca, um compartilhar, percebemos que de nada adianta tentar segurar o outro em nossa vida, mas isso é assunto para um próximo texto......
Katia Tanaka
A cada dia me convenço de que nada, absolutamente nada na vida acontece por acaso. Tudo tem uma ligação, uma razão que talvez jamais iremos compreender, mas uma coisa é certa, tudo acontece no momento certo.
A leitura do livro Brida de Paulo Coelho, chegou em minhas mãos no momento certo, muitos foram os despertares, mas irei, no momento, focar apenas um: O Amor.
A frase acima despertou em mim, a face mais fria e doída da solidão (talvez por isso escrevi primeiro sobre ela). Acredito que jamais tinha sentido o gosto tão amargo da solidão como hoje e este talvez seja um dia muito importante, talvez um marco: a morte e o renascimento.
Falei uma frase para um amigo que me fez refletir, “de que me valeram todas as conquistas e vitórias que tive em minha vida se não tive com quem compartilhar”.
Essa frase de certa forma me chocou. Talvez este choque tenha ocorrido porque ao lembrar de momentos tão importantes em minha vida, embora cercada pelos meus e por amigos do coração, no fundo, sentia muita falta de um companheiro e porque não dizer de um amor, para compartilhar minha alegria, para estar entre as pessoas queridas celebrando minhas vitórias.
Assim como senti muita falta deste companheiro nos momentos de tristeza, angustias e decepções. Olhava ao meu redor e pensava “como seria bom ter um colo para me aconchegar, repousar um pouco e refazer minhas forças”.
Hoje percebo que a solidão já tinha mostrado sua face mais fria e cruel, mas meu medo de me entregar ao amor, era mais forte.
Paro alguns instantes para refletir como eu sentia, esperava, buscava e idealizava um amor. Lembro que sempre tinha uma pitada de contos de fadas, tudo tão perfeito com direito a um coral dizendo “E foram felizes para sempre”.
Talvez por isso minha busca tenha sido tão frustrante, buscava algo que não condiz com a realidade, procurava por príncipes e não por um ser humano com qualidades e defeitos, imaginava uma relação a dois “encantada” e não real, e talvez por isso tenha por muito tempo me comportado como princesa.
No decorrer da fase de solidão, morri como princesa para nascer como mulher, repleta de qualidades e defeitos e buscando não mais um príncipe encantado e sim hum homem, não mais o amor encantado e uma história que encerrasse com o coral “E foram felizes para sempre”, e sim um amor cultivado, uma relação que passasse por todas as estações, que morra e renasça mais forte, não busco mais apenas um grande amor e sim aquele que além de me amar, possa de fato estar comigo, possa ser companheiro, não porque gostamos das mesmas coisas e sim porque aprendemos a compartilhar uma parte de nosso mundo, um com o outro e desta forma crescer juntos.
Hoje vejo que o amor que um dia busquei e o motivo porque tanto sofri, na realidade não era amor e sim carência, não era cultivado e sim aprisionado, não era compartilhado e sim retido. Este sentimento que imaginava ser amor, não o era por completo e sim muito mais uma busca de uma parte do meu eu. Claro que tive em minha vida pessoas muito especiais, mas hoje sei que faltava o principal, o amor por mim.
Hoje, estou aprendendo a cada dia me amar mais, pois compreendi que todo amor deve ser cultivado, da mesma forma que compreendi que o amor reside na liberdade de permanecer e partir, não se apresenta de uma única forma, como se fosse um padrão e sim que por ser tão único é tão profundo e tão especial.
Muitos abandonaram o amor por não ser como eles próprios moldaram, outros permitem que o amor apenas seja e se extasiam com sua profundidade e beleza.
Por isso hoje busco a liberdade do amor que assim tão livre pode entrar, fazer morada em meu coração, ser e fazer feliz e quando mais nada restar, partir.
Falar sobre o amor como liberdade, pode parecer ilusório, impossível, idealizado, mágico, pode até parecer conter uma pitada de conto de fadas, talvez porque o amor trás em si, sentimentos muito variados, mas quando compreendemos que o amor só vale a pena ser vivido quando existe um verdadeiro encontro entre duas almas, uma verdadeira troca, um compartilhar, percebemos que de nada adianta tentar segurar o outro em nossa vida, mas isso é assunto para um próximo texto......
Katia Tanaka
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