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domingo, 9 de maio de 2010

Estou de mal

Hoje acordei de mal do mundo
Achando as coisas tão absurdo
Querendo fechar os olhos, ouvidos
estagnar os sentidos
para o mundo.

Hoje acordei de mal com a vida
Não entendo que Sina é esta
Que me invade, me domina.
Que preenche os meus dias
Com esta mesmice de ser.

Hoje acordei de mal com os escritos do meu passado
Com os beijos, abraços, sonhos quebrados
Quero um trator, passando por minha vida
Destruindo tudo que ficou inacabado
Esvaziando, deixando espaço
Para florescer a vida.

Hoje acordei de mal com o presente
Que hoje parece tão descontente
Tão sem graça, deselegante
Tão vazio de vida e de harminia
Que chega a agoniar a alma
E espantar os lapsos de alegria.

Hoje acordei de mal comigo
Com meus costumeiros defeitos
Que eu sempre sem jeito, torno a encara-los.
Com meus costumeiros mal habitos.
Que só meu deixam se sentir culpada
Com meu comodismo, que faz o tempo passar
E me deixar a sensação de a vida desperdiçar.

Hoje acordei de mal com a bagunça que esta o meu ser
Que se reflete por minha vida, minha alma, meu guarda-roupas e gavetas
Por minhas palavras vazias, tão cheias de agonias.
Por meu ar triste, sentimento melancolico
Por não querer fazer nada para mudar este ar descontente.

Hoje acordei, somente abri os olhos, mas não saboreei
O delicioso gosto da VIDA.
(Kátia Tanaka)

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