Translate

segunda-feira, 31 de março de 2008

Vida


A vida é sempre tão engraçada...
Acontecem coisas que realmente nos faz pensar, em seu sentido, nas direções que vamos seguindo. Na forma como nos mostramos para o mundo e o que esperamos deles e das pessoas.
E a vida nos surpreende.
E aí chegamos à considerações, pois tirar conclusões acaba por nos nos deixar cegos para apreciar as situações com novos olhares.
Considerações que muitas vezes nos tiram o chão, mas ao nos deixar "flutuando" nos abre para novas possibilidades.
As vezes narramos histórias, e a sensação de vazio que temos diante do ouvinte, nos trás uma sensação de desamparo tão grande... Esta consideração embora nos deixe com esta sensação, nos abre novas possibilidades de aproximação.
Outras vezes a narração desperta no ouvinte, uma sensação de cuidador, nos acolhe em seus braços, nos acolhe e então nos sentimos protegidos.
Sentimo-nos diante do devir, vivenciando sua angustia....
Um momento em que o ontem, o hoje e o devir se misturam, formando nosso ser.
Lançar-se ao devir, é abrir mão de uma série de possibilidades, para lançar-se a uma.
Ao lançarmo-nos a uma, é encontrar a força para bancar esta escolha. Se mantivermo-nos no que seria, não conseguiremos olhar o que é, nem lançar-se ao que pode ser.
E assim é a vida.
Como um livro que narramos nossa história.
Onde registramos nossos contos.
O que diferencia, é a forma como nos colocamos diante da vida.
Podemos abandonar caminhos. E as vezes até devemos fazê-lo, abrir-se para novas possibilidades, enxergar novos horizontes, apreciarmos novas paisagens, respirarmos novos ares.
Assim é a vida.
Que surge diante de nossos olhos, trazendo cravada em si os mistérios. O que muda é a forma como vivenciamos, sentimos e expressamos.
Colocar-se diante da vida, do outro, requer lançar-se.
Requer abandonar o peso do medo, que faz-nos sentir acuados.
E tirar os óculos escuros, e enxergar as possibilidades.
Assim é a vida.
Com seu sabor doce e amargo, as vezes a mistura dos dois.
O que muda é a forma como a degustamos.
Talvez devêssemos agir como crianças, nos lambuzarmos com a vida.
Entretanto, para tal, precisamos lancarmo-nos.
Deliciando-nos com as possibilidades.
Possibilidades, desta maravilhosa obra prima é feita a vida!.
O que temos feito com as possibilidades?
Como temos sentido e vivenciado essas possibilidades?
Como estamos nos abrindo para as possibilidades?
Ou até mesmo como fazemos isso?
Começando por EXPERIMENTAR.
O que fazemos com as dores que carregamos em nossas almas. As acomodamos para que doam menos, ao invés de tentar arrancá-las.
E assim vamos caminhando pela vida. Se focarmos nosso olhar apenas nas feridas, deixaremos as possibilidades da vida passar.
Se focalizarmos apenas na dor, deixaremos passar as oportunidades de acomodá-las.
E assim certamente é a vida!.
Vamos construir nossa historia, narrá-la, contá-la, desfrutá-la, repleta de possibilidades vivenciadas, dores acomodadas.
Novos horizontes conquistados.
Encontrar nossa forma especial de fazer esta vida... certamente valer a pena.
Não existe receitas prontas, cada receita é única para cada um de nós.
Então vamos encontrar pelo caminho os ingredientes, que NOS façam felizes.
E aí então poderemos dizer.
Esta é a história que começo a narrar sobre a MINHA VIDA.
(Katia Tanaka)

Possibilidades do que fui, do que sou e do que vou vir a ser



Existem momentos em nossas vidas que são “mágicos”. Não tanto pelo encanto, pela sensação de prazer intensa, pela felicidade que nos proporciona. São “mágicos” por que são únicos..... tudo na vida é único.
Este momento mágico é único para cada ser;
Estou num destes momentos mágicos, onde posso dizer que me sinto uno com o Universo, não faço apenas parte dele, mas me sinto intensamente como o Universo.
É como se em meio à tempestade eu estivesse num lugar tranqüilo dentro de mim, tudo está em paz, uma tranqüilidade tão grande, um estar tão completa de mim mesma.
Não existe, neste momento, separação nenhuma, sou o Tudo.
O Tudo que me rodeia, o Tudo que vivenciei e o Tudo que quero vir a ser.
É simplesmente estar! Experimentar me lançar e sentir que posso estar em Tudo como o Tudo está em mim.
Transformar em palavras, não é possível, é uma sensação única... especial, intensa.... lançar-me!!!!!!! Mergulhar no ontem, vivenciar o hoje e sentir o amanhã....sem expectativas mas com inúmeras possibilidades...
Sim neste momento percebo que a vida é isso Possibilidades...
O que fui, foi uma das possibilidades que decidi vivenciar e sou também outras que tive que deixar para trás... O que sou, é uma entre tantas possibilidades que poderia ser, e ao mesmo tempo todas as outras que deixei de vivenciar... O que serei também será uma das possibilidades entre tantas que deixarei passar....
Com isso percebi, que posso me lamentar pelo que foi, ou aceitar que dentre tantas possibilidades escolhi vivenciar uma.
Percebi que posso me angustiar pelo que vivencio, ou simplesmente aceitar e compreender que escolhi vivenciar uma possibilidade de ser, e se quiser posso deixar esta e vivenciar outra... mas não mais como presente e sim como de vir....

(Katia Tanaka)

Frase - Fernando Pessoa





"É preciso fazer da interrupção um caminho novo; fazer da queda, um passo de dança; do medo, uma escada; do sonho, uma ponte; da procura, um encontro" - Fernando Pessoa
Esta frase do Fernando Pessoa, me inspirou a refletir sobre os eternos "Recomeçar" em nossas vidas.
Cada novo dia é um recomeçar, um momento de mudar, seja a direção de nossos passos, o corte de nosso cabelo, adquirir um novo conhecimento, fazer planos, enfim, são as inúmeras possibilidades que nos chamam, que nos despertam.
Quantos caminhos que estamos seguindo, não são simplesmente desfeitos, como um estalar de dedos e nos encontramos sem rumo?
Quantas são as nossas quedas que ficamos ali estatelados no chão de nossa existência, meio que paralisados, pois não esperávamos?
Quantos não são os nossos medos, alguns até mesmo ridículos e sem sentido nenhum?
Quantos sonhos deixamos para trás pelo simples medo de tentar?
Quantas vezes não nos perdemos, de pessoas queridas e até de nós mesmos?
Esta frase de Fernando Pessoa, nos faz refletir sobre nossa vida e principalmente da importância de recomeçar.
Mesmo porque a vida não pára, continua a seguir seu ritmo, nós é quem muitas vezes paramos no tempo, esquecendo inclusive de cuidar de nós mesmos.
Que tal fazer uma pequena reflexão da vida!
Olhar ao redor e descobrir os inúmeros caminhos que podemos escolher.
Olhar para nossos medos e ver se de fato tem fundamento ou não, se precisamos nos esconder ou podemos escolher desabrochar.
Olhar para nossos sonhos e ver o que podemos fazer para realizá-lo.
Olhar ao nosso redor e percebermos se não estamos nos afastando das pessoas, nos fechando em um isolamento que somente nos faz mal.
Olhar para nós mesmos e percebermos se no fundo não estamos fugindo de nós mesmos.
Recomece.
Não importa o que tenha acontecido, não importa o que tenha feito você parar.
Recomece.
Pode não ser fácil este processo, mas valerá a pena.
É como tomar as rédeas da vida e se tornar o autor e não um mero ator de sua própria vida.
Mudar pode não ser fácil, crescer não é indolor, mas certamente seguimos rumando para uma vida mais autentica, diante de nossas possibilidades de ser, buscando não sermos perfeitos, mas sermos o melhor que pudermos, não apenas para o mundo, mas principalmente para nós mesmos a cada passo do caminho.
Cair, ter medo, nos sentir perdidos, certamente faz parte da vida, paralisar diante disso é opcional.
E o que você escolhe para sua vida?
(Katia Tanaka)

domingo, 30 de março de 2008

Mudanças - Benditas Mudanças


Estive na casa de uma tia e ela me disse que tinha uma foto minha de muitos anos atrás.
Já deveria imaginar que certamente viria uma verdadeira bomba.
Isso me fez refletir sobre as mudanças que passamos, seja fisicamente, emocionalmente, espiritualmente, enfim, de todas as formas e sentidos.
Creio que hoje vi fotos de duas fases, a primeira, que era muito nova, uma menininha, por assim dizer, e uma outra um pouco mais madura, porém, diria que menos menina, mas certamente não uma mulher, esta segunda eu deveria ter uns 18 anos no máximo, ou seja, há uma década.
Foi engraçado olhar para aquelas fotos, foi como se um filme passasse por minha cabeça!!!!
Como mudei!
Seja fisicamente, que certamente hoje estou muito melhor, meu Deus, como eu era esquisita! (risos) e certamente com um péssimo gosto! (gargalhadas). Porém hoje eu sei, que era o melhor que poderia.
Emocionalmente então, nem vou entrar no mérito.
Mas fiquei pensando depois.
O tempo passou tão rápido!
Quantas coisas não vivi nestes anos todos, quantos momentos felizes, tristes, quantos sonhos deixei à beira do caminho, e quantos eu realizei.
Passei por situações que juro, pensei que não fosse se quer suportar!
E estou aqui, lindamente maravilhosa, sendo o melhor que posso HOJE.
Dentre as fotos, estava um querido amigo que hoje mora com Deus, senti uma imensa saudade e ao mesmo tempo uma imensa felicidade por relembrar momentos tão maravilhosos, de conversas jogadas pelo ar, de planos que não foram realizados...
É o tempo passa.
Dentre as fotos, também recordei um amor daquela época, ou seja de uma década atrás, tantos planos que também não se concretizaram, tantas marcas doloridas, tantos momentos felizes, quanta coisa boa e ruim vivida.
É o tempo realmente passa. E passa rápido!.
Enquanto escrevo, lembro de uma frase, mas não me recordo o autor "A vida acontece enquanto fazemos planos".
Realmente a vida aconteceu!
Grande parte dos planos, não se concretizaram, os caminhos mudaram, a vida fluiu, enfim, a vida seguiu seu curso.
Muitos planos que jamais imaginei realizar, realizei.
Muitas coisas que pensei jamais vivenciar vivenciei.
Pessoas que pensei que fossem passar o resto dos meus dias ao meu lado, se foram, porém outras permaneceram.
E penso que isso é viver!.
É apenas sentir o pulsar da vida!
Ela tem seu próprio ritmo, seu próprio curso e com isso não estou dizendo que temos que ter uma postura passiva da vida. Claro que não!
Planejar, sonhar, faz parte da vida, se vai ser realizar ou não, apenas faz parte deste caminho.
O que quero de fato dizer, é que de nada adianta ficar planejando uma vida inteira, algumas coisas que são, de fato são, o que não tiver de ser, de fato não vai ser e com tudo isso, vamos construindo nossa vida.
O que muda na realidade é como passamos a encarar nossas derrotas e sucessos.
O que muda é o que escolhemos preservar e o que escolhemos deixar ir embora.
O que muda é como nos posicionamos diante da vida.
E tudo isso faz parte do amadurecimento de cada um de nós.
É bom olhar para trás e ver todas estas mudanças. Sinal que não ficamos parados no tempo.
E melhor ainda é perceber que mudamos para melhor.
Refletir sobre a vida é saborear nossos prazeres e dores uma segunda vez, com uma diferença fundamental, um olhar mais maduro, que nos permite enxergar os erros e acertos e com isso, podemos crescer e amadurecer cada vez mais.

(Katia Tanaka)




Refletir


Tenho percebido que ultimamente ando refletindo muito, porém de uma forma muito diferente de outros tempos.
É uma reflexão sobre o sentir de minhas vivências, de frases e do impacto das mesmas em minha vida, uma reflexão sobre a Fé que tenho em Deus e da intimidade que consigo a cada dia mais com Ele.
É uma reflexão sobre minhas escolhas, sejam elas quais forem.
É uma reflexão sobre tudo que está a minha volta.
Mas percebo que ao mesmo tempo que a reflexão me leva para meu interior, não me fecho para o mundo, ao contrário tento ao máximo vivenciá-lo, senti-lo, experimenta-lo.
É um movimento de me fechar e me abrir, de me permitir e me sentir nas experiências.
Isso tem feito uma imensa diferença em minha vida.
Percebo que a medida que reflito, compreendo meus sentimentos, minhas escolhas e com isso estou mudando aos poucos.
Percebo que a medida que consigo compreender meus sentimentos, estou aprendendo a me respeitar mais.
Conseguindo compreender as imensas possibilidades de ser e existir no mundo.
Percebo que a medida que reflito, estou tomando as rédeas de minha vida.
E isso é imensamente ótimo!
Estou me permitindo sentir os mais variados sentimentos, raiva, decepção, angústia, tristeza, alegria, felicidade, amor, ódio, enfim, tudo que sinto, estou vivenciando e com isso compreendendo e mudando.
Me sinto como que saindo do piloto automático, estou mais atenta comigo mesmo.
E com isso percebo que estou me centrando!.
Estou percebendo o mundo com outros olhos, vivenciando os diversos sabores de viver e com isso, me permitindo simplesmente ser.

(Katia Tanaka)

Apenas o amor, já não basta.





Eu quero um Amor!
Creio que este querer faz parte da vida de todos.
Mas estive pensando sobre minha própria busca, sobre todas as tentativas de finalmente "dar certo", acredito que estas tentativas fazem parte da história de vida de cada um de nós.
De repente conhecemos uma pessoa, iniciamos um relacionamento, nos apaixonamos e com o passar do tempo, pensamos "será que desta vez vai dar certo?".
O tempo passa e talvez acertamos, outras não, nos vemos novamente sozinhos.
O solidão assusta alguns, é um refugio para outros, temida por outros e cada um encontra sua forma de viver em meio a solidão, seja encarando de frente e encarando este tempo como um balanço do que foi vivido, seja fugindo desesperadamente deste sentimento, caindo em meio as baladas, agitos, como se pudesse fugir deste sentimento tão singular.
Dentre estes processos que passei, tanto de fugir deste sentimento como de encara-lo de frente, me fez refletir e hoje eu sei que NÃO QUERO MAIS UM AMOR.
Amar é realmente muito bom, ser amada então, é muito bom.
Se apaixonar é melhor ainda, pois a paixão nos tira do chão, nos leva para um mundo "cor de rosa", por mais que já sabemos vivencialmente que o mundo cor de rosa não existe. A paixão nos tira esta razão, nos deixa cegos e nos trás um sentimento de felicidade intenso.
Não menosprezo a grandeza deste sentimento em nossas vidas e muito menos o quanto é bom estar apaixonada. Mas hoje não desejo mais apenas um amor, isso para mim, não basta.
Hoje eu quero um companheiro!
É tão diferente encontrar um amor e um companheiro.
Apesar de parecer muito semelhante não é.
Um amor por si só não basta, às vezes até gostamos de alguém, mas este gostar, mesmo que recíproco não basta, pois quantas pessoas não estão dentro de uma relação e não estão juntas, não conseguem ser companheiras uma das outras e são unidas pelos mais diversos sentimentos, estão apaixonadas, conseguem se sentir felizes um ao lado do outro, mas não conseguem ser companheiros.
Ser companheiro envolve muito mais que a paixão, o amor, a química que normalmente envolve as relações.
Ser companheiro é de fato estar na relação, caminhar juntos, mesmo em caminhos diferentes, e embora esta fase pareça ambígua, não é. Pois cada um de nós temos nossa singularidade, temos planos e caminhos diferentes, porém quando de fato estamos com o outro, mesmo diante de nossa singularidade, estamos juntos. Nos interessamos pela vida, pelos sentimentos, nos interessamos pelo outro, compartilhamos, vivemos, temos a certeza que independente do que aconteça o outro estará ali conosco.
Somente o amor não basta, não comporta o todo.
Por isso hoje eu quero um companheiro e o amor apenas faz parte deste caminho.
(Katia Tanaka)

sexta-feira, 28 de março de 2008

Momentos, entre o passado e o futuro, existe o tão esquecido Presente.

A vida é feita de momentos.
Esta frase me leva a refletir que dizemos isso muitas vezes, mas será que de fato compreendemos a intensidade desta frase?
Será que sabemos de fato vivenciar os momentos da vida?
Aí por um momento, pensamos que sim, mas basta prestar atenção em nossos pensamentos que muitas vezes mantermos a ilusão de que vivemos de fato os momentos da vida.
Preste atenção no que você estava pensando ao começar a ler este texto, será que seus pensamentos estavam efetivamente neste momento presente?
Ou estava recordando momentos do passado?
Ou pensando no que você tem para fazer?
Ou ainda, será que estava planejando o futuro?
Estamos tão acostumados a pensar que as vezes nem nos damos conta de que estamos em qualquer lugar, menos no momento presente.
A vida de fato é feita de momentos, porém muitas vezes mergulhamos em lembranças, felizes ou tristes e ali ficamos, ou às vezes estamos tão extasiados com o futuro que gostariamos de ter que nos projetamos ao futuro e esquecemos de sentir, vivenciar de fato o momento presente.
Li uma frase de Nietzsche que diz "Você vive hoje uma vida que gostaria de viver por toda a eternidade?"
É uma frase para de fato refletir. Pois somente poderemos nos apropriar de seu sentido, refletindo e nos treinando quem sabe a nos concentrar no hoje, mesmo porque o passado não poderemos mudar, e quanto ao futuro, se pararmos para refletir, nem sempre acaba sendo como planejamos.
Claro que os planos são importantes, mas é no hoje que começamos o alicerce.
Como você se sente hoje?
O que gostaria de mudar?
Como poderia fazer isso?
E outras perguntas que poderiamos nos perguntar.
Cada um de nós em sua singularidade.
Pensar em nosso momento presente é um treino que requer esforço, mudança em estar atento em nossas emoções, sensações e vivencias.
Quando conseguirmos realmente vivenciar o momento presente, perceberemos que "a vida sempre acontece enquanto fazemos planos", não me recordo o autor desta frase, entretanto, seu sentido é extremamente profundo.
Quando conseguimos vivenciar este sentido, ficamos mais centrados em nós mesmos, parece que a vida ganha um brilho especial, um novo sabor, um novo sentido.
Vamos experimentar vivenciar o momento de hoje?

(Katia Tanaka)

Permita-se



Tenho ouvido esta palavra de minha terapeuta.
Refletir sobre seu sentido me levou para uma sensação de soltar as amarras, o peso e simplesmente "boiar" neste imenso mar, chamado vida!.
Permitir-se.
Como é profunda esta palavra, pois nos leva a experimentar as diversas formas de ser e estar no mundo.
Posso me permitir e aceitar minha maior fragilidade, como ser humano que sou.
Posso me permitir experimentar a felicidade de forma plena e absoluta.
Posso me permitir fazer escolhas e vivencia-las intensamente.
Posso me permitir olhar para minha vida e decidir experimentar mudar, o que realmente me faz infeliz.
Posso me permitir pegar mais leve, andar pela vida sem me cobrar tanto, com isso tenho aprendido que a vida segue seu fluxo natural.
Posso me permitir olhar sinceramente para mim mesma e descobrir coisas inenarráveis.
Como posso também me permitir apenas ser em minha maior singularidade.
Creio que para cada pessoa, a palavra "PERMITA-SE", irá soar de uma forma, mesmo porque nossa vivência é única.
O que você poderia se permitir hoje?
(Katia Tanaka)

terça-feira, 25 de março de 2008

Alquimista

Há muitos anos atrás li o livro "O alquimista" de Paulo Coelho, na época foi uma exigência para um trabalho, acho que no 1° ano do segundo grau. Após ler o livro fizemos um trabalho de colagens, montando um trabalho, conforme o roteiro elaborado pela Profª Aurora (Psicologia).
O que mais marcou neste trabalho e na leitura deste livro foi "transformar uma pedra brusca em ouro".
Somos esta pedra brusca e ao passar do tempo vamos nos lapidando por meio de momentos vividos e aqueles que não vivemos apenas passamos, cada experiência representa um processo de lapidar.
Não me recordo quem disse que cada pedra trazia dentro de si uma alma, uma forma e que o que precisávamos fazer era dar-lhe a forma. (Se alguém souber quem disse isso, por favor me avise...hehehehe). Se pararmos para refletir trazemos dentro de nós, aptidões, ou quem sabe dons, características somente nossas que precisam apenas ser lapidadas, precisam apenas que nos dêem formas.
Somos seres em eterna evolução e o que precisamos de fato é nos autorizarmos a esta transformação, em deixar surgir o que há de mais belo e único dentro de nós.
Ao final deste processo, não teremos apenas a nossa forma tão única, mas também, reluziremos como o ouro, pois nos permitimos ir ao fundo de nosso ser e reluzir nossa mais pura essência, tão única e especial.
(Katia Tanaka)

Os olhos são espelhos da alma

Esta frase é tão antiga e tão verdadeira.
Realmente os olhos são espelhos da alma e o mais interessante disso é que muitas vezes não nos damos conta que os olhos dizem mais do que palavras, mais do que expressões de sorrisos, mais do que gargalhadas.
Muitas são as defesas que utilizamos diante do mundo.
Muitas vezes rimos, para esconder o medo que sentimos, a raiva e até mesmo para aliviar a nossa dor ou quem sabe para "aliviar o clima do ambiente".
Muitas vezes usamos as inúmeras desculpas para simplesmente nos esconder do mundo, pois nossa dor está tão grande que nem forças temos para compartilhar.
Outras, caímos em frenéticas baladas, agitos, tentando preencher o vazio de nossa alma.
Mas, de algo podemos ter certeza, os olhos não mentem.
Os olhos refletem o que vai no mais profundo de nossas almas, refletem até mesmo o que queremos esconder de nós mesmos.
Quantos sorrisos estão acompanhados de um olhar de "Me ajude".
Quantas piadinhas estão acompanhadas de "um grito de socorro".
Quantas conversas superficiais, não são acompanhadas de "me ouça".
Quantas presenças não se fazem e são acompanhadas de "me olhe".
É a linguagem silenciosa dos olhos que nada esconde, que nada oculta, pois são reflexos da alma.
Talvez por isso seja tão difícil olhar nos olhos, reparem, não são todos que nos olham nos olhos e também a aquelas pessoas que não conseguimos olhar nos olhos.
Os olhos nos entrega!
Podemos enganar a nós ou aos outros ao dizermos "sim, está tudo bem, tudo ótimo", mas nossos olhos não enganam.
Permita-se olhar nos olhos, observar o seu brilho, ler, ouvir e sentir o que ele diz.
Ali perceberá que muitas vezes por trás de um lindo sorriso, se esconde uma alma que chora.
(Katia Tanaka)

Vínculos de Esperança

Certa vez ouvi de uma professora o termo "Vínculos de Esperança".
Este termo e a explicação que foi dada me remeteu a refletir profundamente sobre estes vínculos em minha vida.
São pessoas que nos surgem "de repente", entram em nossa vida e a transformam de forma tão mágica, tão única e intensa. Surgem para dar um sentido, uma direção, para segurar nossa mão e nos ajudar a caminhar.
São pessoas que nos olham nos olhos e conseguem perceber o que diz nossa alma, mesmo que em nosso rosto esteja esboçado o mais intenso sorriso. São pessoas que não nos olham na superficialidade, ao contrário, penetram em nosso interior, sentem nossa energia, tocam nossa alma com o mais penetrante olhar que palavra alguma jamais seria capaz de expressar nossos sentimentos.
Alguns destes vínculos de esperança, conseguem por meio de nosso olhar, enxergar fundo em nossa alma e perceber o que precisamos.
Talvez sejam também pessoas que aparecem para nos ajudar a desabrochar, nos acolhe num momento de medo e angústia, estão presentes de fato em nossa vida, não porque estão ao nosso lado fisicamente, mas porque caminham de mãos dadas com nossa alma. Talvez estes vínculos de esperança surjam para nos mostrar que podemos ir muito mais além.
Talvez estas pessoas nos apareçam para nos ajudar a curar nossas feridas mais profundas, são como bálsamos em meio a nossa dor ou quem sabe, são aquelas que nos devolve o sentido de ser e estar no mundo.
São vínculos de esperança e como o próprio nome diz representam para nós o inicio de um novo caminho, uma nova vida, uma nova forma de caminhar, talvez represente também a paz que nosso interior anseie.
Muitos vínculos de esperança, estão em nossa vida e jamais imaginam o que representam para nós, outros, entraram e de repente saíram sem nenhum explicação que nos fizesse entender o por que e somente muito tempo depois iremos compreender e quem sabe, jamais saberemos que foram vínculos de esperança em nossas vidas.
Talvez também sejamos vínculos de esperança na vida de alguém e jamais iremos imaginar o que de fato representamos.
São vínculos que são tão fortes que independem se estão ou se foram, mas que sua passagem em nossa vida foi de tamanha importância que modificaram toda a nossa existência e certamente fez uma imensa diferença em nossa vida.
(Katia Tanaka)

segunda-feira, 24 de março de 2008

Semente


Uma semente está aqui... no meu interior e começa a mostrar sua presença.
Uma linda semente que num momento de inspiração foi depositada e agora começa lentamente a se acomodar em meu interior e sei que aos poucos irá desabrochar.
Talvez os primeiros indícios de sua força já tenha surgido. consigo sentir sua alma, sua essência a me guiar, a pedir como num sussurro um pouco mais de ousadia.
Sim, esta é a palavra. Ousadia.
Muitas são as sementes que lançamos em nosso interior e as deixamos morrer, pois o solo não se encontra fértil, talvez por puro medo de vê-la germinar e se transformar numa linda e fabulosa árvore.
Talvez tenha matado em meu interior muitas sementes no decorrer do meu caminho, mas eis que hoje, sinto, que já não quero mais matar estas lindas sementes em meu interior.
O que precisamos muitas vezes é de coragem.
Sim, esta é a segunda palavra. Coragem.
Coragem para dar um passo adiante.
Coragem para regar e adubar o solo.
Coragem para rompermos as cordas de nosso medo e nos permitirmos florescer.
E mais uma vez digo.
Sim. Florescer! Eis mais uma nova palavra.
Se ousarmos e tivermos coragem para romper com nossos medos, poderemos florescer nossos sonhos que muitas vezes nos chegam em forma de pequenas sementes.
Por que matamos nossos sonhos, agindo de forma tão cruel com a gente mesmo?
Por que ficamos muitas vezes paralisados, por puro medo de tentar?
E com isso, vemos o tempo passar....
Vamos olhar para nossas sementes, vamos preparar o nosso terreno interior, vamos permitir que nossos sonhos floresçam para enfeitar nossa existência.
Vamos com tudo isso buscar mais realização em nossa vida, deixar de ser meros atores, e nos tornarmos grandes autores desta dádiva maravilhosa chamada VIDA.
(Katia Tanaka)

Vazio interior

Este vazio interior que invade nossa alma, parece como a nuvem que encobre o sol.
É um sentimento tão intenso, parece que existe um imenso buraco em nosso interior.
Nada consegue preenche-lo.
Talvez esta seja uma das formas mais difíceis de ser.
Como lidar com este vazio?
Como acomodar esta angústia?
Como suportar esta pressão?
Faz algum tempo que reflito sobre este vazio interior, que em alguns momentos invade minha vida. Como é difícil.
Compreendo hoje que jamais conseguiremos nos preencher totalmente, embora muitas vezes nos iludimos com este preenchimento temporário.
Vários recursos são utilizados, na tentativa de preencher este vazio e com o passar do tempo, percebemos que não preenchemos, conseguimos apenas aumentá-lo ainda mais.
Eu sinceramente, em muitos momentos, como este por exemplo, não consigo lidar com este sentimento, embora hoje eu saiba o que me falta. Isso já é um grande passo e estou buscando.
Mas hoje, é um dia especial em que estou me sentindo realmente vazia e triste!!!!!!
Sei que é mais um dos momentos que faz parte de minha história de vida e o que preciso fazer é aprender a lidar com ele, ao invés de tentar preenche-lo. Ouvir o que este vazio interior me diz.
Sim! Este pode ser um bom caminho! Escutar o meu interior.
Reflito sobre isso por um instante e realmente percebo porque minha alma me chama, porque hoje chora, porque meu interior se agita, lutando intensamente com este vazio.
Talvez neste momento, o vazio não anseie para ser preenchido, mas apenas compreendido como uma das inúmeras possibilidades que possuo para ser. Afinal, mesmo sendo um sentimento tão angustiante, é ainda uma forma de ser no mundo, ao menos neste momento, que trás uma ponta de criatividade, de ação, de direcionamento.
Sim! Talvez neste momento meu vazio me pede um direcionamento, movimento, ação, realização!!!!!
Talvez neste momento, pareço como água parada que apodrece, que não se renova....
Tavez este vazio esteja gritando para eu me olhar, enxergar quais outras possibilidades de ser possuo.
Sim! Este vazio interior pode ser criativo, pode sinalizar por onde sigo meu caminho.
Ah, estes caminhos que ando seguindo....
É, talvez de fato preciso pensar sobre estes caminhos....
Talvez o vazio interior esteja mais acentuado pela saudade, pelos sonhos cheios de vida e aqueles que morreram sem chance de se realizar, talvez esteja acentuado pelo preço de minhas escolhas, talvez pela dor de minhas feridas da alma que teimo em escondê-las, mas no fundo sei que elas continuam ali... latentes....
Talvez este vazio interior queira me dizer que estou indo contra meus verdadeiros sonhos, talvez esteja me pedindo coragem para morrer e renascer, talvez esteja me pedindo que alimente minha Fé e creia que Deus tudo sabe e tem cuidado de minha vida.
Talvez este vazio interior esteja me dizendo que tenho sentido muita solidão, mas não a solidão de ausência de pessoas, mas ao fato de me sentir só em meio de todas elas.
Sim!.
Pareço recordar um texto lido há algum tempo atrás, pareço recordar as aulas de uma maravilhosa professora... e então pareço refletir que ser só é uma das formas de ser no mundo e por mais que busquemos o outro, no fundo somos sós. Mas este é um assunto para um outro dia....
Talvez este vazio interior seja a voz de nossa alma, que nos direciona, nos indica o caminho, nos mostra quando nadamos contra a maré e tantas outras coisas maravilhosas este vazio interior tenha para nos mostrar.... só precisamos silenciar a angústia e sentir, ouvir, nos permitir conhecer o que nossa alma nos diz.
(Katia Tanaka)

domingo, 23 de março de 2008

Amor

O amor não encontra explicações na razão e quando o que achamos que é amor encontra explicações, não é amor, pois amar ultrapassa qualquer entendimento.

(Katia Tanaka)

Momentos de uma vida - Rascunho de 2002


Esta mensagem escrevi em 21/05/2002


Houve um momento de tristeza
Mas meu desejo de ser feliz gritou mais alto
Houve um momento que chorei
Mas meu sorriso floresceu por entre as lágrimas
Houve momentos que pensei em desistir de tudo
Mas minha sede de viver me fez renascer
Houve momentos que perdi minha fé
Mas ao sentir a vida pulsar dentro de mim, a renovei.
Houve um momento que me senti fraca
Mas a força ressurgiu e então resolvi seguir em frente.
Houve um momento que perdi todas as esperanças.
Mas ao amanhecer, decidi que é preciso viver.
E ao decidi viver, percebi que cada momento construiu minha vida até aqui e que a cada momento que eu escolho continuo construindo meu caminho daqui para frente.
E sendo assim, para ser feliz, só depende de mim.

(Katia Tanaka)

Um momento de Inspiração

Mais um rascunho escrito há muitos anos.
Um momento de inspiração, talvez é o precisamos muitas vezes para recomeçar.
Um momento em que nossos sonhos vem a tona e que começamos a olhar um novo horizonte.
Um momento onde encontramos o que a de mais puro dentro de nós.
Um momento onde baixamos nossas defesas e nos permitimos olhar o que deixamos para trás, escondidos em algum lugar em nosso interior.
Um momento de inspiração, talvez seja isso que precisamos para nos permitir olhar para frente.
Para ver o nosso brilho interior resplandecer
Se pararmos um instante e nos permitirmos nos sentir a vontade com a gente mesmo, em nos conectarmos com a gente e sermos felizes pelo que somos
Um momento de lutarmos por nossoso sonhos, de acreditarmos em nosso potencial, de valorizarmos nossas crianções, um momento para nos amarmos, de abandonarmos velhos sonhos, que talvez nem faça mais sentido em nossa vida, de limparmos nosso interior de mágoa, de velhos sentimentos, dando espaço para o novo.
Talvez seja este momento de inspiração que falte para mudarmos nossa vida.
Então sinta o momento de inspiração em sua vida e permita-se envolver por ele, modifique sua vida, abra-se para o novo, faça planos, busque a realização dos seus sonhos e sinta a felicidade surgir em seu interior, como deve ser.
Um momento de inspiração, pode surgir a qualquer momento, inclusive agora, envolva-se com o seu momento de inspiração e modifique sua vida... busque seus sonhos, acredite em você!!!
Às vezes nosso momento de inspiração nos chega através de um amigo, de uma música, de uma frase que lemos.
Nosso momento de inspiração às vezes nos chega inesperadamente, e o que precisamos é estar abertos, receptivos e fazermos o melhor por nossa vida, não somente neste momento de inspiração, mas em cada momento, em cada passo do nosso caminho....
Sempre!!!!!!!!!!
(Katia Tanaka)

Nosso Romance 2 - Rascunho de 2002


Escrevi este em 22/04/2002


Olhe nos meus olhos
E me deixe perceber
Se quando diz que não tem mais jeito
É o que seu coração quer me dizer

Eu não acredito que tanta emoção
Tenha acabado de repente
Às vezes sinto que você quer fugir
Por que insiste em se afastar de mim.

Do que você tem medo?
Venha, pegue em minha mão
Vamos caminhar de mãos dadas
Pelos caminhos da vida

Venha, se deite em meu abraço
Vamos ficar por um tempo abraçados
Só curtindo e sentindo este calor
Apenas sentindo o amor pulsar em nossos corações

Venha, não tenha medo de sofrer
O que eu mais quero é te ver sorrir
Quero apenas te fazer feliz
E te dar todo o meu amor

Venha, vamos nos dar essa chance
Sei que muito nos magoamos antes
Mas é hora de esquecer
E juntos buscarmos a nossa felicidade

Por isso vem e não demora
Sinto que chegou a nossa hora
De cicatrizarmos todas as feridas
E olharmos nossa vida
Com um pouco mais de amor e de prazer.
(Katia Tanaka)

Nosso Romance - Rascunho de 2002






Escrevi este em 22/04/2002


Mais um dia vi chegar
Sem ter você para me abraçar
Já não sei o que fazer
Com essa falta de você

Hoje apenas queria te olhar
E os seus lábios poder beijar
Sentir o seu corpo junto ao meu
E livremente te tocar

Queria apenas mergulhar
Fundo no prazer
E então satisfazer
Nossos desejos mais profundos

Queria apenas te dizer
Que sem você não sei viver
A cada dia eu te amo mais
Não consigo te esquecer

Sei que muito erramos
E também sei que muito nos magoamos
Vamos esquecer estes todos esses erros
E deixar tudo para trás

Vamos reconstruir nosso romance
Sei que para nós anda a chance
Vamos nos fazer feliz
Por isso volta para mim.

(Katia Tanaka)

A cor que damos à nossa vida - Rascunho de 2002

Escrevi este texto em 16/04/2002 e quero compartilhar com vocês

O momento mais mágico de toda a nossa existência é o momento presente.
Podemos fazer dele o que quisermos. Escolhemos colori-lo ou deixá-lo preto e branco, escolhemos ser feliz ou nos manter triste.
Escolhemos espalhar ao nosso redor o amor ou nos fecharmos e nos mantermos indiferentes e esta postura que adotamos, influi no resto de caminho que devemos percorrer.
Este momento mágico passa tão depressa, que olha quando comecei a escrever esta mensagem era o meu momento presente e agora já faz parte do meu passado.
Viu como a vida passa rapidinho e às vezes nem sequer nos damos conta disso.
Vemos nossa vida passar e nada fazemos para vivê-la.
Sempre deixamos para amanhã e o amanhã chega e vamos empurrando a nossa própria vida com a barriga. E depois, reclamamos que somos infelizes, que tudo é sempre igual, que a vida não faz sentido....
Poxa, a vida nos foi dada para vivê-la, nós a moldamos como queremos, cabe a nós além de moldarmos, colorir a nossa vida como queremos. Tudo é um processo contínuo, claro que não vamos conseguir transformar este rascunho da nossa vida que escrevemos até hoje em uma obra de arte do dia para a noite. Precisamos ir com calma, trabalhando aos poucos no dia-a-dia, que com certeza quando menos esperarmos, nossa vida já estará do jeito que gostaríamos.
Tudo bem que nem sempre a vida é feita de flores, apenas precisamos aprender com os espinhos.
Por isso, olhe mais ao seu redor, faça projetos para sua vida. Execute-os.
Ame mais e tenha menos medo de se machucar, afinal isso também faz parte.
Ria muito dos erros que comete, todas as vezes que se ferir em um espinho, afinal rir é a fonte inesgotável da alegria.
Busque equilibrar-se, corpo, mente e espírito.
E olhe a vida com os olhos de uma criança, que com sua inocência e espontaneidade, realmente consegue viver.
(Katia Tanaka)

Deus








Este texto escrevi há muitos anos, agora, compartilho com vocês


Se em algum momento sentir uma tristeza invadir sua alma e um sentimento de impotência tentar adentrar em seu coração.
Respire fundo e lembre-se que Deus deu a cada um de seus filhos as ferramentas necessárias para superar todos os obstáculos do caminho.
Deus nos deu a capacidade de desenvolver potenciais, de aprimorá-los.
Deus nos deu a força necessária para seguirmos adiante, mesmo quando todos os recursos parecem estar esgotados.
Deus nos deu a fé que nos levanta e anima, para prosseguirmos no caminho reto do bem.
Deus nos ensinou o perdão, para que pudéssemos arrancar de nosso caminho as ervas daninhas da mágoa e do rancor.
Deus nos deu a capacidade de encontrarmos soluções para todos os nossos problemas.
Deus nos ensinou o amor incondicional para que através dele, nós, um a um, mudássemos o mundo ao nosso redor.
Deus nos deu a saúde perfeita, nós é que muitas vezes, fazemos coisas que maltratam nosso corpo.
Deus nos deu a alegria e a felicidade, nós é que deixamos que as pedras do caminho, cobrissem essas dádivas.
Deus colocou ao nosso lado anjos, para nos ajudar pelos caminhos da vida, nós é quem viramos as costas para eles.
Os homens, através de Deus, nos ensinaram a orar, um canal direto para falar com Ele, nós é que muitas vezes nos esquecemos de orar.
Deus nos dá muitas bênçãos, mas na maioria das vezes estamos tão centrados nos problemas que não as enxergamos.
Deus deu a cada um de seus filhos um dom, e a possibilidade de cada um fazer milagres em sua vida.
Portanto, quando sentires que situações difíceis chegam a sua vida, lembre-se que Deus lhe deu tudo para que você saia vitorioso, e com certeza, mais forte, mais maduro e muito, mas muito mais evoluído espiritualmente.
Apenas creia no amor que Deus sente por você e na grandeza da obra que que está sendo feita em sua vida, e verás que milagres a cada dia acontecem em sua vida!!!


Uma mensagem dos anjos para você!
(Katia Tanaka)

Menina e Mulher


Ao contemplar esta imagem que retirei da internet, refleti sobre "ser menina", "ser mulher".
Hoje eu vejo que ser mulher também significa dar voz à criança que existe em nós.
Vocês já pararam para de fato observar uma criança?
A criança é espontânea em suas atitudes, caminha com tamanha leveza, se encanta com as coisas simples da vida, se divertem o tempo todo e tudo, exatamente tudo chama a atenção da crianças que parecem não temer o desconhecido e sim perceber a vida com tamanha curiosidade como se a todo instante pudessem vislumbrar o novo com imenso contentamento.
Trazem em si a doçura de um sorriso, a alegria contagiante logo no primeiro contato e nos ensinam uma grande lição quando caem e se machucam, choram, gritam, expressam sua dor e logo depois estão ali brincando novamente, esboçando em seu semblante a mais pura alegria.
As crianças são sinceras, expressam seus sentimentos, reivindicam quando se sentem lesadas, argumentam, persistem, ousam, são criativas, encaram a vida sempre com um ar de descoberta.
As crianças se aproximam uma das outras, interagem, fazem amizades facilmente, se entregam para uma situação e as vivenciam plenamente.
E, poderia escrever muito sobre como observo e contemplo as crianças hoje.
Claro que não estou defendendo que nós mulheres devemos ser inconseqüentes, afinal, crescemos, amadurecemos, hoje temos inúmeras responsabilidades, mas compreendo que crescer não significa se fechar no mundo adulto e esquecer que os maiores prazeres da vida são sentidos quando vividos espontaneamente.
Quando abordo algumas atitudes das crianças, falo de atitudes que muitas vezes nos falta como “mulheres adultas que somos”.
Por que perdermos a espontaneidade de nossas atitudes?
Por que parecemos a todo momento, carregar nos ombros o fardo pesado de nossas responsabilidades e não nos permitimos muitas vezes nem por um momento caminhar com leveza?
Por que deixamos de nos encantar em muitos momentos com as coisas simples da vida?
Por que deixamos de nos divertir, de gargalhar, de brincar, sim brincar, pois quando crescemos parece que brincar pertence apenas a um mundo restrito das crianças, afinal, aprendemos que, “já somos bem grandinhos, para determinadas coisas”, será?
Por que ficamos sempre tão imersos ao nosso mundo que nem se quer observamos o trajeto que fazemos todos os dias? Parece que entramos no piloto automático, caindo numa verdadeira rotina, nos fechando para vislumbrar o mundo com outros olhos, todos os dias, pois nada, exatamente nada permanece estático.
Por que abafamos a gargalhada espontânea? Parece que aprendemos a dar risinhos abafados, pois as gargalhadas, aquelas gargalhadas que soam no ouvidos de todos, parecem ter ficado no mundo das crianças.
Por que nos defendemos tanto, como se o outro nos representasse uma ameaça?
Por que quando caímos nos fechamos e somos consumidas por um medo tão grande que não percebemos que ao nos protegermos das situações, como por exemplo do amor, não conseguimos vive-lo, pois quando nos armamos, não permitimos que o outro de fato se aproxime.
Por que mentimos sobre nossos sentimentos, desejos, vontades, muitas vezes por puro medo de sermos mal compreendidas, por medo de nos machucar? Claro que compreendo também que saber usar as palavras se torna essencial.
Eu poderia fazer “n” comparações, mas me detenho por aqui.
O que é de fato ser mulher?
Será que existe um padrão?
Creio que não, pois cada uma de nós, somos únicas, cada uma de nós carrega dentro de si a essência mais maravilhosa do que é ser mulher, mas muito mais do ser mulher, devemos nos sentir mulher, vivenciar a mulher linda que existe em nós, a cada momento de nossa vida, sem padrões, sem exigências, sem receios, sem medos, apenas nos permitindo, nos autorizando a exalar o que de mais feminino que existe em nós, e que está muito longe de todos os acessórios existentes atualmente que configuram muitas vezes o retrato da mulher.
Descubra-se, sinta-se, admire-se, deixe-se desabrochar, permita-se deixar fluir a mulher pulsa dentro de você....
(Katia Tanaka)

sábado, 22 de março de 2008

Vivenciar ou nos Entregar?

Vivenciar as situações é o mais comum, nos entregar é que faz toda a diferença.
Como é difícil nos entregarmos, nos lançarmos e vivenciarmos plenamente um momento.
Muitas vezes temos a doce ilusão de entrega, mas na realidade estamos armados por puro medo de nos frustrar, nos magoar e sofrer. Em nosso interior sentimos os alertas de "perigo a vista", "tome cuidado", "vá com calma" e "n" outros avisos que parecem gritar dentro de nós e todos eles, no fundo, dizem a mesma coisa: "viva superficialmente", como se pudesse de alguma forma nos privar de nos decepcionar. Claro que com uma atitude defensiva, tendemos a dê fato buscar investigar as condições do terreno que estamos pisando, podemos até mesmo de fato nos magoar menos, caso ocorra algum acidente de percurso, mas com isso perdemos mais, pois o sentimento da entrega, nos proporciona sentimentos muitas vezes inenarráveis.
Sabe aquela sensação de plenitude que nos invade e parecemos uno com o Universo?
Quando nos entregamos parecemos perder os sentidos, esquecer a razão e simplesmente nos permitimos vivenciar, sentir, saborear cada segundo de um momento, como se fosse realmente o último, nos autorizando a viver plenamente.
Abrimos mão de nossas defesas, sentimos a leveza da alegria, a tranquilidade, a magia de um momento que é sempre tão único, as cores se tornam mais vivas, os sabores mais intensos...
Cada segundo tem um sabor inigualável, cada momento é sentido com tanta intensidade que as palavras jamais conseguiriam expressar com tamanha exatidão todos os sentimentos que de fato nos envolve nestes momentos de entrega.
Seria como sentir a vida correr por nossas veias, como sentir o seu pulsar a cada batida de nosso coração, seria como vivenciar este momento sem nenhuma referência anterior, talvez até mesmo com a atitude de uma criança que começa a descobrir seu mundo.
Vivenciar uma situação pode até nos passar a falta sensação de segurança, afinal a todo momentos prestamos atenção em nossos passos e nos limitamos por puro medo de sofrer, quando nos entregamos nos tornamos até mais vulneráveis pois abrimos mão de nossas defesas, podemos até mesmo sofrer mais, caso haja algum acidente de trajeto, porém as emoções sentidas, são simplesmente inenarráveis.
(Katia Tanaka)

Músicas

Ah, as músicas...
Essas melodias que retratam o mais profundo sentimento que pulsa em nossa alma.
Muitas vezes contam verdadeiras histórias de amor, desamor, felicidade, tristeza... e nos desperta os mais diversos sentimentos, lembranças....ao ouví-las parecem conversar com nosso interior e com tudo que ali acontece....
Algumas vezes nos faz rir a toa, parece despertar em nosso interior o mais sublime dos sentimentos.
Outras vezes, nos faz chorar, extravasar tudo de mais angustioso que existe em nossa alma.
Em outros momentos, representam apelos, retratando o imenso sofrimentos que estamos imersos.
Outras parecem retratar tão bem a nossa história que nos deixa imersas em reflexões.
E em outros momentos nos "desliga" e nos lançamos em apenas curtir seu ritmo.
Em outros momentos, são verdadeiras fontes de inspiração, como a música "Azul da cor do mar", neste momento que escrevo.
Ah... as músicas...
Neste momento, reflito sobre as histórias de minha vida que são "contadas" a partir delas, são músicas que retratam momentos imensamente felizes de minha vida, outros, momentos tão tristes que simplesmente são capazes de acabar com qualquer raio de alegria que existe em mim, outras me levam a reflexões profundas sobre minha vida.
Ah... as músicas...
São melodias que colocam ritmo em nossas vidas e ali parecemos mergulhar.... músicas que nos arrancam suspiros e lágrimas, que dão um certo sentido de ser e existir no mundo.
E neste momento pareço compreender que são estímulos que podem ser mudados e contados ou cantados sobre outros ritmos.
Que música embala nossa existência?
Que melodia, queremos nos embalar?
Que letras retratam minha história?
Faz sentido realmente continuar a cantá-las, ou podemos experimentar novas melodias e retratar nossa história com outras letras?
Neste momento, compreendo a vida como uma dança, que a qualquer momento, desde que nos autorizemos, podemos dançar com outros ritmos.....
E que ritmo deseja continuar a dançar sua vida?
Que os ritmos que nos embale seja como doces melodias que nos permita sentir e contemplar as inúmeras possibilidades de ser e estar no mundo.....
(Katia Tanaka)

Palavras - A dicotomia entre o Bem e o Mal

Estive pensando estes dias sobre a importância de algumas palavras em nossas vidas, sejam palavras escritas ou faladas.
Estamos tão acostumados com este mundo das palavras que muitas vezes não nos damos conta do impactos delas em nossa vida ou na vida do outro.
Afinal são apenas palavras, lemos, escrevemos e as falamos tão naturalmente que esquecemos de pensar... sim pensar...
O que estas palavras significam de fato? E não me refiro à sua conceituação.
Que importância tiveram em minha vida e na vida do outro?
Será que são construtivas ou podem simplesmente destruir uma vida?
Que diferença vai fazer em ser dita ou silenciada?
Existe uma outra forma de ser dita?
É uma reflexão tão única!
Fiquei pensando sobre o impacto de algumas em minha vida e percebi que algumas me ajudaram a resgatar o que de melhor existia em mim, outras porém, foram tão cruéis que destruíram, desequilibraram, me deixaram sinceramente pior do que já estava.
E fico pensando na mudança interna que tive ao refletir sobre as palavras.
Reflito por um momento e percebo que embora muitas pessoas não dêem importância, as palavras podem resgatar uma vida, podem ser muletas quando não existe forças para continuar a caminhar sozinha, são fontes jorradas no solo seco de nossa existência interior, são facas que nos ferem, são puxadas de tapete que nos derrubam, são empurrões que nos levam ainda mais para o fundo do poço, são também, sementes que germinam lentamente em nosso interior, são até mesmo "mortais" pois nos tiram o sentido de ser e estar no mundo, são elogios que nos elevam, críticas infundadas que nos podam. E são tantas outras coisas que poderia passar muito tempo aqui escrevendo....
Talvez ao refletir sobre as palavras me faça por um momento parar e observar o impacto que tiveram em minha vida.
De uma coisa eu sei, tive as muletas que me foram entregues no momento certo, quando já não conseguia me sustentar em pé e me sustentaram e me sustentam até hoje, enquanto aos poucos retomo minhas forças "(Independente do que aconteça ou tenha acontecido, não pare, continue a caminhar)"
Outras foram como fontes jorradas que adubaram o solo até então seco da minha existência interior "(Quando foi que mataram "tal sonho" em seu interior?)"
Outras germinaram lentamente e hoje começam a crescer e colorir minha existência "(A vida não se resume a tal coisa)".
E novamente digo que se fosse enumerar às palavras que "me salvaram", este texto ficaria imenso.
Quanto àquelas que me derrubaram, não encontro se quer necessidade de mencioná-las, mesmo porque o importante foi lembrar que elas existiram e o que importa agora é "O que vou fazer daqui em diante".
Li uma frase de Sartre que resume o impacto que as palavras fazem ou fizeram de nossa vida e à compartilho com vocês.....
"O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós".
(Katia Tanaka)

Silêncio Interior

Me sento para escrever e as palavras parecem fugir, parece que meu interior está em completo silêncio. Não surge idéias para se quer eu imaginar sobre o que escrever. Paro por um momento na frente do caderno e então começo a escrever sobre este silêncio interior e como eu no momento posso senti-lo.
A primeira reflexão que surge baseia-se em como é difícil aceitar este momento tão quieto e calmo e o quanto me incomodo com isso, a ponto de não conseguir me deixar simplesmente quieta.
Poderia descrevê-lo neste momento como um estado de contemplação do meu interior, uma calma me invade, sinto que uma tranqüilidade intensa invade meu coração. Poderia retratar este momento como um final de tarde de muito calor na beira da praia, caminhando... seria como sentir uma leve brisa tocar meu rosto, pareço estar neste momento em harmonia com todo o Universo.
E como é MARAVILHOSO me sentir assim... tão em paz!!!!
Poderia retratar este momento expressando que talvez eu me sinta "boiando no mar da vida" e me deixo levar por seu fluir, por sua tranqüilidade, paz e beleza.
E é tão estranho sentir-me desta forma.
Estamos tão acostumados a viver de forma tão agitada, sempre com "mil coisas" para fazer que a todo momento corremos contra o tempo, a cabeça não pára, mal acabamos de fazer uma atividade e já estamos pensando em como fazer a outra que nos aguarda.
Quando nos damos conta, o tempo passou e mais um dia se finda e embora o corpo sinta o reflexo desta vida agitada, a mente se agita enumerando o que precisa ser feito ao mesmo tempo que enumera também o que ficou pendente.
E assim passamos nosso dias, nossos anos e porque não dizer que a vida.
Retorno à reflexão sobre o meu silêncio interior e percebo como é maravilho sentir-me desta forma, mente e corpo em harmonia, parece que equilibro minhas energias e encontro enfim, um momento de descanso. E como este silêncio me incomoda.
Reflito por um momento sobre este incomodo e percebo que o incomodo surge justamente porque é um momento comigo mesmo, não enumero mentalmente nada do que eu tenha que fazer externamente e nem agito minha mente com preocupações, expectativas, sonhos... o que existe é apenas um imenso silêncio.
Creio que talvez este seja um momento em que me olho no espelho da "alma, não me escondo atrás de nada externo.
Este é um momento somente meu, apenas sentir, em nada pensar, apenas usufruir este momento, senti-lo tão único, tão intenso, tão sublime, que faltam palavras para expressar tudo que contemplo dentro do meu eu, neste momento.
(Katia Tanaka)

quinta-feira, 20 de março de 2008

Não é a perfeição mas a totalidade o que se espera de você (Jung, 1973)

Ao iniciar este texto, quero deixar claro que não pretendo fazer uma reflexão sobre a teoria de Jung, mas sim uma reflexão sobre o impacto desta frase em minha existência.
Perfeição!
Durante muitos anos de minha existência busquei a perfeição e como é alto o preço que se paga nesta busca, como é grande o desgaste mental, emcional e porque também não dizer físico, quando temos como foco, a busca da perfeição.
Claro que o sentido da "perfeição" para cada um é único e para mim, significava "não poder falhar". Hoje vejo que talvez não buscasse somente a perfeição, mas estava "cega pela onipotência".
Quando li esta frase, mergulhei em um processo de refletir, contemplar, meditar, saborear esta frase, como quem está sedento de um sentido de ser.
E então me senti despertar!!!! ou será que estou despertando!!. Sim! Estou despertando....
Compreendi que enquanto buscava a perfeição podava minha liberdade de ser e existir, tentava a todo custo me moldar de uma forma que hoje sei, apenas me limitava, parecia não compreender que "ser perfeito" ou melhor "querer ser perfeito" era apenas uma das inúmeras possibilidades de ser e não a única e que o sentido de perfeição apreendido por mim, era muito mais um castrador do que um estilo, do que um forma de ser.
Enquanto escrevo, me vejo envolta a refletir sobre como contemplo a perfeição hoje, mas guardo esta reflexão para um outro momento, pois contemplar talvez seja muito mais que tentar encontrar alguma explicação ou definir algum conceito, talvez contemplar seja um sentir.
Continuando, ao me deparar com esta frase compreendi que a totalidade significava para mim, ao menos neste momento, olhar-me por inteira, seria como contemplar todas as áreas de minha vida, buscando quem sabe apreender o sentido de minha existência hoje, compreendendo que inúmeras são e serão minhas falhas, imaturidades, mudanças e crescimento. E despir-me para mim mesma parece ser um processo complexo. Talvez seja como abrir um baú, com muitas relíquias ali guardadas.
Contemplar o sentido da totalidade, seria como simplesmente autorizar-me a ser quem sou.... Mas contemplar-me desta forma também é um processo, uma vez que não permaneço estática e sim sempre em processo de mudança.
Cada descoberta, uma mudança, a cada nova mudança, uma contemplação e a cada contemplação uma nova apreensão de um ou quem sabe vários sentidos.
Compreendo que contemplar a totalidade e refletir sobre ela, não é como definir um conceito, mas sim um meditar sobre as inúmeras formas de ser, que a cada momento se transformam.
Talvez esta busca seja como caminhar por uma estrada, em alguns momentos, repleta de flores, lindas paisagens, em outros, esta estrada está repleta de obstáculos, grandes buracos, parecendo até mesmo estar em péssimas condições de por ai transitar... talvez contemplaremos longos dias de sol e noites estreladas e iluminadas pela lua, talvez num outro momento contemplaremos longos dias de chuva, tempestades, rajadas de vento e apenas os raios iluminarão nossa noite....
E cada caminho é tão único, cada segundo da paisagem é tão único, que talvez o foco principal nem seja chegar ao destino e sim apreender cada momento do trajeto.
E desta forma, quem sabe, compreender que a totalidade não seja o fim e sim o meio pela qual apreendemos o sentido de nossa forma de ser-no-mundo.....
(Katia Tanaka)

Dores da Alma

Diferente das dores que afetam nosso corpo físico, para as dores da alma, parece não existir remédio, analgésico ou qualquer outra coisa do gênero.
E como dói estas feridas da alma!
Como é difícil fechar estas feridas. Será que fechar é o caminho correto?
A sensação que tenho é que por alguns momentos estas feridas parecem não doer, em muitos momentos nem se quer lembramos de sua presença, mas basta um estímulo, um cheiro, um sabor, uma imagem, para que esta ferida volte à nossa "consciência" e doa... aquela dorzinha aguda, que parece dilacerar nossa alma...
O que fazer com esta ferida?
Alguns podem escolher, tentar curar a todo custo esta ferida.
Outros podem escolher tentar esconder de si mesmo esta ferida.
Outros podem escolher buscar no mundo externo paliativos para tentar amenizar a dor desta ferida, e com o tempo perceberem que esta tentativa foi em vão, ou quem sabe jamais se darão conta disso.
Entretanto, fiquei refletindo sobre uma frase que ouvi de uma professora "Algumas feridas jamais conseguiremos curar, o que conseguiremos, com o passar do tempo é acomodá-las para que doam menos"
E como às vezes parece duro simplesmente acomodá-las, pois mesmo acomodando, em algum momento aquela dorzinha aguda volta a nos incomodar.
O que fazer?
Talvez aceitá-las como parte de nossa existência é o começo.
Talvez quem sabe tentar compreender o que aquela dor quer nos mostrar sobre nós mesmos...
Uma coisa aprendi que de nada adianta tentar fugir das dores que açoitam nossa alma, o melhor é respirar fundo, olhar para elas e tentar compreender o que esta dor está mostrando para nós.
E com isso vamos acomodando esta dor e com o tempo de fato dói menos, pois compreendemos que o sentido não está em curar, fechar, arrancar esta dor e sim em compreender que esta dor faz parte de nossa existência, de nossa experiência....
Compreender que esta dor muito pode nos ensinar sobre nós mesmos, muito pode nos ajudar a crescer como seres humanos pode ser um grande paliativo, pois não estamos fugindo de nós mesmos, mas tentando compreender a razão de sua existência.
Então vamos acomodar nossas dores, embalá-las com muito amor e carinho, cuidar delas como parte de nós mesmos, vamos olhá-las com amor, alegria e tranquilidade, pois quando brigamos com nossas dores, estamos na realidade brigando com nosso interior, ou seja, estamos brigando com o que há de mais lindo em nós, que é a nossa ESSÊNCIA.
(Katia Tanaka)

quarta-feira, 19 de março de 2008

A arte de viver está em descobrir novas possibilidades de ser

Onde está o sentido da vida?
Onde podemos encontrar o sentido que irá transformar toda nossa vida?
Será que realmente temos um sentido ou seria mais apropriado termos vários sentido de ser e estar no mundo?
A nossa busca pessoal, nos leva para caminhos muitas vezes "estranhos" aos olhos daqueles que acompanham nossa jornada, às vezes nos perdemos em meio à multidão, aos estímulos, ao que esperam de nós e esquecemos de pensar, refletir e sentir, o que de fato esperamos de nós mesmos.
Muitas vezes encontramos este "sentido" por meio de uma palavra, uma cena, uma palestra, um filme, um livro e até mesmo de formas totalmente diferente daquelas que até mesmo consideramos "convencionais".
E por falar em convencional, parece que nos limitamos ao que o mundo diz que devemos ser, fazer, existir e até mesmo pelo que achamos que seria correto, mas o que é correto?
Muitos são os momentos que nos limitamos, que nos escondemos de nós mesmos, talvez por puro medo de reconhecermos nossas fraquezas, nossos defeitos, nossas limitações e com isso acabamos nos escondendo de nossos potenciais, nossas qualidades, nossas inúmeras possibilidades de ser e existir no mundo.
Quais são as nossas inúmeras possibilidades de ser e existir no mundo?
Talvez essas inúmeras possibilidades são descobertas a cada dia, quando simplesmente, passamos a nos permitir, a ousar, experimentar e quem sabe "simplesmente boiar" neste imenso mar da vida!!!!!
As nossas inúmeras possibilidades de ser e existir no mundo é sempre tão singular, todos nós temos as NOSSAS inúmeras possibilidades, não existe uma receita, um mapa, um único caminho. Se insistimos em encontrar esta receita, este mapa, se nos basearmos nas possibilidades de ser do outro, perdemos o maior tesouro que temos "Nossa essência" as nossas tão únicas possibilidades de ser.
Talvez neste momento sejamos apenas pequenos botões de rosas que com o passar do tempo irá simplesmente desabrochar, se assim permitirmos, se assim deixarmos, se assim decidirmos.
Afinal, como me dizia uma professora, " a vida é feita de escolhas e cada escolha requer uma renúncia".
O que estamos escolhendo e renunciando a cada dia desta dádiva maravilhosa chamada VIDA?
(Katia Tanaka)