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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Indignação


Esta palavra tem causado uma certa ebulição em minha alma.
Fico indignada quando olho para o mundo a minha volta.
E a única coisa que me conforta é minha indignação.
Por mais que doa, que machuque o meu ser, que dilacere minha alma...
Por mais que corroa meus sentidos, que desperte meu sono...
Por mais que tente corromper os meus princípios e valores
Por mais que eu tenha que segurar o choro, engolir a angustia e sufocar o grito
Por mais que eu tenha que ficar pasma, boquiaberta, arregalar os olhos
Por mais que eu tenha que criar nervos de aço...
Por mais que eu tenha que engolir a seco o que muitas vezes vejo e ouço
Algo ainda me conforta:
O forte sentimento de indignação que de minha alma jorra
E me conforta, pois sei que enquanto meu ser gritar indignado
Eu ainda não me acomodei
Não me corrompi
Não perdi as esperanças de ver um mundo melhor
Não perdi minha essência
Não deixei, principalmente de ver todas as pessoas
Como seres humanos.
Seres humanos de muitas histórias, de muitas marcas, de vitórias e derrotas
Seres humanos que sentem, chora, se angustia, que se desesperam, que comemoram
Seres humanos que queres e devem ser vistos, apenas como gente.
A indignação me sufoca
Mas me conforta
Pois sei, que enquanto dentro de mim, existir a indignação existira também a esperança, a força, a vontade de lutar pela dignidade humana, lutar pelos direitos humanos, lutar pela mudança de um novo mundo, no mínimo mais justo e simplesmente mais HUMANO.

(Kátia Tanaka)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Aprendendo



Aprendendo a perder o controle
A deixar acontecer
A fazer menos planos e simplesmente viver

Aprendendo a levar a vida com mais leveza
Com mais alegria
E de encarar tudo a ferro e fogo

Aprendendo a compreender
Esperar, renunciar, lutar
Aprendendo a apreciar e a simplesmente boiar

Aprendendo a me colocar
A me defender, me impor
Aprendendo a não permitir que me machuquem

Aprendendo a me orgulhar de quem sou
A valorizar o que conquistei
A buscar o que quero conquistr

Aprendendo a respirar
A relaxar
A simplesmente me largar

Aprendendo a me olhar
A gostar do que vejo
Odiar o que vejo
E saber que esta sou eu

Aprendendo
A deixar de querer aprender
E simplesmente aceitar
Que sou tudo que vivo
E vivo conforme minhas escolhas
E cabe somente a eu saber
O que me toca ou não
O que banco ou não
E o que de fato importa em minha vida.

(Kátia Tanaka)

Eu sei...


Sou muito mais sensível do que você pensa.
Minhas antenas são mais perceptiveis do que você imagina.
Criei uma percepção muito mais aguçada, mais atenta, consigo enxergar em 360 graus.
Eu leio seu olhar, mesmo quando não cruza os meus.
E percebo toda sua indignação quando tem coragem de olhar em meus olhos.
Eu sinto seus reais sentimentos, mesmo quando você tenta educadamente esconde-los de mim.
Eu sei qual o seu pensamento, mesmo quando sua boca me diz exatamente o contrário.
Eu percebo seu incomodo, por mais que se mostre interessado.
Sei que quando você me pergunta, talvez por educação, mas não quer ouvir a resposta.
Sei que te incomoda o que ouve, mesmo quando tenta demonstrar simpatia.
Eu leio seu olhar, sinto sua repugnancia, percebo seu desprezo.
Sei que suas palavras são vazias, no fundo, bem no fundo, sei exatamente o que você sente e pensa.
Capto os mínimos gestos, as mínimas expressões, sei até mesmo quando tenta ocultar o que diz.
Nada foge do meu olhar, da minha percepção, tudo ecoa em meu intimo.
E com tudo isso lamento.
E com tudo isso agradeço.
E com tudo isso, me construo a cada dia mais forte, mais humana, mais sensivel.
E com tudo isso me destruo e me reconstruo.
E com tudo isso aprendo a cada dia a viver.
E principalmente a nunca desistir e sempre seguir em frente.

(Kátia Tanaka)

sábado, 6 de novembro de 2010

Minha Árvore de Natal




Este ano, vou montar uma Árvore de Natal diferente, ao invés dos tradicionais enfeites vou colocar palavras que representam a vida.

Amor, paz, sinceridade, atenção, respeito, alegrias, tristezas, vitórias, derrotas, ganhos, perdas, pedir, agradecer, aprendizados, equilibrio, perder a linha, viver, morrer, renascer, fé, disciplina, relaxar, falar, calar, ouvir, decidir, ir, ficar, parar, buscar, desistir, dor, cura, lágirmas, sorrisos, raiva, decepção, indignação, caridade, preconceito, construção, descontrução, superação, amigos, família, filhos, pais, colegas, trabalho, inovação, desprendimento, agitação, calma, respirar fundo, perder o folego, aprender desaprender, curtir, detestar, presença, ausência, saudade, matar a saudade, ir de encontro, renovar, inovar, experimentar, permitir-se, errar, reconhecer, respeitar-se, limites, ir além, fazer o possivel, fazer a diferença, mudar, aceitar, tolerar, compreender, não aceitar, desacreditar, acreditar...

Colocarei tantas outras palavras que eu me lembrar.
Que esta árvore, possa carregar a energia da vida, para que eu sempre leve em meu coração, que a vida é isso, exatamente tudo que vivemos, sentimos,  nos permitimos ou não.
Que a vida é isso, as escolhas que faço, os sonhos que me proponho a realizar e aqueles que decido deixar a beira do caminho.
Que cada segundo me traz um aprendizado, basta eu estar aberta para captá-lo.
Que a vida é isso, tudo junto, misturado, seguindo seu fluxo e que embora eu faça escolhas, compreendo enfim que não tenho o total controle.
Montarei esta árvore, fazendo um balanço deste ano que se finda, entrando um novo ano mais leve me lançando livremente para todos os acontecimentos que eu tiver que viver.
Aceitando a vida, com todas as suas dores e alegrias, com toda sua amargura e doçura, crescendo, amadurecendo e sobreturo, vivendo.

(Kátia Tanaka)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Adeus Amigo


Amigo, você surgiu tão de repente, trazendo a luz que iluminou minha vida, a alegria que embalou meus dias, a leveza de viver a vida, a força da juventude tão cheia de sonhos.
Me presentou com sua grandiosa amizade, com longas trocas de idéias, as inúmeras gargalhadas, o compartilhar de sonhos, projetos de vida, de confidencias.
Éramos adolescentes!!!!
Você que com sua alegria contagiava a mundo a sua volta, com sua espontaneidade caminhava, com sua sede de viver impulsionava meu ser.
Em nossa amizade vivenciamos a primavera, o verão, o outono e o inverno.
E ao chegar na estação do inverno, por bobeiras e imaturidade de nossa adolescencia nos perdemos, nos afastamos e embora nos encontrassemos frequentemente, o frio o orgulho foi mais forte do que a beleza de nossa amizade, mal nos falávamos.
E no momento em que esta amizade poderia novamente florescer, que eu tive a chance de dizer o quanto te queria bem amigo, o quanto sua amizade era importante em minha vida, o quanto sentia sua falta, falta de nossas conversas, nossas gargalhadas, nossas brincadeiras e confidencias, quando ia lhe dizer o quanto você representava em minha vida, como amigo do peito te adorava, você fui subitamente arrancado da minha existencia, deixando em meu ser um imenso vazio, pelo não dito, pelo não vivenciado.
Partiu sem que eu pudesse lhe dizer que o frio do orgulho muito me feria, que chegava o momento da primavera e nossa amizade enfim novamente florecia.
Partiu na flor da idade, no auge dos sonhos, projetos, que traçam nossa juventude.
Partiu, mas certamene deixou uma imensa saudde de sua grandiosa presença e sua intensa amizade.
Partiu, sem que eu pudesse lhe dizer Adeus, sem que eu pudesse te dizer obrigada meu amigo pelo privilégio de ter vivido uma estação de minha vida compartilhando de sua amizade, de sua presença e de sua vida.
Partiu, mas aqui em meu coração ficou e sempre será lembrado.
Saudades!!!

(Kátia Tanaka)

De repente me lembrei de você.


De repente eu me lembrei de você, do seu olhar, seu sorriso, sua maneira de se movimentar.
Me lembrei de sua alegria, de seu jeito espontaneo de se colocar.
De repente lembrei de nossas longas conversas, do dito e não dito, do que ficou no ar, nas entrelinhas, daquilo que não era preciso verbalizar.
De repente me lembrei do nosso encontro e reencontro e isso me fez suspirar.
Senti a mesma ansiedade, vi brotar aquela sensão tão boa, aquele friozinho na barriga a respiração foi ficando ofegante e senti  os meus batimentos cardiacos aumentar e o meu intimo se agitar.
Lembrei-me do que foi e do que ficou a esperar, que deixou uma lacuna e que durante todo este tempo, nada ocupou este lugar.
Que saudade!
Que vontade de te encontrar, de admirar seu olhar, seu sorriso, me encantar com sua beleza, sua forma de falar.
Que saudade, onde será que hoje você está?
Que saudade!
Que vontade de te buscar, de por todos os cantos te procurar e o contato contigo retomar.
Só para que se nada se modificar, poder ao menos de sua maravilhosa presença desfrutar.
Que saudade!!!!

(Kátia Tanaka)

Desatando os nós


Desatanto os nós, as amarras que me prende, me amordaça, me impedem de caminhar livre.
Mas desato, desta vez, sem pressa!!!!
Sem o desespero de me sentir livre.
Vagarosamente começo a me livrar dos pesos desnecessários que insisto em carregar.
Simplesmente paro por um momento para olhar o que devo deixar e o que é importante levar.
Abro devagar os olhos de minha alma para realmente me enxergar, sem pressa, sem medo, sem me esquivar, olho devagar com o olhar desperto, curioso, atento aos mínimos detalhes, as mais sutis nuances, sem pressa.
Abro simbolicamente os braços e me lanço, sento que aos poucos perco o medo de me entregar, de respirar profundamente, de viver, me sinto leve.
Descubro meus potenciais, vou aceitando-os como dádivas, presentes, como uma linda de obra de arte, sempre incacaba e onde é possível sempre aprimorar.
Descubro meus pontos a melhorar, sem medo, receio, sem fugas, aceitando-os como pedras bruscas que é só preciso lapidar.
Sinto, vejo as amarras que me impedem de caminhar, como um emaranhado de medo, receios, bloqueios, inseguranças, desesperança, tristezas, rigidez, defesas e calmamente começo a desatar as amarras, os nós, a desembaraçar, sem pressa, sem pressão, sem cobranças, apenas aceitando que tudo isso faz parte do meu eu, do meu momento de toda a minha possibilidade de hoje ser e existir no mundo.
E então, sorrio!
Sinto uma leveza inundar o meu ser.
E então relaxo, deixo acontecer.
Compreendo afinal que as amarras que me seguram, pode ser encarada de maneira mais divertida do que eu mesma possa imaginar.
Me permito brincar com meus medos, como uma criança que descobre um novo brinquedo, explorando-o com um ar de curiosidade.
Solto minhas tensões como uma criança que sopra bolinhas de sabão pelo ar, deixo-as ir.
Relaxo e deixo a vida acontecer, como quem boia e me sinto tranquila, relaxada, entregue, como a água que tranquilamente segue seu percurso.
Me vejo como quem pacientemente desembaraça um emaranhado de linhas para então presseguir sua arte.
E reflito...
Compreendo que desatar as amarras que me prendem é um processo, longo ou curto e que deve ser feito passo a passo, curtindo cada momento, cada descoberta, cada instante, simplesmente porque este processo faz parte da construção da arte que é minha vida.

(Kátia Tanaka)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Apenas Sinta



Certas coisas não se explicam.
Apenas se sente.
E se sente de forma diferente a cada instante.
Os sentimentos brotam e somem de repente.
A emoção surge, entorpece os sentidos.
Aguça nossos sentidos, transborda por nossa alma.
É algo que vai além da razão, de qualquer forma de expressão.
Apenas dá para sentir, viver e ponto.
Certas leituras que se faz do que se vê, vai além de qualquer raciocinio lógico.
Se faz, porque se sente, porque consegue apreender o que vai além da aparencia.
É uma leitura de alma.
É um sentir, um ler com o coração que simplesmente não dá para se traduzir em palavras.
Certos desejos, apenas o são, vem e vão, surgem de repente.
Mexe com nossos sentidos, adormece, se remexe bem dentro de nós.
Se esconde, mas estão sempre ali.
Certas vozes, nos trás uma imensa sensação de bem estar e tem o dom de evocar de dentro de nós o que temos de melhor, nos relaxam, nos dão uma certa sensação de prazer, de sempre querer ficar ali mergulhada na doce melodia.
É um sentir, mais que sentir, é um lançar-se no que está ali, bem a nossa frente, sem se preocupar com absolutamente nada.
É um viver intensamente, um permitir brotar tudo que quer vir a tona.
É um entregar-se e lançar-se e simplesmente, viver.
Sem querer saber o sentido, a razão, o porque.
Pois o sentimento vai além de qualquer explicação, ou se vive ou se explica.
Então vamos viver, sentir, se lançar e deixar transbordar toda a felicidade que estes sentimentos evocam de dentro de nossa alma.

(Kátia Tanaka)

Querer você



Como pode um querer sobreviver ao tempo assim.
E uma simples lembrança evocar de meu ser a mesma sensação que senti, quando te vi pela primeira vez.
Evocar o mesmo tremor.
Evocar a mesma sensação sensação de paixão a primeira vista que me impulsiona a te bucar.
Como pode um querer sobreviver ao tempo assim.

Mesmo com todas as fugas e ausencias, desculpas para se afastar, com todos os receios de se encontrar.
Como pode um querer sobreviver ao tempo assim.

E por um momento modificar toda a reação quimica de meu corpo, trazer a tona um sentimento tão profundo e ao mesmo tempo tão controverso.
Como pode um querer sobreviver ao tempo assim.

E me trazer a sensação de não ter visto o tempo passar e nem se quer me fazer pensar que tanta coisa pode ter mudado, ou não, entrentanto, por um momento recordo nosso último encontro, tão inesperado, tão rápido, e me penso, sobre o que consegui ler de seu olhar.
Como pode um querer sobreviver ao tempo assim.

Um querer sentido com a mesma intensidade, com a mesma ansiedade, os mesmos medos e receios, o mesmo querer me aproximar e ao mesmo tempo me afastar, consegui em nosso ultimo encontro captar, que as dúvidas que eu tinha, pode com o tempo, em certeza se transformar.
E fico aqui pensando....
Como pode um querer sobreviver ao tempo assim.


(Kátia Tanaka)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Boa Noite Vida


Boa noite vida
Ao deitar no termino deste dia
Sinto meu ser pulsar de alegria
Por tudo que vivi durante o dia
Descubro então a grande dádiva
De agradecer.

Agradecer todos os momentos felizes
Que me fizeram sorrir
Todos os momentos dificeis
Que me fizeram crescer
Aqueles que me fizeram lembrar da Justiça
E usar a balança do equilibrio,
Entre o justo e o sensato
Entre a emoção e a razão
Entre os fatos e argumentos

Agradecer por ter uma familia
Por ter grandes amigos
E também aqueles que não me querem tão bem
Afinal, estes últimos me ensinam a crescer

Agradecer os novos aprendizados
E cada dificuldade superada
Cada avanço importante no ato de aprender

Agradecer pelas escolhas que fiz
Por todos peso retirado
Por todo alivio sentido
Por toda paz que brotou em meu coração.

Agradecer pelo alimento
Pela água
Pela roupa que aqueceu meu corpo

Agradecer por meus rendimentos
Por cumprir meus planejamentos
E enxergar todos que tenho que cumprir

Agradecer pelos erros comentidos
E por te-los enxergado
Por poder corrigir aqueles que preciso

Agradecer pela coragem
Pela força de vontade de seguir em frente
Sem olhar para trás.

Boa noite vida
E aqui venho lhe pedir
Que eu jamais permita que meus olhos se fechem para as injustiças
Que eu jamaispermita que meus passos me levem para os tortos caminhos
Que eu jamais deixe de enxergar meus erros
Que eu jamais deixe de aprender com tudo que se passa em minha vida
Que eu jamais perca a fé, a esperança e a sensibilidade de ouvir minha intuição.
Que eu jamais me sinta solitária, pois neste dia perdi a conexão com Deus.
Que eu jamais perca a alegria, a inspiração e a motivação.
E que eu jamais perca a dadiva de agradecer
E que a cada dia cresça minha certeza de que
Sempre estou onde tenho que estar.

Boa Noite Vida

(Kátia Tanaka)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Diversidade



Diversidade de olhares,
Que tem aquela coisa de pele,
De química,
De toca ou não toca.

Diversidade de frio na barriga,
De desejo,
De deixar aquele gostinho de querer mais.

Diversidade de sentimentos,
De amor
De paixão
De solidão
E agitação.

Diversidade de compartilhar
De querer estar
De ficar,
Namorar,
Casar.

Diversidade de casal
De filhos,
De destintos arranjos familiares

Diversidade de sonhos
De realizações
De decepções

Diversidade vivida
Compreendida
Incompreendida
Respeitada
E agredida.

Diversidade de Direitos
Construções
Conquistas
E lutas.

Diversidade que sente
Que é feliz e triste
Que sorri e chora,
Que sofre e comemora.

Diversidade de visibilidade
De invisibilidade
De segredo
De revelado.

Diversidade
Que pura e simplesmente
Não tem nada de diferente.

(Kátia Tanaka)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Brincadeira de Criança



Hoje teve um Evento em comemoração ao Dia das Crianças, no local onde trabalho.
Este evento me remeteu a pensar nas mudanças ocorridas nas brincadeiras da infância e o quanto quando crescemos, nos afastamos de algo tão sadio e que recarrega nossas energias, o brincar.
Em uma das atividades convidamos as mães para brincar, e claro que nós também participamos, a leveza sentida, a alegria transbordando, fiquei pensando há quanto tempo não brincava desta forma.
Eu não tenho filhos e nem contato próximo com crianças no meu dia a dia pessoal, mas me considero uma criança de maior idade.
Amo assistir desenho, fico encantada, nas poucas oportunidades que tenho com meus primos/sobrinhos, me jogo no chão, brinco de monta monta, jogo eles para o alto, gosto de ver essas crianças pegarem fogo e as mães ficarem doidas comigo, só porque ensino eles a molhar o pirulito no guaraná e eles fazem uma meleca daquelas.
E olhando para as mães brincando na brincadeira das cadeiras, percebi a mudança no semblante, a leveza, a risada gostosa, a disputa pela cadeira e isso foi tão bom.
É muito bom cutucar nossa criança interior, nos aproximar da alegria infantil, nos permitir gargalhar, sem ter receio de ficar sem graça, de fazer um desenho e achar lindo, sem ter receio de que o outro ache que você não sabe desenhar, quando você não sabe mesmo (risos). É tão bom dançar musicas infantis, bater palma, pular amarelinha, ficar feliz porque ganhou um saquinho surpresa com um monte de doces, claro que em nossa festa, as mães também ganharam, para que ela possam sempre se lembrar que dentro de si, existe uma criança linda que quer atenção.
Fiquei refletindo sobre o quão importante é este resgate de nossa criança interior, das brincadeiras infantis, dos contos de fadas, das brincadeiras de roda, pula corda, amarelinha, gente!!!! ficamos enferrujadas.
Brincar pode num primeiro olhar, ser perda de tempo, afinal, nós adultos sempre somos muito ocupados, tão ocupados que quando nos damos conta, nossos filhos cresceram e nem sequer percebemos, somos tão ocupados, que nem se quer percebemos que uma hora é tão pouco e pode ser tão precioso se nos dedicarmos a compartilhar com nossos filhos o que vivemos na infância, por mais antiquado que pareça, por mais que grande parte das brincadeiras não façam parte do novo tempo.
Brincar, pular, rir, gargalhar, ousar subir no escorregador das crianças só para realizar um sonho pode parecer muita banalidade, afinal, nós adultos, somos muito ocupados, mas banalidade mesmo é ver a vida passar, é permitir que nossos filhos, sobrinhos, netos, enteados, irmãos, cresçam e não desfrutem de nossa presença, de nossa atenção, da companhia de nossa criança interior e quando enfim nos darmos conta, a maior alegria que podemos sentir passou.
Então, reflita, ria, pare por um instante para brincar e desfrutar da companhia das crianças que você tem ao seu redor, quando for ao parque, brinque de cangorra, balanço, brinque de carrinho, boneca, monta monta, brinque de pega pega, esconde esconde, alerta, brinque de ver os desenhos nas nuvens, de cantar, de fazer barquinho de papel.
Brinque, deixe que sua imaginação flua e sinta a alegria brotar em seu intimo e sua criança interior sorrir.

(Kátia Tanaka)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Me libertar




Quero me despir, deixar pelo caminho a roupagem velha, ultrapassada e antiquada.
Quero me lançar, sem medo, sentindo a liberdade de ser
Quero fechar os olhos e me entregar, sentir a dor e a delicia de viver
Quero deixar para tras os sonhos que se perderam no tempo, que já não faz mais sentido de existir e de se pensar
Quero deixar no meio do caminho os cacos dos sonhos quebrados, que já não é possível colar.
Quero me desfazer dos sentimentos empoeirados, da saudade sufocada, do amor não vivenciado, da tristeza por aqueles que se foram, da dor de amor que já foi cicatrizado, ou não.
Que me despir dos preconceitos, dos receios.
Quero me livrar das amarras.
E me sentir Livre

(Kátia Tanaka)

domingo, 3 de outubro de 2010

Faça um novo Fim




"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo qualquer um pode começar a fazer agora um novo fim" (Emmanuel -Chico Xavier)

Esta frase trás uma reflexão sobre as escolhas que fizemos e o nosso poder de mudar nossas vidas.
Não importa quantos anos você tem, o que hoje está acontecendo em sua vida, você pode mudar, pode transformar sua vida.
De nada adianta ficar debruçado no horizonte do passado, se lamentando por todas as escolhas que fez, se envenando com o arrependimento e a culpa, se perguntando porque seguiu um caminho ao invés de outro, porque determinada situação aconteceu em sua vida, remoendo lembranças e fantasiando como seria sua vida se tivesse feito outras escolhas ou como seria se determinada situação não tivesse ocorrido em sua vida.
O tempo não volta, passou, jamais saberia como seria sua vida, se....
Este comportamento só faz com que você se sinta mais frustrado, mais culpado, mais infeliz. Por mais que você fique pensando como agiria e deduzindo os resultados que poderiam ser obtidos, a realidade você jamais irá saber.
Emmuitas siutações nos questionamos o porque e nos recusamos a seguir em frente até que a gente entenda, com isso nos paralisamos, fantasiando muitas vezes as razões de determinados acontecimentos, contribuindo muitas vezes para o aumento de nossa culpa, sentimento de incapacidade, desvalorização.
O porque em muitos casos, jamais saberemos, primcipalmente quando o porque envolve outra pessoa que já não temos mais contato, quando envolve a vida, Deus, força superior, enfim, não dá para buscar sempre respostas, não dá para parar nossa vida enquanto não conseguimos entender.
Com o tempo aprendemos que o melhor a fazer é compreender, lançar um novo olhar sobre a situação, tirarmos dela o que precisamos aprender e seguir em frente.
Compreender não é achar a resposta, não é remoer o passado, compreender é um sentir, um aceitar que o fato aconteceu e que nada irá mudar a situação que passou.
A vida passa, as oportunidades surgem e se vão e esta frase de Willian Shakespeare   " não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte", representa o movimento da vida.
Caminhe, mesmo despedaçado, procure ajuda se achar necessário, mas não pare, siga sempre em frente, abra os olhos para as inúmeras possibilidades de ser e existir no mundo.
Permita-se curar suas feridas internas, mas não pare enquanto elas cicatrizam, pois, como ouvi de uma maravilhosa professora, a Patricia Pazinato, existirá aquelas que jamais irão cicatrizar, apenas aprenderemos acomodá-las para que doam menos.
Siga em frente.
Olhe para sua vida e comece desde hoje a fazer um novo fim.
Esta frase de Emmanuel, nos trás a esperança de evoluir, crescer, mudar e somente você pode saber o que precisa ser mudado em sua vida.
Então mude, mas lembre-se desta frase que desconheço a autoria, "Mude. Mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade".
Dê um passo de cada vez, começe com pequenas mudanças, não tenha pressa, seja a pessoa mais compreensiva e paciente com você.
Aos poucos vai perceber que sua vida está mudando, não por mágica ou por acaso, mas porque você mudou, cresceu, se permitiu.
Então permita-se a desde já fazer um novo fim.

(Kátia Tanaka)

Doces e belas recordações




Hoje eu queria um barquinho de papel
Retornar aos tempo de criança
Onde bastava uma flor, panelinhas e anel
Onde os sonhos eram sempre tão realizaveis
E onde os nosso herois duravam para sempre.

Hoje eu queria brincar de beijo, abraço e aperto de mão
E ter o garoto dos meus sonhos
Bem pertinho para que apertassem de leve meu rosto
E fingir que foi por acaso que o escolheste
E usar da inocencia para roubar um beijo, passear na floresta

Hoje eu queria brincar do rouba-lata
Alerta, Voley, taco, esconde-esconde.
Brincar de roda, pular corda.
Brincar de tudo que o mestre mandar.

Hoje eu queria
Brigar com minha prima preferida
Porque não me dá atenção
Ficar enciumada
Fazer birra, bater o pé, chorar


Hoje eu queria comer a merenda da escola
Cachorro quente, arroz com lentilha e almondegas
Tomar café com leite, pão com manteiga
Sopa e macarronada

Hoje eu queria cabular aula
Passear no Shopping
E depois ficar com a consciencia pesada

Hoje eu queria dançar quadrilha
Mandar correrio elegante e torcer para a resposta ser positiva
Comer maçã do amor
Lanche de carne maluca
Pipoca

Hoje eu queria ter tempo
Para fazer agenda
Criar códigos
Recortar revistas
Fazer cartas de amor

Hoje eu queria
Brincar de fazer gravação com voz rouca
Só para assustar alguém
E depois chorar de rir

Hoje eu queria trocar cartas com uma grande amiga
Inventando nomes
Assuntos
Só para deixar confuso o carteiro

Hoje eu queria dançar lenta agarradinha
Conversar ao pé do ouvido
Sentindo que os olhares trocados no decorrer da noite
Foram correspondidos
Trocar beijos e abraços
E registrar este momento
Com uma musica especial

Hoje eu queria
Viver um amor de adolescencia
Que nasceu dançando lenta
Sentir a emoção
Da espero de encontra-lo em meio a multidão
E por sorte ter sempre um amigo
Nos ajudando nos reencontros
E fazer de cada novo encontro
Uma explosão de emoção.

Hoje eu queria
Dar meu ultimo abraço
Num amigo especial
Que foi morar com Deus
E lhe dizer tudo que não foi dito
Por puro orgulho.

Hoje eu queria
Curtir um matinê
Sair no meio da chuva
Andar por rua alagada
Rindo a doidada
Com a amiga do coração

Hoje eu queria
Ir para a domingueira cedo
Enfrentar a imensa fila só para não pagar
Passar a semana inteira treinando os passinhos
E me acabar de dançar

Hoje eu queria
Ir para a balda a pé
Dormir nas estações de metro
Andar um bocado a pé para pegar ônibus
E brigar com as amigas quando arrumavam carona.

Hoje eu queria
Ir pular carnaval
Passar a noite toda
Dançando marchinhas

Hoje eu queria....

(Kátia Tanaka)

Todo término Dói




Todo término dói.
Não importa se ainda estamos perdidamente apaixonados ou se chegou ao fim porque já tentamos tudo que nos era possível e chegamos a conclusão que o melhor a fazer é partir.
Dói porque nos deparamos novamente com a solidão e teremos que correr o risco de novamente recomeçar.
Dói a ausencia dos hábitos, até então existentes.
Dói o silêncio do telefone, a ausencia de notícias.
Dói saber que o outro sofre ou que não esteja sofrendo como nós.
Dói porque vivenciamos o luto de tudo que perdemos, os sonhos, planos, contato com a família que as vezes se tornam como nossas.
Dói porque muitas vezes nos perdemos dentro da relação.
Entretanto, não importa o quanto doa, é sempre preciso recomeçar, encarar a ausencia, o vazio, o estar só e as perdas ocorridas durante este relacionamento.
É um momento de recolhimento, de avaliar os aprendizados que podemos e devemos tirar desta situação. Fugir da dor não ameniza o sofrimentos e as vezes prolonga ainda mais a sensação de vazio, pois na busca desenfreada de aliviar a dor, acabamos por cometer erros e o pior usamos as piores formas de fugir da dor.
Encarar a dor do término de uma relação, nem sempre é fácil, mas fugir dela, pode ser pior ainda.
Encarar que mais uma vez nossos sonhos se desfizeram, dói, entretanto, dói mais ainda, não aceitarmos esta perda e insistirmos em buscá-lo quando já não se encaixa mais na vida do outro.
Encarar a solidão dói, mas dói mais ainda o vazio sentido quando se busca o outro como fuga.
Perdas e recomeços fazem parte da vida, o tempo todo vivenciamos este ciclo, estamos a todo instante nos transformando, perdendo e ganhando e nem nos damos conta.
Pior do que um relacionamento desfeito é a não aceitação.
Com isso prolongamos o sofrimento, muitas vezes insistindo em retomar esta relação, implorando o amor de alguém que já não o tem dentro de si para nos dar.
E por mais dura que seja esta verdade, encare.
A ausencia dói, mas dói ainda mais a indiferença, a ligação não atendida, a frieza na voz, o e-mail não respondido.
Parta e deixe partir.
Siga em frente, logo passa.
Pode demorar um pouco, ainda mais se o relacionamento foi o sentido de nossa vida, mas acredite, passa.
E quando passar, guarde a preciosa lição: que o outro jamais seja mais importante do que você mesmo.
Que  estar com o outro, jamais seja mais importante do que compartilhar momentos com seus amigos, sua família e com você mesmo.
Que os sonhos que fizer com o outro, jamais seja mais importante do que os seus sonhos.
Que a vida do outro, jamais seja mais importante do que a sua vida.
Que o que o outro gosta, seja estilo musical, gênero literário, lugares preferidos, estilos de filmes, etc, jamais sejam mais importantes do que os seus.
Que o outro jamais seja o centro de sua vida.
Que jamais interrompa seus sonhos, para viver os do outro.
Seja você o centro de sua vida.
E esteja com o outro para compartilhar momentos, para escrever uma história que certamento não existirá como elenco apenas vocês dois.
O outro deve entrar em nossa vida para somar, para estar com, e não para ser o motivo unico de nossa existencia.
Ninguém morre por amor e sim por falta de amor próprio, por abandonar a pessoa mais importante do mundo: você.
Claro que com isso, não desejo passar a idéia de que devemos olhar somente para o "nosso umbigo", pois agindo assim não compartilhamos e não estamos com o outro, quero apenas dizer que não devemos nos abanonar e sim que podemos ser nós mesmos com o outro e com isso crescermos e amadurecermos e que se por acaso o relacionamento chegar ao fim, mesmo que doa, possamos seguir em frente.
Então siga em frente, dói mais passa e quando passar, verá os beneficios que este término trouxe para sua vida.
Se terminou, não era pra ser, se existiu foi porque tinhamos algo a aprender.
Leve o que foi bom, deixe o que precisa ser deixado à beira do caminho.
Recomece.

(Kátia Tanaka)

Viver a vida.





Anseamos tanto por viver a vida sem nos darmos conta que a vida flui a cada segundo.
Passamos o tempo planejando e investindo no viver bem, mas o que de fato fazemos com a nossa vida?
Ansiamos por viver e de repente nos damos conta que disperdiçamos a vida, que deixamos o tempo escapar por nossos dedos, enquanto planejamos, sonhamos, idealizamos a vida que julgamos ser ideal.
E o tempo passa.
O tempo não para até que conseguimos criar um projeto de vida, enquanto planejamos a viagem imaginamos que nos fará feliz, enquanto arrumamos aquela pessoa que imaginamos que irá preencher o nosso eu e encher nossa vida de felicidade.
O tempo passa enquanto decidimos o que vamos fazer de nossa vida profissional, enquanto escolhemos o curso que iremos cursar, enquanto decidimos emagracer, engordar, parar de fumar...
Na ansia de buscar viver a vida, acabamos por ver a vida passar e corremos o risco de vê-la passar numa verdadeira inércia.
E quando nos damos conta, acabou o dia, passou o mês, chegamos ao final de mais um ano, deixamos de ser adolescentes e nos tornamos adultos, envelhecemos.
E ao nos darmos conta disso, corremos o risco de ficarmos com a terrivel sensação de termos disperdiçado o tempo, a vida, os maravilhosos momentos do instante presente.
Enquanto ansiamos por viver, passamos a vida planejando, desperdiçando o instante presente, sonhando um futuro que pode não chegar, ou debruçamos no passando, perdido em lembranças, em saudades de algo que foi e não voltará, passou, assim como o tempo passa.
Se abrirmos os olhos da alma e lançarmos um novo olhar para a vida, para o momento que estamos vivendo, onde estamos? Como estamos nos sentindo? O que nos motiva a mudar? O que nos faz falta? e o principal, o que já temos?
Talvez consigamos encontrar o sentido, a raão, calar um pouco a ansia de viver, pois sentiremos a vida em toda a sua essencia.
Talvez consigamos nos sentir, sentir nosso corpo, nossos sentimentos, talvez consigamos ver tudo a nossa volta, como um leve e intenso despertar.
Talvez a gente se espante com o que vamos nos deparar, talvez não.
Talvez vamos querer correr atras do tempo perdido e então teremos que enfrentar a dura realidade, não dá, passou, não há como recuperar o tempo , pois se tentarmos agir assim, mais uma vez  desperdiçaremos o  tempo que temos, mais uma vez desperdiçaremos a vida.
Talvez iremos nos revoltar e nos perguntar, como não compreendemos isso antes, algo tão obvio que sempre esteve à nossa frente. Momento de reflexão importante que certamente nos fará crescer, e o que temos a fazer é  nos conscientizar rapidamente que chorar pelo leite derramado só nos trás uma vida de lamentações.
Talvez esta reflexão nos dê um momento de paz, por conseguirmos perceber que tudo que fizemos foi o melhor e que podemos mudar tudo o que queremos a partir deste instante.
Talvez doa demais encarar a vida e decidimos que o melhor é fechar os olhos.
Entretanto, talvez um novo brilho surja diante de nossos olhos e uma nova alegria brote em nosso coração e então olharemos a vida com a curiosidade de uma criança que vê o mundo pela primeira vez e então nos sentiremos leves, livres, em equilibro perfeito entre a ânsia, a angustia e a tranquilidade de que se pode seguir adiante dando um passo de cada vez.
Viver está sempre nos mais simples detalhes, em cada batida do coração, em cada momento que respiramos, está em cada lugar que lançamos nosso olhar.
Viver está em tomarmos consciência de cada um de nossos atos, no gosto do que levamos a boca, no cheiro que sentimos no ar, na percepção do que nossas mãos tocam, naquilo que nossos olhos captam, na sensação do que envolve nosso corpo.
E então compreenderemos que embora a vida também repouse nos planos que fazemos,  não podemos esperar a concretização deles para que possamos nos sentir vivos e viver tudo que se tem para viver, alegrias, tristezas, felicidades, dores, angustias, amores, aventuras e inércia.
Somente assim, estaremos vivendo a vida.

(Kátia Tanaka)


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Recordações





Seu olhar
Quando cruzou o meu
Fez meu coração acelerar
Senti meu corpo inteiro tremer
Me apaixonei em nossa primeira troca de olhar.

Tentei fugir
Fingir que você não estava ali
Não consegui
Tentei te afastar
Tentei dispistar
Mas algo nos fez se aproximar

Reprimi meus sentimentos
Que explodiram
E me deixaram ao alento
Sufoquei todos os meus desejos
Quem sabe por medo
Um medo tão singular

Compartilhamos nossos anseios, desejos, medos e receios
Nas entrelinhas
Nada precisava ou consegui ser dito
Apenas sentido
E assim foi

Seguimos nossas vidas
Mudamos a rota
O caminho
Nos perdemos
E por ironia do destino quem sabe
Nos encontramos

O mesmo perder de folego
A mesma tremedeira
O mesmo desejo de ficar
E o mesmo impeto de partir
E assim foi

Contudo, passou o tempo
Mas aqui ainda arde o desejo
O sentimento
A vontade
O perder o folego de te recordar
Sorrindo
De tremer ao recordar
O som de sua voz
A emoção sentida ao recordar
O seu olhar.

Recordações somente
Mas que se o destino, mais uma vez
Me permitir te encontar
Desta vez não irei fugir
Irei ficar

(Kátia Tanaka)

sábado, 28 de agosto de 2010

Tic Tac o Vazio de minha alma




Sinto um vazio tão ímpar, tão profundo, como se caisse em um abismo.
A dor do que pode ser, do que será e angústia do é.
Como somos tão vulneráveis, hoje aqui estamos, amanhã quem sabe, sim ou não?!
A vida se torna tão profunda, os minutos tão intensos, tão rápidos, tão preciosos e porque não dizer também tão dolorosos.
O tic tac segue, a chegada, a partida, toda a história de uma vida.
É o descobrir diversas formas de amar, é ter que seguir em frente querendo ficar.
É o ir e grande parte de si ficar.
É a lagrima que rola, tão solitária.
É a esperança que brota, é o sonho que nasce
E o tic tac
Corre o tempo sem parar..
A alma chora, os olhos riem, o carinho surge, a dor ressurge e o vazio consome.
Na alma surge um buraco, um vazio, um nada, um estar só em meio a dor, por mais braços que te rodeiam, é querer o silencio, psiuuuuuuu, não digam nada, deixe-me com a solidão da minha dor, com a minha própria esperança, com meus medos, anseios e revoltas,... eu posso, eu quero, eu devo... sentir...
Torno-no mais humana, o que somos afinal?
E o tic tac, continua a correr.
Olho para trás, quanta vida já passou, quando sonhos que sonhei e alguns deles realizei, quantas lágrimas derramei, e quantas tristezas chamei de vazio... somente hoje eu sei o que é vazio, o nada, a dor.
Olho para trás e vejo como um filme, tudo que passei, as escolhas que eu fiz e as que deixei para trás, me pergunto será que acertei... sinceramente já não sei...
E o tic tac vai esvaziando minha vida e penso neste instante, quanta vida ainda me resta?
E a alegria de um sorriso, ou será apenas a máscara para enganar o mundo do quanto me sinto só, imersa no vazio.
Sinto medo e me faço de forte.
Sinto dor e fingo que não é nada.
Escondo minhas lágrima com um sorriso.
Minha alma se sufoca.
E o tic tac, vai passando....
Tantas perguntas rodam por minha cabeça, rodeiam minha alma, meus sentidos, mas quem as poderia responder se somente Deus pode nos conduzir pela vida?
Ando sem saber para onde ir, sem rumo, perdida em meio ao vazio,
Caminho para onde meus pés tem que ir, meio anestesiada, meio automática, mas afinal, para onde vou?
Meus pensamentos atordoados, minhas emoções descontroladas...
Como poderia me sentir?
E o tic tac vai me consumindo...
Quisera eu poder parar o tempo, apenas por um momento, para descansar minha alma que chora e sofre, para quem sabe encher este vazio, minar este medo, aliviar esta angustia...
Mas o tic tac vai passando.
O vazio continua aqui, minha alma chora, tenho que parecer forte, não posso desanimar, ou posso?
E tic tac,....
Vai passando....

(Kátia Tanaka)

terça-feira, 11 de maio de 2010

Meu eu - Mudar é necessário



Hoje me sinto em ebulição
Sinto meu ser estremecer,
Como se algo de dentro de mim
Quisesse sair, explodir
Talvez como uma forma de expandir meus horizontes

Hoje me sinto tão reflexiva
Tão quieta
Tão contida
Me sinto tão perdida que não sei
Não sei

Já não sei dos meus sentimentos
Já não sei dos meus anseios
Nem dos meus sonhos
E desejos
Já não sei o que quero para minha vida
Mas algo sei
Desejo ardentemente viver

Vivo ancorada em um cais
Me sinto presa
Estagnada
Limitada
Quero mais

Quero me soltar destas amarras
Quero seguir mar adentro
Pegar a estrada
Quero voar livre como um passaro
Correr pelos campos
Fluir como a agua

Quero!
Quero ir adiante com os olhos curiosos de uma criança
Que descobre o mundo e em cada momento se encanta
Quero saborear os momentos como quem saboreia o mais delicioso doce
Quero saciar minha forme, minha sede de vida
Quero poder um dia olhar para trás e apreciar o tão maravilhosa foi minha vida.

Não!
Não quero ter mais a sensação de ter vivido em vão
Não quero mais sentir que não há vida
Que dias passam sem um pingo de emoção
Não!
Não quero mais saborear a vida como quem saboreia uma comida sonsa
Não! Desejo mais

Quero acordar todas as manhãs com a certeza de que valerá ter chegado ao fim do dia
Quero sentir meu corpo vibrar com a descoberta das maravilhas da vida
Quero sentir meu coração bater mais forte de emoção
Quero ter a sensação de que vale a pena viver a vida

Sim!
Viver a vida
Deixar de apenas existir
Deixar de estar debruçado no passado
Parar de chorar pelo leite derramado
Lavar o rosto banhado de lágrimas
E seguir

Sim!
Seguir em frente
A vida sempre continua,
Querendo ou não
A vida sempre segue em frente
Segue seu ritmo,

Sim!
Um ritmo intenso
Por momentos lento
Por outros tão acelerados que nem o sentimos passar
Mas um ritmo só seu
Tão único como cada momento
Tão intenso como a propria vida.

(Kátia Tanaka)



segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ansias

É incrivel como você me faz pensar em minha vida, como me faz olhar para dentro de mim, como desperta sonhos, me sacode a alma.
É incrivel como a cada momento que ouço sua voz, minha alma desperta.
Não sei explicar o que acontece, mas você tem o dom de me abrir os olhos da alma.
Me desperta para coisas que estavam ali adormecidas.
É incrivel, mas todas as vezes que ouço sua voz, que olho para você, que vejo seus olhos, algo em mim se transforma.
Talvez no fundo, admiro muito sua espontaneidade de ser exatamente assim, que você é.
Admiro sua capacidade de se entregar ao momento presente sem criar demasiada expectativa.
Admiro sua forma de encarar o mundo, de agir, de ser, de seguir seu caminho sendo assim você.
Admiro sua coragem, sua sinceridade, sua forma de jogar as cartas na mesa.
Talvez cada vez que eu te olho, que te ouço enxergo tudo isso em você, e tudo isso ecoa dentro de mim.
Como uma forma de despertar, de me fazer voltar o olhar para tudo aquilo que deixei dormir, cochilar dentro de mim e que já passou da hora de acordar.
Amo seu jeito rebelde e sua timidez, sua franqueza e sua firmeza
Acho graça em suas caras e bocas, suas palhaçadas e piadas
Sua forma de caminhar, de falar, de sorrir, de reagir.
Admiro sua propria moda, sua ousadia, sua sede de experimentar.
Admiro seu jeito largado, desencanado por não ligar
Para o que dizem, pensam, inventam a seu respeito.
Sua franqueza e delicadeza, de colocar cada um no seu lugar.
Talvez tudo isso, faz sacudir os meus medos, receios
Me desperta a ansia de quebrar todas as travas, de me livrar das amarras
Me faz querer espandir este jeito contido
De querer me abrir para infinito
E com a vida me deliciar
Admiro esta forma de olhar
A entrega que percebo nas nuances de seus gestos
Na malicia de seu sorriso
Na delicadeza e rebeldia de caminhar
Olho para você
Sinto ecoar minha alma
Não porque te busco
Mas porque minha alma anseia por acordar
E encontrou em sua voz
Um meio de me fazer refletir, me entregar, repensar minhas escolhas e minha vida Transformar.

(Kátia Tanaka)

Sensivel

Hoje estou assim
Sensivel
E como detesto me sentir assim
Sinto meu coração acelerar
Minha respiração parece por momentos falhar
Sinto minhas mãos tremer
Meu corpo enrigecer
Não quero mostrar ao mundo
O quanto estou
Sensivel
Olho por um instante para o nada
E me pergunto
O que aconteceu comigo?
Quando fui ficando assim tão sensivel
Cadê aquela menina que parecia tão forte
Tão firme
Tão dura
O que aconteceu com minhas armaduras
Tento em vão vasculhar as páginas amareladas do meu passado
Tento em vão encontrar onde foi que abaixei as armas
Derrubei o escudo
E tirei a armadura
E não sei, não sei onde a deixei.
Sinto-me tão desprotegida
Tão sensivel
Tão vulneravel
Com meus sentidos tão aflorados
Tenho Medo
Sinto angustia
Estremeço de raiva
Não quero me sentir assim
Tão sensivel
Quero meu escudo de volta
Minhas armas postas
Quero me vestir com a armadura
Me defender do mundo
E quem sabe desta forma
Esconder de mim
O quanto me sinto
Sensivel

(Kátia Tanaka)

domingo, 9 de maio de 2010

Eu e você



Que delicia esta vida de amar você
Amor encantado que contagia minha vida
Que me faz perceber que amar vale a pena
Amo tudo que vivencio com você.

Doce encanto da minha vida
Que fez de cada passo do meu caminho
Um passo de dança
Doce melodia que me encanta
Como é maravilhoso amar você

Amor romantico, amor companheiro
Amor ardente, amor envolvente
Amor ambivalente, amor divertido
Amor comunicativo, amor, amor e amor

Pequena palavra com tantas nuances de significados
Longe dos encantos da adolescencia, longe da intensidade da plenitude da paixão
Maravilhos sentimento que invadiu minha vida
E faz meu ser vibrar de emoção

Como é maravilhoso com você compartilhar
Tão belo sentimento e contigo flutuar
Caminhar de mãos dadas pela vida
Seus lábios beijar
Seu corpo tocar
E em seus braços me enroscar

Ah singelo amor, que fez tudo em minha vida se modificar
Que trouxe as dores e delicias da vida
Que maravilhoso encontro de almas
Me fez retomar

(Kátia Tanaka)

Cansada

Ando cansada da hipocrisia do mundo
E também com a minha própria hipocrisia.
Afinal faço parte deste mundo e não sou melhor nem pior
Do que todos que aqui vivem
Apenas tento desesperadamente ser Eu mesma.

E quem sou eu?
Vejo tudo ao meu redor
Vejo as pessoas e seu jeitos
E as vezes me vejo tentando me adequar as regras do mundo
Mas quem fez essas regras?
E quem disse que são regras?

Se não existe receita para a felicidade,
Porque as pessoas criam regras, modelos, padrões para se viver?
E se você não se enquadra neles, pronto, fica no alvo
Da critica, da pressão, do isolamento, da indiferença.

E o que mais me impressiona é que ninguém segue a perfeição
E na hora de apontar o diacho do dedo, o julgamento é padrão.
É baseado em falsos valores, em falsas posturas, em pontos de vistas falsos
Que essas pessoas não usam para suas próprias vidas
Mas adoram comparar com a vida dos outros.

Apontam o dedo, afiam a língua, não medem suas atitudes
E assim, intertem as pessoas para que não vejam as falhas de sua própria vida.
Usam mascaras para esconder a falsidade de sua face
Cantam melodias para disfarçar a podridão de sua fala
Fingem uma postura que não tem
E assim caminham, seguem suas vidas
Se escondendo atrás das imagens que derrubam pelo chão.

Ando cansada de me esforçar e sorrir
De colocar a mascara do "nem ligo" para o que o mundo acha
Quando desejo apenas que me deixem ser quem sou
Que esqueçam que minha vida existe
E que façam o favor de cuidar da própria vida
Afinal cuidar de uma vida só já da trabalho
Cuidar de duas, três, quatro, dá trabalho demais

Ando cansada de olhar em volta
E me enxergar só
Mesmo sabendo que sou só
Em todos os instantes e em todas as minhas escolhas
Mas ando cansada, de não poder me escorar
Num velho peito cansado e também repousar.

Ando cansada da tristeza que por vezes ronda minha face
Ronda minha vida, ronda minhas histórias, ronda meus sonhos
Descolorindo sonhos, dando um tom melancólico ao som de meu riso
Me forçando a prosseguir mesmo em meio à solidão.

Ando cansada do peso inútil dos sonhos despedaçados
Da saudade do que não foi
Do desespero das escolhas erradas
Da lágrima que insiste em cair,
Quando já não devia nem mais existir

Ando cansada de estar cansada,
Do andar curvada
Olhos pousados ao chão
Passos lentos, cansados
Ombros pesados
Indiferença, me seguindo como um tom
Como a melodia triste que invade minha vida
E que envolve sem dó nem piedade minha Alma

Ando cansada de sentir saudade
Da minha alegria
Do meus riso
Da minha leveza de caminhar pela vida
Dos sonhos lindos que sonhei em vão, mas não liguei
Do amor sorrindo, da paixão me consumindo
Do brilho nos olhos
Da batida forte do meu coração
Da vibração de alegria de minha alma.
De sonhos e mais lindos sonhos esparramados pelo chão.

Ando cansada, já não encontro animo ou razão.
Jogo minhas mascaras no chão
Sinto as lágrimas deslizando por meu rosto,
Hoje me sinto cansada
Não quero me esforçar, não quero lutar, brigar
Esta sou eu mesma
Despida de tudo que o mundo tenta me dizer que devo ser
Entregue a mim mesma
Sentindo o êxtase de viver minha própria essência.
Minha própria emoção
Meus próprios sonhos  que por ora os pego
Despedaçados pelo chão.
(Kátia Tanaka)

Lembra


Lembra quando me disse que ia partir
Que me disse que não era o que no fundo você queria
Mas que a vida assim tudo conduzia
Que novos planos para você fazia
E embora nada me disseste eu no fundo sentia
Que eu, ah eu já não estava incluida.

Lembra quando nos olhamos pela ultima vez
Você talvez não viu, não percebeu
O quanto minha alma sofria
O quanto te amava e o quanto por ti sofria.
Você era tudo de mais valioso que eu tinha

Lembra quando você partiu
E eu ali, olhando seu carro partir
Tive vontade de gritar, pedir para você ficar
Mas não consegui, me senti paralisada
Sem conseguir reagir.

Eu não sabia o que fazer
Me perdi, me senti sem rumo
Sem saber para onde ir.
Me vi como um barco a deriva
Eu não sabia como continuar sem você aqui.

Lembra das noites que conversamos
Dos planos que comentamos
Dos sonhos que sonhamos.
Lembra da angustia de minha saudade
Da espera de matar esta saudade
Ao te ouvir, ao te escrever
Ao saber que você estava ali

Lembra quando fui te encontrar
Da alegria que eu senti ao te olhar
Do quanto me completei ao te abraçar
Como foi bom, ter você em meus braços
E os seus lábios beijar

Mas neste dia senti
Que tudo já não era o mesmo
Meu coração sentia
Que o seu amor eu perdia
Quer era so questão de tempo
Que de vez, nossas vidas se perderia.

Lembro que de tanto me sentir perdida
Me perdi
Por não saber viver sem você
Por tanto sofrer
Não queria mais sentir esta dor
Não queria mais viver esta saudade
E me perdendo encontrei uma forma de fugir

Senti que já não suportaria
Que precisava me encontrar
E talvez você nunca tenha entendido
O que me fez recuar, me fez desistir
Me fez  este amor terminar

Neste dia, em que desisti
Não pense que foi facil
Que ja não existia amor em mim
Apenas tive que escolher
Entre amar você ou me amar
A dor que me consumia
Me destruia
Já não cabia em mim

Lembro do quanto foi dificil
Retomar meu caminho e seguir
Aos passos cambaleantes
As noites insones
As dores dilacerantes
Fui rotomando passo a passo
Reconstruindo minha vida
E finalmente aprendi
Que tudo que vivi com você foi muito bom
Mas melhor ainda foi desistir do amor que sentia por você
E construir todo amor que hoje sinto por mim.
(Kátia Tanaka)

VOCÊ

Este seu olhar tão doce
Que encanta meus sentidos
Esta sua voz tão sensual
Que estremece minha alma
Este seu movimento tão suave
Que embala meu caminhar
Este seu sorriso tão encantador
Que alegra minha alma.
Este seu jeito tão espontaneo
Que traz leveza para minha vida
Esta sua simplicidade
Que me ensina valores tão preciosos.
Esta sua expressão de Vida
Que me contagia, me envolve, me extasia.
Este conjunto tão completo, tão perfeito
E tão cheio de defeitos
Tão singelo e tão intenso
Tão rebelde e tão tranquilo
Tão espontaneo e tão timido
Tão repleto de nuances
Que encanta meus olhos, expande meus sentidos
Que a cada instante se mostra
Como unicamente VOCÊ.
(Kátia Tanaka)

Estou de mal

Hoje acordei de mal do mundo
Achando as coisas tão absurdo
Querendo fechar os olhos, ouvidos
estagnar os sentidos
para o mundo.

Hoje acordei de mal com a vida
Não entendo que Sina é esta
Que me invade, me domina.
Que preenche os meus dias
Com esta mesmice de ser.

Hoje acordei de mal com os escritos do meu passado
Com os beijos, abraços, sonhos quebrados
Quero um trator, passando por minha vida
Destruindo tudo que ficou inacabado
Esvaziando, deixando espaço
Para florescer a vida.

Hoje acordei de mal com o presente
Que hoje parece tão descontente
Tão sem graça, deselegante
Tão vazio de vida e de harminia
Que chega a agoniar a alma
E espantar os lapsos de alegria.

Hoje acordei de mal comigo
Com meus costumeiros defeitos
Que eu sempre sem jeito, torno a encara-los.
Com meus costumeiros mal habitos.
Que só meu deixam se sentir culpada
Com meu comodismo, que faz o tempo passar
E me deixar a sensação de a vida desperdiçar.

Hoje acordei de mal com a bagunça que esta o meu ser
Que se reflete por minha vida, minha alma, meu guarda-roupas e gavetas
Por minhas palavras vazias, tão cheias de agonias.
Por meu ar triste, sentimento melancolico
Por não querer fazer nada para mudar este ar descontente.

Hoje acordei, somente abri os olhos, mas não saboreei
O delicioso gosto da VIDA.
(Kátia Tanaka)

domingo, 2 de maio de 2010

Querer sempre é poder?




Querer é de fato poder?
Estive pensando sobre esta frase e ao debruçar sobre minha vida, percebi que durante muito tempo quis e tantas coisas ainda quero..
Eu quero emagrecer, ter um corpo definido; Quero um carro, una casa na praia e meu apartamento; Quero viajar pelo Brasil e pelo Mundo, conhecer lugares; Quero aprender a tocar violão, fazer teatro, aprender dança do ventre, enfim, são tantos "Eu quero" que se eu for descrever todos, passarei o resto da noite listando.
E devaneando nestes quereres, percebi que esta frase "Querer é poder" não é bem assim, falta algo no meio desta frase que coloque nela ação. Não basta querer, temos que decidir colocar um objetivo em cada um destes "Eu quero".
Olhando por outro ângulo, parece que esta frase "Querer é poder", traz um pensamento mágico, no sentido, que basta mentalizarmos que plasmaremos tudo que desejamos.
Querer é o começo, afinal, se algo queremos é porque existe um sentido, um motivo, algo que nos aquece o coração.
Depois deste querer é necessário decidir ter, alcançar, caso contrario, este querer corre o risco de virar um sonho empoeirado nas prateleiras da vida.
Decida ter, coloque ação, vise um objetivo, traças metas, mas antes de qualquer coisa, decida, pois somente depois que decidir de verdade, com toda sua alma, suas metas, objetivos, e tudo o que você estabeleceu, se concretizará.
Você pode por exemplo, querer um carro, escolher o modelo, cor, acessórios, pesquisar o valor, pensar sobre como vai adquirir, se a vista ou financiado, se for financiado em quantas vezes e o valor das parcelas, se for a vista, verificar se há capital suficiente e o quanto precisara juntar, enfim você poderá verificar tudo o que for necessário e poderá inclusive colocar tudo no papel, mas enquanto você não decidir ter este carro, nada do que planejou será colocado em pratica.
Preste atenção em todo o querer de sua vida e pergunte sempre a você mesmo se você QUER ou se DECIDIU ter, alcançar, etc.
Logo, penso que esta frase poderia ser assim, "Queira, acredite que pode, mas decida conseguir o que quer".
Decisão, este é o verbo de ação que movimenta nossa vida. (Kátia Tanaka)




sexta-feira, 30 de abril de 2010

Cheiros


Há cheiros que estremecem nossas entranhas, que faz vibrar nossa alma, nos levando a uma sensação de intenso êxtase.
Há cheiros que nos trazem a paz, a sensação intensa de bem estar e plenitude.
Há cheiros que nos excitam, que faz arder nossa alma, acendendo em nós o fogo do desejo.
Há cheiros que nos descarrega, que limpa nosso interior das mazelas da vida, que limpa os nossos sentimentos, pensamentos, nos permitindo caminhar mais leves pelas estradas da vida.
Há cheiros que nos dá agua na boca, que nos faz salivar, que ativa o nosso sentido degustativo e aos prazeres da gula, nos faz mergulhar.
Há cheiros que nos enojam, que nos faz repugnar até mesmo o sagrado ato de respirar.
Há cheiros que evocam lembranças, que nos embalam em sonhos empoeirados, guardados nos armarios da memória e do coração, que evocam doces recordações de beijos, desejos, sonhos quebrados espalhados pelo chão.
Há cheiros que nos entristece com a saudade, com aquilo que se foi e não voltará, que faz nascer nos olhos a tristeza transbordada em lágrimas.
Há cheiros doces, amargos, suaves, azedos, estressantes e relaxantes, que em diversas sensações nos faz mergulhar.
(Katia Tanaka)