Translate

quinta-feira, 22 de maio de 2008

O que posso aprender com isso?


Nossa vida é construída por momentos, creio que esta frase não seja nova, todos nós um dia já ouvimos e brilhante foi quem a escreveu.
Cada um desses momentos são como fios que vão tecendo nossa existência. Esses fios podem ser momentos bons, alegres, de plena felicidade, momentos ruins, péssimos e aqueles que nos deixam a sensação de desmoronamento do nosso próprio eu.
Mas uma coisa é certa, sendo estes momentos bons ou ruins, não são apenas momentos, trazem em si algo mais profundo, sutil, que muitas vezes sequer percebemos: as valiosas lições e possibilidades de crescimento.
Muitas vezes ficamos tão envolvidos nas emoções que vivenciamos, sejam os momentos bons que nos deixa uma sensação de contentamento, seja os momentos ruins que nos trás uma sensação de desmoronamento o que diferencia é o quanto estamos envolvidos que muitas vezes conseguimos apenas sentir.
Se nos afastarmos e olharmos a situação, conseguiremos contemplar as valiosas lições, este afastamento possibilita olharmos para a situação por um outro ângulo, sentir mais também encontrar uma ponte para o crescimento.
É um movimento rico, pois olhamos para dentro de nós, podemos até mesmo perceber o quanto mudamos, são faces desconhecidas para nós mesmos, força interior que não conhecíamos, balanço de vida, o sentido que damos a tudo que nos acontece. São nessas paradas que muitas vezes nos questionamos “O que estou fazendo da minha vida?” e com isso mudar direções, apressar o passo, reduzi-lo, perceber o quanto estamos nos fazendo de bem ou mal, da mesma forma que podemos reconhecer nossos limites.
Este movimento não é fácil, é difícil vivenciar uma situação, se entregar de fato e ao mesmo tempo se afastar e se questionar. O que posso aprender com isso?
A linha que separa a entrega da superficialidade é muito tênue.
Fazer esse movimento de sair do vivenciar, olhar, se questionar, visualizar as possibilidades de crescimento e retornar a vivenciar, sem nos defender demais e sem nos perdeu nas emoções não é fácil.
Exige treino, autoconhecimento, entretanto, se conseguirmos este movimento, passamos a não viver no piloto automático, tomamos as rédeas de nossa vida, nos tornamos mais conscientes de nossos atos, reconhecemos nossos limites e com isso, deixamos de ser vítimas de nossa própria história de vida e passamos a ser autor.
Claro que sei que diante do sofrimento que parece dilacerar nossa alma é difícil pensarmos no que podemos aprender, a dor parece nos consumir, o que mais queremos e ansiamos é sair deste estado e curar nossa ferida, sanar a dor.
Mas fazer este movimento de refletir sobre o que se pode aprender com isso é como encontrar um local tranqüilo dentro de si, em meio a turbulência, com isso percebemos que a forma como enxergamos a situação é modificada e aos poucos vamos clareando nossas idéias, acalmando nossas emoções e com isso redirecionando nossos passos, encontramos novas possibilidades de resolver nossos problemas, de vivenciar esta situação.
E quando tudo passa, sejam os momentos bons que nos tiram do chão, seja os momentos ruins que nos joga bruscamente nele, perceberemos que não apenas sofremos mas nos transformamos, transcendendo e certamente não somos mais os mesmos.
Percebemos que cairemos outras vezes, sairemos do chão tantas outras, mas caminharemos mais firmes, certos de que todos estes momentos em suas mais variadas nuances, faz parte da vida, o que muda é a maneira como os encaramos, vivenciamos e nos permitirmos nos lançar e retornar, certamente mais amadurecidos, mais plenos principalmente de nós mesmos.

Katia Tanaka

Quando o vazio interior, reflete a falta de amor próprio - Rascunho de 2002


Às vezes nos pegamos meio vazios por dentro, como uma sensação que tenta nos dominar.
Um momento de profunda solidão interior, um silêncio perturbador, uma ponta de tristeza que invade nossa alma.
Neste instante, olhe como um pouco de calma para seu interior, tente sentir suas expectativas diante da vida, diante do mundo. Você poderá se surpreender que você talvez esteja olhando para o horizonte errado de sua vida. Talvez você tenha abandonado sonhos, que pensou ser impossível se tornar realidade, talvez você tenha esquecido de cuidar do principal, cuidar de você.
Muitas vezes em nossos caminhos, procuramos desesperadas alguém que nos complete, e com isso, vamos deixando de cuidar dos espaços escondidinhos de nossa vida. E sempre nos sentimos frustrados ao perceber que vamos acumulando relacionamentos frustrados, vazios e sem sentido.
Sabe por quê?
Porque procuramos fora de nós o que deveríamos cultivar em nosso interior.
Quando estamos bem a gente mesmo, nos amamos, estamos felizes por ser quem somos, não há necessidade de buscar quem nos complete, mas sim quem vai caminhar ao nosso lado, nesta jornada da vida.
Nestes momentos em que nos sentimos sem rumo, meio vazios, talvez seria interessante refletir.
O que você espera para sua vida?
O que espera de fato encontrar em um relacionamento?
O que te deixa feliz?
Qual caminho você quer mesmo seguir hoje?
Quantas vezes abrimos mão de nossa felicidade por medo.
Medo de nos magoarmos, medo de magoar os outros, medo de tentar, medo até mesmo de vencer.
Quantas vezes olhamos para nossos sonhos e pensamos “isso é impossível”.
Quantas vezes nos sentimos incapaz diante de uma situação.
Claro que nem sempre conseguimos o que queremos da vida, mas muitas vezes passamos o tempo sonhando e esquecendo do principal, coloca em ação.
O primeiro passo é organizar-se interiormente, dê um tempo para você, reflita sobre questões que hoje lhe incomoda, tenha carinho, amor, cuidado por você e então comece a verificar com calma o que tem te deixado vazio, triste e de mal com a vida, e ao perceber isso, tenha calma, comece as mudanças devagar.
Lembre-se tudo tem um ritmo.
O importante é caminhar, de fato enxergar e realizar mudanças, não importa a velocidade com que as mudanças ocorram o importante é começar a caminhar.
Tente o máximo que puder, olhar com carinho para seu passado, claro que tem fatos que dói ser lembrado, porém foram vividos e te ajudaram de alguma forma ser quem você é hoje.
Olhe com imenso carinho para o seu momento presente e tente mudar o que não lhe agrada, falar é sempre tão fácil, mas mudar, ah, mudar implica ação, força, coragem e determinação.
E isso ninguém poderá te dar, é algo que terá que ser construído dentro de você.
Com o passar do tempo você perceberá que talvez esteja gastando energia e tempo demais em um caminho que já não faz mais sentido. E quando perceber isso mude!!!!
Mude a direção, abandone o que não faz mais sentido, permita-se caminhar com mais leveza.
Esvazie-se e preencha-se com o que há de melhor: O amor.
Não aquele direcionado para alguém e sim aquele direcionado a você!.
Katia Tanaka

Momentos - Rascunhos de 2002






Houve momentos em que sorri
E dividi com você minha alegria.

Houve momentos que chorei.
Te busquei, mas você não ouviu o meu chamado.

Houve momentos em que estava me sentindo sem forças.
E foi no seu sorriso, que encontrei forças para seguir adiante.

Houve momentos em que me senti muito só.
E foi buscando ouvir sua voz, que preenchi este vazio.

Houve momentos em que estive na escuridão.
E foi me lembrando do brilho de seu olhar, que iluminei o meu caminho.

Houve momentos que deixei uma emoção diferente invadir meu coração.
Mas as circunstancias da vida me fizeram entender, que nem sempre é possível trilhar por determinados caminhos.

Houve momentos de sorriso, lágrimas, de sentimentos confusos...
E em todos estes momentos busquei de alguma forma você.
Katia Tanaka

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Terreno do Coração



Existe lugar mais sagrado para se entrar do que o coração de alguém?
Quando buscamos entrar neste terreno, temos que tomar cuidado com a maneira que por ele iremos caminhar, ter a certeza de que este terreno já foi habitado outras vezes e por isso talvez encontraremos muitos vestígios.
Alguns deles, nos mostrarão as boas obras que foram construídas, com detalhes arquitetônicos surpreendentes, belos jardins e fabulosas paisagens quando olhadas pela janela.
Outros nos mostrarão ruínas, verdadeiras destruições que deixaram entulhos por um grande espaço deste terreno.
Encontraremos belas trilhas, enfeitadas por flores, árvores frondosas, assim como caminhos rochosos, repletos de obstáculos.
Todos estes vestígios nos contam a história deste terreno, marcadas por datas remotas e recentes, e por mais que tentemos, jamais iremos apagar, tudo que ali foi construído ou destruído.
E talvez aí resida nossa maior responsabilidade, respeito e cuidado ao entrar neste terreno tão sagrado.
Que tenhamos respeito pelas lindas obras que ali foram construídas, sem que tentemos destruí-las por receio de que nossa obra não seja tão bela, que os detalhes que irão compor não seja tão rico, por receio que a paisagem vista pela janela que construímos não seja tão bela. Que saibamos compreender que cada obra construída teve ou terá seu espaço e que jamais uma substituíra a outra.
Que tenhamos cuidado para que a obra que ali seja construída possa agregar à paisagem, possa transformar para melhor este terreno e não fazer parte das ruínas que certamente ali se faz presente, que possa permanecer como uma linda lembrança e não juntar-se às ruínas que ali se faz presente.
Que saibamos entrar neste terreno e fazer morada e se preciso for ir embora que deixemos belas obras, poucas ruínas e que da janela possamos deixar a melhor paisagem.
Que cada cantinho desta obra tenha gosto de saudade, sem se tornar melancolia, que ao retornarmos à janela, possamos trazer à tona, o ar leve da alegria e que pelos caminhos que circundem esta obra, possamos deixar sementes de lindas flores.
E se assim for, teremos a certeza de que fizemos o nosso melhor, que deixamos para trás belas obras, que mais construímos do que destruímos e certamente faremos feliz uma segunda vez, ao vislumbrar a bela paisagem que construímos na janela do coração de alguém.
Katia Tanaka

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Felicidade


A felicidade não chega por meio de uma receita pronta, por meio de padrões e das formas politicamente corretas. Afinal o que é correto?A felicidade nos chega, quando nos abrimos para o Universo, desabrochamos como seres únicos e percebemos que o milagre da vida está em viver.
Viver é mais dificil do que se imagina, não pq a vida é dura, mas pq a grande maioria das pessoas apenas existem.
E só realmente começa a viver aquele que escuta o sussurro de sua alma em meio a gritaria da multidão.

sábado, 3 de maio de 2008

As emoções são como Cavalos Selvagens


Ao ler esta frase no livro Brida de Paulo Coelho, fiquei refletindo sobre os vários momentos em que as emoções foram como cavalos selvagens em minha vida.
Foram momentos tão únicos, ricos com os mais profundos sentimentos e emoções, poderia até mesmo dizer que foram mágicos.
Como a própria frase diz, estas emoções são de certa forma avassaladoras, acabam por tomar conta de nossos sentidos, tentamos controlar, porém não conseguimos e parece que quanto mais esforço fazemos para conter, mais dominam nosso interior, provocando uma explosão de sentimentos, nos fazendo perceber o mundo de forma plena e intensa.
Nossa imaginação voa solta, imagens surgem, talvez denunciando nossos mais profundos desejos e por mais que tentemos fugir, não conseguimos, algo nos prende, nos faz permanecer ali, absorvidos por todos os intensos sentimentos que nos dominam.
Falar sobre estas emoções é falar sobre desejo, sobre entrega, sobre lançar-se sem medo, sobre permitir-se vivenciar o que há de mais profundo quando duas almas se encontram.
É falar também do brilhos nos olhos, do gosto inigualável de um beijo, do aconchego de um abraço.
É falar também do arrepio que sobe em nosso corpo, quando sentimos o toque, a sensação de bem estar, quando sentimos o cheiro, do frio na barriga, quando avistamos o olhar, da doce melodia quando ouvimos a voz.
É falar também sobre o desejo que surge e que parece queimar nosso interior.
É falar sobre como subimos ao céu e retornamos à terra, nos sentindo uno com o Universo.
Falar sobre estas emoções é falar do todo que envolve duas almas que certamente não se encontram por acaso.
E principalmente é ousar falar do que jamais poderia ser explicado por meio das palavras, pois estas emoções acabam ultrapassando qualquer entendimento, não é preciso entender, apenas sentir, não é preciso explicar, mas apenas nos entregar.
Deixando apenas que corram soltas nos levando à plenitude de nossas emoções, sensações, desejos e sentimentos, como num ato de entrega, de vivências inigualáveis e certamente únicas em nossas vidas.

Katia Tanaka

Olhe nos meu olhos




Olhe nos meus olhos
Não me diga nada
Pois neste momento, qualquer palavra se torna desnecessária.
Vamos nos guiar apenas pelo coração

Apenas, olhe nos meus olhos.
E deixe fluir a emoção mais profunda
Que habita seu coração
Alguns sentimentos ultrapassam razão.

Apenas olhe nos meus olhos
Sinta a emoção mais profunda
E o desejo mais profundo
Que vibra o meu coração.

Olhe nos meu olhos.
E permita que eu olhe nos seus
Vamos abandonar o medo
De escutar nosso coração.

Apenas, olhe em meus olhos
Não se preocupe em explicar
Nem tão pouco em entender
O que pulsa em nosso coração.

Olhe nos meus olhos
E apenas sinta
A emoção que sinto quando vejo você
Deixe flui também, a emoção que habita em você.

Olhe nos meus olhos
E me deixe olhar nos seus
Vamos ler o que há nas entrelinhas
E o que só pode ser dito pelo coração.

O que sentimos não precisa ser dito
Sentir ultrapassa qualquer entendimento.
E só pode ser compreendido
Pela sintonia do que vibra em nosso coração.


Katia Tanaka

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Chegadas e Partidas

A vida é assim repleta de chegadas e partidas.
As chegadas ou encontros são recheados de ansiedades, expectativas, devaneios.
As partidas ou desencontros, recheados de dor ou alívio.
Talvez estes extremos sejam como pontes que nos ligam a determinados mundos que constituem o mistério chamado vida.
A ponte da chegada nos liga na alegria, nos leva a jogar nossas sementes no terreno da ilusão, talvez porque toda chegada trás consigo a expectativa; por mais que tentamos cravar nossos pés na realidade, a expectativa nos tira o chão, devaneamos imersos a tudo que esperamos; logo as chegadas vêm carregadas de sonhos e ilusões.
Se nos permitimos nos lançar, sentiremos toda a magia que esta ponte nos proporciona, a leveza, a alegria, o abrir nosso mundo para que o outro conheça e conhecer um pouco o mundo do outro e esta troca aparentemente óbvia, trás em si o sentido do encontro, e como li certa vez, certamente duas almas não se encontram por acaso.
Talvez muitos não percebam a comunhão existente no encontro, entretanto, talvez alguns jamais compreenderão a preciosa oportunidade que nos é dada nas chegadas, a de compartilhar a vida.
Talvez estas chegadas, encontros, sejam bênçãos de Deus para nos mostrar as mais variadas facetas deste mistério chamado vida. Estas bênçãos se revelam naquilo que compartilhamos um com o outro, se pararmos para pensar, as experiências, as mais variadas facetas da vida, são imensas para que cada um de nós possa viver, sentir todas elas e talvez aí reside a magia do encontro, nesta troca e porque não dizer o compartilhar de mundos, que de outra forma jamais conheceríamos.
Este mundo é a história de nossa vida, cada um de nós a cada momento escreve, direciona esta história e isso que nos torna únicos no Universo.
As partidas, assim como as chegadas são pontes que nos ligam a um outro mundo.
Partimos, mas a magia reside no fato de que não partimos sozinhos, levamos um pouco do mundo do outro, pois conhecemos sua história, compartilhamos seus medos e anseios, conhecemos alguns de seus sonhos e desilusões. Da mesma forma deixamos um pouco de nós, pois permitimos que o outro também fizesse parte de nosso mundo, conhecesse nossa história, nossos sonhos, medos e anseios.
Cada partida desperta sentimentos, em alguns momentos dor e angustia, pois gostaríamos de permanecer mais um pouco na vida do outro, em outros o alivio, pois já não fazia sentido permanecer naquele mundo, em outros talvez a dúvida entre ficar e partir, mas uma coisa é certa, a magia que acompanha estes momentos, sempre estará presente. São partidas necessárias para novas chegadas e desta forma, vamos ampliando nossa percepção do mundo, crescemos, amadurecemos, aprendemos, em cada chegada e a cada partida.
Os momentos de partida sinalizam que nossa missão e/ou a do outro foi cumprida. Vivemos o que tínhamos que viver, compartilhamos o que tínhamos que compartilhar, conhecemos o mundo do outro, assim como o outro conheceu o nosso.
E quando esta missão se cumpre, é chegado o momento de partir.
Talvez a dor e a angústia resida no descompasso desta vivencia, quando ainda não sentimos que o outro tenha cumprido sua missão e não queremos partir, queremos compartilhar mais de nossa vida, queremos absorver um pouco mais do mundo do outro e talvez ainda estejamos entregue.
Talvez seria mais fácil compreender partida, refletindo que a magia do encontro reside no sentido existente de estar com o outro, na entrega, na sintonia e quando este sentido se perde para um, querer forçar permanecer pode ser danoso, pois a magia de cada encontro reside na liberdade e somente desta forma, podemos compartilhar de fato o estar com o outro.

Katia Tanaka





quinta-feira, 1 de maio de 2008

A importância do outro em nossa vida


“E de nada adianta compreender o Universo inteiro quando se está só” (Paulo Coelho)

A cada dia me convenço de que nada, absolutamente nada na vida acontece por acaso. Tudo tem uma ligação, uma razão que talvez jamais iremos compreender, mas uma coisa é certa, tudo acontece no momento certo.
A leitura do livro Brida de Paulo Coelho, chegou em minhas mãos no momento certo, muitos foram os despertares, mas irei, no momento, focar apenas um: O Amor.
A frase acima despertou em mim, a face mais fria e doída da solidão (talvez por isso escrevi primeiro sobre ela). Acredito que jamais tinha sentido o gosto tão amargo da solidão como hoje e este talvez seja um dia muito importante, talvez um marco: a morte e o renascimento.
Falei uma frase para um amigo que me fez refletir, “de que me valeram todas as conquistas e vitórias que tive em minha vida se não tive com quem compartilhar”.
Essa frase de certa forma me chocou. Talvez este choque tenha ocorrido porque ao lembrar de momentos tão importantes em minha vida, embora cercada pelos meus e por amigos do coração, no fundo, sentia muita falta de um companheiro e porque não dizer de um amor, para compartilhar minha alegria, para estar entre as pessoas queridas celebrando minhas vitórias.
Assim como senti muita falta deste companheiro nos momentos de tristeza, angustias e decepções. Olhava ao meu redor e pensava “como seria bom ter um colo para me aconchegar, repousar um pouco e refazer minhas forças”.
Hoje percebo que a solidão já tinha mostrado sua face mais fria e cruel, mas meu medo de me entregar ao amor, era mais forte.
Paro alguns instantes para refletir como eu sentia, esperava, buscava e idealizava um amor. Lembro que sempre tinha uma pitada de contos de fadas, tudo tão perfeito com direito a um coral dizendo “E foram felizes para sempre”.
Talvez por isso minha busca tenha sido tão frustrante, buscava algo que não condiz com a realidade, procurava por príncipes e não por um ser humano com qualidades e defeitos, imaginava uma relação a dois “encantada” e não real, e talvez por isso tenha por muito tempo me comportado como princesa.
No decorrer da fase de solidão, morri como princesa para nascer como mulher, repleta de qualidades e defeitos e buscando não mais um príncipe encantado e sim hum homem, não mais o amor encantado e uma história que encerrasse com o coral “E foram felizes para sempre”, e sim um amor cultivado, uma relação que passasse por todas as estações, que morra e renasça mais forte, não busco mais apenas um grande amor e sim aquele que além de me amar, possa de fato estar comigo, possa ser companheiro, não porque gostamos das mesmas coisas e sim porque aprendemos a compartilhar uma parte de nosso mundo, um com o outro e desta forma crescer juntos.
Hoje vejo que o amor que um dia busquei e o motivo porque tanto sofri, na realidade não era amor e sim carência, não era cultivado e sim aprisionado, não era compartilhado e sim retido. Este sentimento que imaginava ser amor, não o era por completo e sim muito mais uma busca de uma parte do meu eu. Claro que tive em minha vida pessoas muito especiais, mas hoje sei que faltava o principal, o amor por mim.
Hoje, estou aprendendo a cada dia me amar mais, pois compreendi que todo amor deve ser cultivado, da mesma forma que compreendi que o amor reside na liberdade de permanecer e partir, não se apresenta de uma única forma, como se fosse um padrão e sim que por ser tão único é tão profundo e tão especial.
Muitos abandonaram o amor por não ser como eles próprios moldaram, outros permitem que o amor apenas seja e se extasiam com sua profundidade e beleza.
Por isso hoje busco a liberdade do amor que assim tão livre pode entrar, fazer morada em meu coração, ser e fazer feliz e quando mais nada restar, partir.
Falar sobre o amor como liberdade, pode parecer ilusório, impossível, idealizado, mágico, pode até parecer conter uma pitada de conto de fadas, talvez porque o amor trás em si, sentimentos muito variados, mas quando compreendemos que o amor só vale a pena ser vivido quando existe um verdadeiro encontro entre duas almas, uma verdadeira troca, um compartilhar, percebemos que de nada adianta tentar segurar o outro em nossa vida, mas isso é assunto para um próximo texto......

Katia Tanaka




Solidão


Talvez a solidão seja uma das formas de estar mais difíceis, talvez por isso seja tão temida, tão evitada. Caminhar pela solidão é como estar em meio ao inverno, talvez melhor representada como um rigoroso inverno. Sabe aquele dia que acordamos e ao sairmos de casa, o sol está coberto pelas nuvens, aquele vento frio passa pelo nosso corpo, a garoa fina parece aumentar ainda mais o frio que nos cerca, por mais roupas que usamos, parecemos não nos aquecer, como alguns dizem, sentimos aquele frio doído. Mergulhar na solidão talvez seja mais um ato de coragem do que uma escolha, creio que ninguém escolheria a solidão como forma de estar no mundo, pois seria como renunciar ao calor que somente o amor nos proporciona. No inicio, quando decidi sentir a solidão, achei que fosse apenas uma escolha, hoje sei que além disso, foi um ato de coragem. Vivenciar o frio, a dor da solidão, requer abrir mão do calor, do bálsamo do amor, da paixão, do contato e até mesmo da ilusão. É trilhar por um caminho tortuoso, difícil, angustiante e até mesmo enlouquecedor, é lançar-se na escuridão e sentir nossa alma dilacerada, é aceitar vivenciar uma profunda dor. Ousei vivenciar a solidão, não como um eremita, não me isolei do mundo, não me tranquei por completo, ao contrário, me abri para o mundo e me fechei para o amor. Não falo da solidão como fuga do mundo, de todas as pessoas, falo da solidão mais temida, o estar só, sem ninguém para compartilhar sonhos, sentimentos, amor, ilusões. Vivenciar a solidão me fez chorar muitas noites, me fez sentir o gosto amargo de estar só, me fez abrir mão de fazer planos, de sonhar, de sentir a alegria da paixão, o encantamento que toma conta dos enamorados em todo começo de relação, me fez abrir mão da ilusão. Com isso pude descobrir muito de mim mesma. Pude mergulhar em mim mesma, descobrindo meus mais sublimes sonhos, sentindo toda magia da vida exalando por meus poros. Pude encontrar meu lado mais frágil, mais vulnerável. Pude me descobrir como menina, adolescente e mulher. Pude me redescobrir e vivenciar as mais belas emoções de um momento apenas meu. Pude ouvir o meu interior, despertar meu lado intuitivo e com isso me permitir ouvir a voz do meu coração. Pude me despertar pela Fé, lançar-me à Deus com toda intensidade, sentir o seu poder invadir minha vida. Pude sentir o sol brilhar em meu interior me aquecendo do pior frio da solidão, aquele sentido quando abandonamos a nós mesmos. Porém, mesmo descobrindo tanto sobre mim, pude compreender a importância do outro em minha vida, a esta altura minha alma já dilacerada, ansiava por repousar no terno sentimento do amor. Renascer das cinzas da solidão me mostrou um caminho mais florido e com os mais diversos pedregulhos, buracos, obstáculos, trilhas mais fáceis de caminhar e aqueles que exigiam maiores esforços. Percebi o quanto olhava para o mundo de forma diferente, com o encanto de uma criança, vislumbrada como se tudo estivessem olhando pela primeira vez, com a força, leveza e entusiasmo de uma adolescente como alguém que pode conquistar o mundo, mas com a firmeza, segurança e prudência de uma mulher que aprendeu que o encanto e demasia é ilusão, assim como a coragem em demasia é imprudente, da mesma forma que compreende que a prudência em demasia é paralisante. E com isso, passei a compreender o sentido do equilíbrio. Ter mergulhado nas águas profundas e gélidas da solidão, me possibilitou um grande crescimento, um nova forma de olhar e sentir o mundo, uma nova forma de experienciar as mais diversas formas de sentir a vida e escutar a voz do meu coração. Hoje me sinto mais completa e ao mesmo tempo vazia, uma parte deste vazio se chama amor pelo outro, a busca por aquele que posso chamar de companheiro. A outra parte deste vazio se chama vida, essa força propulsora de nossa busca de sentido que nos impulsiona ao crescimento que nos mostra que não devemos parar, mas seguir sempre em frente. Para finalizar, creio que uma das mais valiosas lições que tirei entre tantas ao mergulhar na solidão é que sempre existirá um vazio, que jamais poderá ser preenchido, seja por nós ou pelos outros, é um vazio que nos sinaliza, nos direciona rumo aos nossos sonhos e anseios, é um sinal de alerta, quando paralisamos, quando vamos contra ao apelo de nossa alma. E ao ouvi-la, nos sentimos preenchidos para logo nos esvaziar, pois talvez o maior anseio de nossa alma, seja que permitamos nos lançar neste maravilhoso mistério chamado VIDA.

Katia Tanaka



segunda-feira, 28 de abril de 2008

Benção de Deus


"Às vezes certas bênçãos de Deus entram estilhaçando todas as vidraças." (Paulo Coelho)

Essa frase do Paulo Coelho, retirado do livro Brida, me fez refletir sobre uma imensa benção que recebi há um tempo atrás e que de fato, estilhaçou todas as vidraças da minha vida.
Esta benção veio em de uma forma muito diferente do que eu poderia imaginar que seria uma benção, veio por meio de uma paixão que me tirou dos pés do chão, despertou sentimentos há muito tempo adormecidos, me levou ao céu. Creio que jamais tinha experimentado a felicidade de forma tão intensa.
Foram momentos maravilhosos que vivi, repletos de magia, encanto, sonhos, sentimentos inenarráveis. Cada momento tão único que jamais encontraria palavras para expressar.
Costumo dizer que existe um marco antes e depois desta experiência e talvez tenha encontrado algum sentido em tudo que vivi na frase do Paulo Coelho.
Este texto escrevi há um tempo atrás para esta pessoa e hoje compartilho com vocês.

“Como eu cresci, como eu amadureci com a experiência vivida ao seu lado... como descobri muito de mim.
Descobri ao seu lado a dor e a delicia de se entregar de corpo, alma e coração para alguém. Pois até você eu só me permitia viver pela metade. Ao seu lado vivi inteiramente, de forma tão completa e única jamais vivida.
Descobri que posso me sentir extremamente frágil, pedir colo e mesmo não o tendo, consigo me virar sozinha, não preciso vestir sempre a máscara de "Super Mulher Maravilha" , sou ser humano, tenho sentimentos e não preciso me mostrar sempre forte, de em com a vida e que posso escolher ficar mal por um dia e ressurgir mais forte e mais feliz....
Ao seu lado pude reconhecer a MULHER LINDA E MARAVILHOSA QUE SOU, não digo isso por pretensão, por querer ser a melhor, mas sim porque por meio desta descoberta, passei a me amar muito mais...
Descobri ao seu lado o quanto sou ciumenta, mas principalmente ter a consciência de que quando alguém de fato quer fazer alguma coisa faz...pasmem...você realmente me ensinou isso.
Ao seu lado descobri a fé, a força de Deus em minha vida, e jamais teria descoberto isso se você não tivesse entrado em minha vida, pois aprendi por meio de você, a clamar ao Senhor a esperar e a saber que sou ouvida por ele. Me fortaleci na fé orando por você, me fortaleci em Deus orando por você, clamando por você, pedindo por você. E essa descoberta querido, fez uma imensa diferença em minha vida espiritual.
Ao seu lado aprendi a duras penas que entrar em batalha espiritual, requer preparo, requer fortalecimento, requer primeiro orar por mim, pela minha família, por minha vida, a ter realmente o Senhor diante da minha vida... pois as trevas agem e podem me derrubar...
Ao seu lado descobri o quanto posso ser paciente, não por ser submissa e aceitar tudo, mas afinei que nem tudo tem que ser levado a ferro e fogo e com isso descobri que toda paciência tem que ter um limite. Que uma coisa é ser compreensiva a outra é permitir ser feita de boba.
Ao seu lado descobri meu lado mais negro e vingativo, descobri minha sombra mais perversa e isso foi imensamente ótimo, pois hoje sei meu poder de destruição e com isso posso controla-lo e domá-lo e principalmente não usa-lo, pois sei que as conseqüências seriam danosas, não fisicamente, mas emocionalmente na vida de alguém.
Ao seu lado descobri o valor da entrega, do sentir-se inteira dentro de uma situação e os riscos que se corre, mas compreendi mais ainda o quanto só vivemos quando de fato nos entregamos a uma situação.
Ao seu lado descobri a importância da sinceridade, da lealdade, não que antes eu não soubesse a importância destes valores, mas ao seu lado percebi os danos que podem ser causados quando estes dois valores faltam.
Ao seu lado perdi o restinho do "mundo cor de rosa" que ainda existia em mim, mas compreendi também que me endurecer por conta disso, sinceramente, não vale a pena!
Ao seu lado descobri que posso muito mais do que realmente supunha que pudesse, que meus medos embora grandes, servem para me mostrar o que preciso aperfeiçoar, lapidar e melhorar.
Ao seu lado descobri que não somos nada, pois depois que morremos, somos apenas um pedaço de carne que apodrece.
Ao seu lado, aprendi a olhar a morte com menos temor e realmente como algo que faz parte da vida.
Ao seu lado aprendi que tudo que eu tiver que fazer, devo fazer, pois nunca, mas nunca saberei quando serei a próxima a partir e com isso estou aprendendo a valorizar a vida.
Ao seu lado aprendi que não dá para ser a melhor amiga de quem se gosta, pois poderei ouvir coisas que podem me magoar profundamente... logo, aprendi que uma coisa é ser companheira, outra é tentar ajudar a resolver problemas que definitivamente não são meus. E que realmente não preciso disso.
Ao seu lado resgatei sonhos, sonhos antigos que estavam empoeirados e escondidos no fundo da minha alma, você me trouxe de volta o desejo de ser mãe, o desejo de construir uma família (e sinceramente não uma casa - reforcei o que existia em mim, que uma coisa é construir uma casa, outra é construir um lar, casa qualquer um constrói, porém num lar o alicerce não é concreto e sim compreensão, respeito, amor, sinceridade e principalmente companheirismo). E ao resgatar isso, passei a repensar minha vida.
Ao seu lado, passei a olhar minha vida familiar com os olhos da realidade, você sem querer "afundou dedo" na minha ferida mais dolorida, na época do meu aniversário quando ia comemorar num bar, tudo que me disse realmente me mostrou o quanto vazio aquilo era, me derrubou no fundo do poço esta descoberta, porém isso me ajudou a perceber que posso ressurgir mais forte e passar a amar os meus, mesmo com todas as dores e marcas.
Ao seu lado aprendi a importância das palavras, pois muitas vezes falamos o que nos vem por impulso e isso pode destruir uma vida. Aprendi que devo falar apenas o que sinto, que devo alimentar apenas sonhos que poderei ao menos realizar, que poderei cumprir e concretizar, que palavras vazias todos podem dizer, mas as que de fato transformam uma vida são as ditas pelo coração.
Ao seu lado aprendi o que realmente é bom, realmente como quero e desejo ser tratada e depois de vivenciar o que é bom, não aceito mais qualquer coisa.
Ao seu lado aprendi que não preciso me destruir dentro de uma relação, que posso fazer escolhas e se não me faz mais feliz não tem sentido de continuar a viver, que não preciso empurrar com a barriga o mundo está aí repleto de possibilidades para ser experienciadas.
Ao seu lado pude olhar para meu interior e perceber de fato o quanto sou especial, o quanto sou companheira, compreensiva, o quanto posso amar... porém descobri que sou exigente. Quero ser amada.
Ao seu lado aprendi tantas coisas, coisas que talvez nem tenha conseguido perceber ainda, certamente foi uma experiência única, especial e certamente inesquecível.
Ao seu lado, senti o gosto amargo do sofrer, da dor, do chorar com a alma.. de uma forma tão profunda... putz... foi difícil pra caramba... mas com isso descobri que sofrer faz parte da vida, e o que importa não é o que fazem com a gente e sim o que fazemos com aquilo que fazem com a gente... e eu resolvi carregar o que é bom o que não é bom, serve de aprendizado e deve ser deixado a beira do caminho.
Por este pequeno balanço posso te dizer que VALEU A PENA, pois sei que não vivi em vão.
(Katia Tanaka)

Paixão



Existe sentimento mais gostoso do que aquele friozinho na barriga quando encontramos uma pessoa especial que balança nosso coração?
É um misto de ansiedade, expectativa, medo e felicidade que a sensação é que ficamos totalmente fora de órbita.
Ficamos naquela expectativa de uma ligação, uma mensagem, um e-mail ou qualquer sinal de fumaça que nos certifique que a pessoa também pensa na gente e sente saudades.
As horas parecem passar mais devagar para o tão esperado encontro e quando estamos juntos, parece que a hora voa. A espera é um misto de sentimentos, uma ansiedade toma conta da gente, nosso coração parece até bater mais rápido, nossas mãos tremem e parecemos até suar frio só de pensar que o encontro se aproxima, ao mesmo tempo em que o tempo parece se arrastar.
Quando nos encontramos com esta pessoa tão especial nos transformamos, uma alegria toma conta de nosso ser, creio que jamais exercitamos tanto os músculos da face sorrindo como nestes momentos, parece que o mundo se resume apenas à você e a pessoa.
É uma fase gostosa de descobertas, temos assuntos para horas e mais horas de conversa, que por sinal sempre é pra lá de animada, nos interessamos por tudo que o outro diz, somos capazes de nos perder no tempo conversando, seja pessoalmente ou por telefone.
É tão engraçado, mas nosso humor muda, ficamos mais felizes, mais dispostos, mais empolgados com a vida. O mundo se torna até mais colorido e a sensação de bem estar, felicidade e tranqüilidade é tão intenso que todos aqueles que convivem com a gente percebe que algo está diferente.
Passamos a nos cuidar mais, a cuidarmos de nossa aparência, da roupa que vamos vestir, nossa auto estima sobe ao topo e claro que nossa beleza natural exala até por nossos poros.
É um sentimento que causa uma certa recarga em nossos sentimentos mais intensos e sublimes, como a carregar nossas baterias para continuar a seguir mais alegres e felizes pela vida.
O mundo em si parece mudar nesta fase da paixão, são tantos sentimentos que as palavras jamais poderiam abarcar todo o sentido da paixão em nossas vidas, este sentimento é tão único e cada um de nós a vivência de uma forma única e especial e inesquecível.
(Katia Tanaka)

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Perdas do mundo moderno.



Há um tempo atrás, ao sair para balada fiquei observando o “movimento”.
Lembrei de quando comecei a sair, tinha uns 14 anos, ia para uma baladinha domingueira perto de casa.
Naquela época, num determinado momento da balada, rolava uma musiquinha lenta, o momento tão esperado para dançar com aquele gatinho que estávamos ali de olho, dançávamos, conversávamos, rostinho colado, era tão bom.
Batíamos o maior papo e então rolava o também tão esperado beijo.
Era uma fase em que as pessoas se paqueravam!
Existia aquele lance de ficar olhando, fazendo charme, um aproximar-se para conversar e depois então ficar.
Os tempos mudaram, e mudaram muito.
Fiquei observando a balada e percebi o quanto hoje em dia tudo está tão diferente, superficial e direcionado mais pela quantidade do que qualquer outra coisa.
Parece que a lei de agora é: “Catem o máximo de pessoas que você puder”.
Porque já não é mais ficar e sim catar.
Simplesmente o cara passa, olha para a menina, beija, saí fora e cata outra.
Fiquei pensando no quanto isso é vazio e superficial.
Parece que as pessoas perderam a parte mais gostosa do ficar, a paquera, a sedução, o envolver-se de alguma forma.
Ficar ali, paquerando, depois da aproximação batendo um papinho gostoso, para depois ficar.
Agora fico me perguntando, que graça tem ir para a balada beijar um monte de carinha só para falar que beijos “n” caras e no final das contas nem saber o nome.
Beijar por beijar.
Catar por catar.
Pois nestas condições nem ficar é.
Pois nem deu tempo de ficar, nem deu tempo de se curtir um pouco, mesmo que seja só naquela noite, nem deu tempo de sentir direito a “pegada”, a química, nem deu tempo de saber se a pessoa é bacana, se tem um papo legal, se valeria a pena ou não investir.
Os tempos mudaram.
E esta mudança certamente trouxe mais perdas do que ganhos.
Perdas, porque as pessoas tornaram-se superficiais, perderam até mesmo o gosto pela paquera, pelo jogo da sedução, tudo passou a acontecer muito rápido.
E me pergunto, onde ficam os sentimentos?
Não apenas os sentimentos que podemos nutrir pelo outro, mas os sentimentos que fervilham dentro de nós.
Fico imaginando o quanto essa atitude é vazia, sair para a balada, beijar vários caras e não conseguir ficar com nenhum, em outros momentos estender para um motel, rolar um sexo e no dia seguinte agir como se nada tivesse acontecido.
Será que conseguimos de fato fingir que nada aconteceu?
Ou será que além da ressaca pelo abuso de álcool, também ficamos com ressaca moral.
Será que em nenhum momento paramos para pensar no que estamos construindo e o que queremos para nossa vida.
Aliado a todo este vazio visível que as atitudes de hoje na balada demonstra, percebe-se o aumento de ingestão de bebidas pelos nossos jovens, mas isso é tema para um outro texto, mas, penso que talvez seja apenas um dos sintomas deste mundo atual vazio, onde perderam-se os valores essenciais, não apenas pelo outro, mas principalmente por nós mesmo.
(Katia Tanaka)











sexta-feira, 18 de abril de 2008

Desabrochar.


Como é encantador ver o desabrochar do ser no mundo, seja do nosso ou do outro.
Este desabrochar talvez represente o movimento, a intensidade da vida, exalando sua mais encantadora face.
Quando permitimos o desabrochar de nossa forma de ser no mundo, somos mais autênticos, não apenas com o outro, mas principalmente com a gente mesmo.
Desabrochar, é se permitir olhar para dentro de si mesmo é um movimento constante, pois quando nos permitimos nos conhecer, desabrochamos a cada instante, a cada momento e o mais encantador é que cada desabrochar é único, intenso e nos trás uma sensação de plenitude.
Porém desabrochar representa morrer para algumas formas de ser e crescer nem sempre é fácil ou indolor, nos trás uma certa angústia, requer um olhar para dentro de nós mesmos e vislumbrarmos o que ali vemos, refletir, ousar romper o medo da dor de abandonarmos velhos hábitos, velhas formas de ser no mundo e renascermos.
A cada momento a vida nos convida para refletir sobre nossa forma de ser no mundo, é um momento tão único, tão nosso e tão intenso que ao aceitarmos este convite, nos possibilita descobrir as inúmeras formas de ser no mundo, nos permite desabrochar.
Desabrochar!
Não encontro palavra melhor para representar este nosso contato mais intimo com a gente mesmo, com o nosso encontro mais profundo com a nossa essência, com o retirar das máscaras que nos apresentamos para o mundo. Ouvir o sussurro de nosso coração que nos direciona para nossos reais anseios e desejos, que nos indica quando estamos indo a favor ou contra nós mesmos, quando estamos sendo verdadeiros com nossa forma de ser ou quando nos colocamos como mero fantoches do mundo.
Sinta o seu interior, perceba se esta indo contra ou a favor de você mesmo, se está onde de fato deseja, se esta fazendo o que realmente quer, se esta seguindo pelo caminho que faz seu coração feliz.
Seja fiel a você mesmo. A seus desejos, anseios, vontades, sonhos, a sua forma toda especial de ser e existir no mundo.
Descubra-se
Este processo de desabrochar nos possibilita refletir sobre a forma como caminhamos pela vida, deixamos de ser meros autores, para nos tornarmos autores de nossa própria vida, portanto,
Se for preciso parar. Pare
Se for preciso recuar. Recue.
Se for preciso mudar o caminho. Mude.
Se perceber que esta se enganando. Seja sincero.
Perceba-se e apenas se permita
DESABROCHAR.
(Katia Tanaka)

Momento Certo ????




Parece ser uma tendência do ser humano, diante de algumas situações esperar o momento certo. Mas qual é o momento certo?
Será que de fato existe o momento certo ou existe na realidade um imenso medo de ousar, de fazer acontecer e a espera do momento certo é muito mais uma desculpa para o imenso medo que sentimos de tentar.
Nesta desculpa de esperar o momento certo, deixamos o tempo passar e quando nos damos conta, o momento certo passou.
Passou o momento de dizer o que se sente.
Passou o momento de mudar algumas coisas na vida.
Passou o momento de tomar a decisão
Passou o momento de até mesmo ser feliz.
Claro que sempre é tempo de agir, de tomar decisões, de ser feliz e de mudar, porém quando falo que passou o momento, falo do sentir, do se entregar, do vivenciar.
Ao escrever sobre isso lembro de uma cena da novela “Senhora do Destino” quando a Do Carmo, que teve um longo relacionamento com o jornalista estava para se casar com o bicheiro e esperava o jornalista para pedir permissão, pela consideração que sentia pelos anos compartilhados juntos, e ele lhe disse que eles deixaram passar o momento de tentar vivenciar o casamento, que deixaram passar o momento exato em que tinham que tomar uma atitude e não tomaram.
Esta cena ficou gravada em meu interior, talvez por me remeter à minhas próprias atitudes em muitos momentos de minha vida.
Muitas vezes deixei o tempo passar, por esperar o momento certo e ele passou, quando o que sentia foi dito, quando tomei uma atitude, quando resolvi ousar, já não fazia sentido, pois faltava o encanto que somente o momento certo trás.
O que estamos deixando de fazer hoje por achar que não seria o momento certo?
Quais sonhos abandonei pelo caminho por não achar que aquele fosse o momento certo?
Quantas atitudes não tomei, utilizando como desculpa, que não era o momento certo?
Sabe, a cada dia percebo que a vida é uma dádiva diária, que a cada momento é tão único que devemos absorve-lo ao máximo.
“Não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje”, quantas vezes não ouvimos ou até mesmo não dizemos esta frase que não sei quem foi o brilhante autor?
E o pior de tudo é que deixamos sim muitas vezes para fazer amanhã, seja por comodismo, seja por medo, seja por achar no fundo que a oportunidade, a pessoa, os sentimentos sempre estarão ali. E não estarão.
A vida muda a cada segundo, talvez por muitos momentos não percebemos isso, mas tudo muda a cada instante, o tempo todo. Assim como nós mesmos.
Então vamos aproveitar os momentos de nossas vidas, vamos nos permitir expressar, fazer, ousar, experimentar o que queremos. Vamos abandonar o velho hábito de esperar o momento certo. Vamos superar o medo de mudar.
Vamos deixar florescer em nosso interior a certeza de que todo momento é o momento certo, quando seguimos a nossa bússola interior chamada coração.
(Katia Tanaka)

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Olhos nos olhos



Existe palavras mais profundas do que aquelas que são ditas no silêncio de uma troca de olhares?
Aquelas palavras trocadas nas entrelinhas, que diz o que a boca não tem coragem de dizer.
Nesta troca de olhares, existe uma energia que exala os desejos ocultos.
Talvez o que se omita pelas palavras, não escape à sutiliza das palavras pronunciadas pelo olhar.
O olhar fala, instiga, provoca, anima, traz para nossa vida um turbilhão de sentimentos e sensações que por serem tão profundas e intensas, provocam enfim um desabrochar.
Um desabrochar de sentimentos, desejos, anseios, medos, receios, prazeres, que são conduzidos de formas que vão das mais sublimes às mais avassaladoras sensações e vivencias.
Neste momento as palavras se tornam desnecessárias, apenas pelo simples fato de que algumas emoções são inenarráveis e só podem ser compreendidas quando sentidas, experimentadas e vivenciadas e além disso, quando são permitidas e apreendidas pelo instante.
Se deixar levar pela linguagem silenciosa do olhar, requer um entregar-se para um momento tão único, tão irradiante, tão profundo, que somente quando as almas estão sintonizadas, conseguem captar, apreender e sentir o sussurro do olhar, que nos embala, nos embriaga, nos faz parar o tempo e simplesmente se entregar.
As melhores emoções que podemos sentir são aquelas que desabrocham e que são exploradas pelos outros sentidos além da audição. Estamos tão acostumados a ouvir, que a palavra falada parece ser o palpável, o concreto o que precisamos para acreditar, para nos sentir mais seguros talvez por nos trazer a sensação do real, uma sensação ilusória, uma vez que muitas vezes as palavras, são apenas palavras. Mas o que podemos captar com o sentir, o que conseguimos compreender nas entrelinhas, o que nos é revelado pelo olhar, nos possibilita transcender e apenas vivenciar, deixamos o concreto e venciamos o que há de mais encantador e extasiante.
Quando não utilizamos as palavras faladas e nos guiamos pelas palavras silenciosas pronunciadas pelo olhar, existe um misto de mistério, incertezas o que talvez possibilite aquela sensação prazerosa do desejo desabrochando e tomando conta de todo nosso ser, há um misto de sim e não, um misto de ir em frente ou recuar e estas emoções tão contraditórias nos trazem a expectativa que só poderemos de fato vivenciar se ousarmos ir além de nossos medos e receios, não há o concreto para nos apegar, há apenas o sentir.
E este sentir provoca em nosso interior emoções jamais sentidas, um desabrochar de sentimentos, desejos, anseios que preenche o nosso interior de sentimentos tão sublimes e profundos que somente quando estamos sintonizados, quando nos permitimos ir além do concreto poderemos de fato mergulhar nas emoções e ouvir, sentir o que é dito no silêncio de uma troca de olhar.


(Katia Tanaka)

segunda-feira, 14 de abril de 2008

TPM






Existe uma fase mais medonha na vida de uma mulher do que a TPM?
É uma fase que tudo muda, nosso humor, corpo, apetite, sensibilidade. É um verdadeiro inferno.
A tranquilidade dá lugar para momentos intensos de fúria.
O bom humor, dá lugar a um tremendo mau humor, para ser bem sincera para uma imensa irritação, que logo, certamente dará lugar aos momentos intensos de fúria.
O corpo fica inchado, sensível, uma roupa um pouco mais apertada, incomoda e isso começa a nos deixar de mau humor, que nos levará para um estado de irritação e que ocasionará um intenso momento de fúria.
Ficamos mais sensíveis, qualquer coisa nos deixa entristecidas, aborrecidas, chateadas, magoadas, somos até mesmo capazes de chorar pela mais pura besteira. E certamente este excesso de sensibilidade irrita.
E o apetite então, a vontade de comer doce aumenta, para ser sincera, eu particularmente oscilo neste processo, ou perco o apetite porque só de olhar para a comida me enjoa, ou como tudo que aparece na minha frente, mas o pior é quando oscila nos dois quadros, aí a coisa fica complicada, porque se algo revirar meu estomago, já era.
Esta fase de TPM, é terrível, existe aqueles momentos em que o corpo inteiro fica detonado, e com isso a irritação aumenta. Ficamos extremamente podres, para ser muito sincera, uma imensa indisposição toma conta de nosso ser.
Não é a toa que dizem para que não tomemos nenhuma decisão na fase da TPM, pois nossos sentimentos, apreensão do mundo ficam alterados, estamos numa constante irritação e imersas em nossos momentos de fúria.
Como podemos mudar tanto nesta fase e está mudança se dá de repente, estamos bem e do nada sentimos toda alteração, que se torna visível a quem convive com a gente e da mesma forma que chegou vai embora e tudo parece voltar ao normal.
E certamente da mesma forma que agradecemos e nos sentimos aliviadas porque passou aqueles que convivem com a tente também.
Mas é só uma pequena pausa, mais alguns dias e outra vez, entramos num momento de fúria.
(Katia Tanaka)

domingo, 13 de abril de 2008

Amigas (os) de infância

"Amigos para sempre é o que nós iremos ser
Na primavera ou em qualquer das estações
Nas horas tristes nos momentos de prazer amigos para sempre
Você pode estar longe, muito longe sim
Mas por te amar sinto você perto de mim, e o meu coração contente"
(Amigos para sempre - Jayne)




Um dos maiores tesouros da vida de um ser humano, não são as coisas materiais que conquista, pois esta com o tempo se desgasta, se vai, pode até mesmo ser roubada, podemos até mesmo perder.
Podemos perceber que dentre os maiores tesouros da vida de um ser humano esta a amizade sincera que brota no coração, germina, cresce, se renova e perdura, independente do tempo, da distância, de tudo, pois os verdadeiros amigos, estão unidos pelo coração.
Tenho o privilégio de ter amigos desde a infância, compartilhávamos sonhos, expectativas, medos, confidencias, certamente nossos caminhos se afastaram, mas jamais nos separamos de fato, pois permanecemos unidas por um sentimento muito maior que a necessidade constante de presença física.
É muito engraçado mas olho para cada um e penso, que o tempo passou, nos separamos e nos reencontramos diversas vezes, mas sentimos o amor, carinho, confiança, o sentir-se a vontade como antigamente.
Cada um seguiu seu rumo, alguns (umas) se casaram, outros (as) continuam solteirões (onas), outros (as) casaram e descasaram e há aqueles (as) que casaram de novo, alguns (umas) tem filhos, outros (as) estão se programando para ter, existe também aqueles (as) que não querem ter filhos de jeito nenhum, alguns (umas), continuam a mesma "curva de rio" de sempre, mas ainda carregam dentro de si a esperança.
É tão bom encontrar estes amigos, olhar nos olhos e ver que o tempo passou, crescemos, cada um seguiu seu rumo, mas ao nos encontrarmos a magia, o encanto, a vida se transforma, pois compartilhamos o presente, relembramos o passado, nos permitimos ser feliz uma segunda vez.
Somos confidentes, ombros amigos, mãos que seguram ou que ajudam a levantar.
Somos nós mesmos, sem medos, receios, sem máscaras ou hipocrisia.
Rimos de nossa cara e da cara do outro, brincamos, tiramos sarro, tudo flui de forma natural.
É tão mágico olhar para os filhos de nossos amigos de infância e ver que o tempo passou, que eles já cresceram e estão numa fase que já passamos.
Este realmente é um tesouro, são jóias raras de nossa existência e feliz daquele que as possui.
O mais interessante é ver que nos aceitamos incondicionalmente e nos damos bem porque todos nós nos aceitamos com nossas singularidades, somos o que somos e ponto final.
É emocionante nos reunir com estes amigos, é como um filme que roda em nossa cabeça, pensamos em tantas coisas e nos divertimos tanto, que somente prova que as amizades sinceras perduram para todo o sempre e se nos reencontramos e conseguimos nos sentir tão a vontade como antes, certamente chegaremos à velhice juntos.
Estes são nossos verdadeiros tesouros, as pessoas que nos conquistaram e que conquistamos no decorrer da vida.
Quem os preservou, hoje certamente sabe a imensidão do valor que possuem.
Estes queridos amigos, certamente são as jóias raras que iluminam nossa vida, com seu brilho, preciosidade e valor inigualável.


(Katia Tanaka)

sábado, 12 de abril de 2008

A escola da vida





Disse uma frase esses dias que depois fiquei pensando.
"Quando o conselho não resolve, a vida ensina".
Quantas vezes ouvimos conselhos e simplesmente entra por um ouvido e sai pelo outro?
Claro que me refiro a alguns conselhos e não a todos, pois se conselho de fato fosse bom, ninguém dava, vendia, já diziam os antigos. Mas existem alguns toques, que se ouvissemos faria toda a diferença em nossa vida.
Mas, enfim, temos nossa liberdade de escolha, e com isso, vamos aprendendo que as cabeçadas que damos, quando estamos abertos, podem nos trazer lições valiosas.
Eu tenho aprendido a cada dia pensar sobre o que acontece em minha vida, seja de bom ou ruim e refletir sobre o que posso aprender em cada momento da minha vida. Certamente fez um imensa diferença, pois me permito crescer a cada dia, a olhar o mundo de outra forma, a vivenciar a vida de forma mais leve, tranquila e feliz.
Mesmo nos momentos de angústias e dor, me pergunto, o que posso aprender com isso, e desta forma, vou mudando minha forma de ver e sentir o mundo.
Hoje agradeço, cada momento que passei, seja feliz, triste, angustiante, desesperador, pois percebo o quanto pude modificar meu interior, hoje eu sei, sinto e tenho plena certeza de que sou muito mais feliz!
Feliz, porque aprendi a ser feliz com as coisas mais simples.
Feliz, porque aprendi a refletir sobre tudo que me acontece.
Feliz, porque aprendi a me permitir a ser eu mesma.
Feliz, porque continuo aperfeiçoando este me permitir.
Feliz, porque por meio da dificuldade, aprendi a me virar, a encontrar formas diferentes de fazer as coisas.
Feliz, porque mesmo sendo ferida, não me fechei para o mundo.
Feliz, porque mesmo sendo traída pelas pessoas, não perdi a confiança no mundo.
Feliz, porque mesmo ao desistir da vida, encontrei forças para reviver.
Feliz, porque deixei de existir e passei a viver.
Se eu fosse escrever todos os motivos que me fazem se sentir feliz hoje, passaria o resto do dia.
Mas resumindo todos os motivos, posso dizer que aprendi a ser feliz com aquilo que a vida me trás.
Se a angústia vier, aprendi a acolhe-la um pouco mais, pois sei que isso ira me trazer algum aprendizado.
Se a felicidade chegar, sei que estarei recarregando minhas forças.
Se dificuldades surgirem, certamente, irá me trazer aprendizados muito ricos.
Enfim, aprendi a ser grata pela vida, independente de qualquer coisa, pois como escrevi na mensagem abaixo, o mundo tem a cor que a gente pinta e cabe somente a mim, pegar os pincéis e fazer a melhor arte que puder, com as cores mais ricas e lindas, pois esta obra de arte é minha própria vida e não é feita por outras mãos a não ser as minhas.
(Katia Tanaka)

O mundo é da cor que a gente pinta!





Já ouvi várias vezes a frase "O mundo tem a cor que a gente pinta" e refletindo sobre isso, percebo que faz uma imensa diferença, quando nos permitimos mudar a cor das lentes que usamos habitualmente.
Ontem (11/04) ao sair na rua, olhei para o céu, o sol e o dia estava simplesmente maravilhoso, as cores mais vivas, o vento fresco, o dia estava irradiando uma beleza inenarrável, parecia que o Universo estava em plena harmonia e o Criador emanava suas mais sublimes vibrações de paz, harmonia, alegria e um toque de felicidade.
Passei o dia inteiro assim, admirando a beleza do mundo. Olhava pela janela e vislumbrava o sol iluminando as árvores, as ruas, as pessoas.
Ao caminhar na rua sentia o calor do sol, me envolvendo como um caloroso abraço, o vento sacudia meus cabelos como um gostoso carinho do Criador.
Olhava para o azul do céu e sentia uma imensa paz invadir meu interior.
Apreciei a chegada da noite e mesmo com o céu nublado que escondia as estrelas, a noite estava maravilhosa.
Refletindo sobre isso, percebi que estamos tão acostumados com nossos afazeres do dia a dia que nos esquecemos de vislumbrar, mesmo que por alguns segundos a beleza do dia que se inicia, e isso independe de um lindo dia do sol, pois a beleza do dia está em nossos olhos, em nossa forma de captar a beleza.
Com que lentes você tem olhado o mundo?
Reflita você também e perceba que de fato o mundo tem a cor que o enxergamos e mesmo em meio às dificuldades, podemos escolher ver um mundo repletos de possibilidades.
Existe um poeminha antigo que não sei o autor que diz que "quando estivermos em dificuldades devemos aprender a lição que o grande astro o Sol nos dá todos os dias, pois mesmo encoberto de nuvens ele vem iluminar o nosso dia".
Refletindo sobre esta grandiosa lição, podemos compreender que mesmo diante das dificuldades da vida, podemos ultrapassá-las, vence-las e fazermos o melhor, buscarmos o melhor e tirarmos algum proveito do que estamos passando.
O mundo se transforma quando mudamos as lentes que o estamos enxergando, claro que inúmeros momentos de dificuldade teremos, porém, podemos dar um toque todo especial, olhando o mundo com lentes coloridas, certos de que tudo na vida é uma fase e cada fase nos trás uma lição.
Portanto, ao acordar, admire o nascer do dia, sinta a energia do Universo, o amor do Criador e permita-se simplesmente ser feliz, olhar com aquele olhar curioso para o mundo, descobrindo suas inúmeras belezas, desta forma, mesmo um dia cinzento, se transformara num lindo dia, pois esta foi a forma que você escolheu para admirar o dia.
(Katia Tanaka)

terça-feira, 8 de abril de 2008

Sentir falta de alguém







Existe momentos em que sentimos tanta falta de ter alguém, mas não qualquer alguém, pois existe um momento em que qualquer coisa já não nos basta.
Talvez aí diferenciamos o que seja carência, ou seja, aquele momento em que qualquer momento pode nos trazer o alívio para a solidão que nos invade, mas chega um momento que definitivamente trilhar este caminho é ainda mais vazio, ou como certa vez eu li, trás uma certa "ressaca moral" e nos sentimos mais vazio do que já estávamos.
Quando falo destes momentos que sentimos falta de ter alguém, falo de um outro sentido, além da carência, falo da busca de alguém que venha acrescentar, que seja companheiro, que exista uma troca de vivências, de sentimentos, desejos.
Não falo dos momentos "fast food", que vem e se vão, que são apenas um mero momento e acabou, falo de algo mais, do interesse que um passa a ter pela vida do outro, dos sonhos em comum, falo da construção de um relacionamento, onde certamente a carência não é a base.
Acho que o tempo passa e com isso, ficamos mais exigentes, não nos conformamos com qualquer coisa, pois aprendemos que queremos e temos o direito de ter muito mais.
Claro que os momentos fazem parte deste caminho, afinal nada vem assim prontinho e redondinho, mas nesta fase de se conhecer, aprendemos a escolher.
Já não nos contentamos com relacionamentos mornos, para não dizer quase mortos.
Já não nos contentamos com migalhas.
Já não nos contentamos com "antes ter alguém que ficar só".
Simplesmente porque aprendemos a nos bastar e com isso não quer dizer já não precisamos das pessoas, apenas não depositamos mais a nossa vida nas mãos de ninguém, a não ser na nossa!.
Creio que não existe uma receita para os relacionamentos, cada relacionamento é único e quem procura uma receita para a felicidade a dois, já começou pelo caminho errado.
O que existe mesmo é nos permitirmos!
Criarmos nossa forma de ser neste relacionamento e permitir que o outro seja.
Porém até este processo é único.
O que diferencia na realidade é a nossa forma de nos posicionar diante das possibilidades que surgem a nossa frente e o relacionamento a dois passa a fazer parte de nossa vida e não o motivo de nossa existência, nossa felicidade e nosso sentido.
E partindo disso, podemos até mesmo dizer que somos ainda mais felizes, pois compreendemos que o outro nos chega para somar em e não para ser nossa vida.
(Katia Tanaka)

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Escolhas e Renúncias




Pensar sobre nossas escolhas, requer também pensar nossas renúncias.
Embora pareça fácil lidar com nossas escolhas e renúncias, não é, ao contrário, chega até mesmo ser meio angustiante.
Angustiante por que jamais saberemos como poderia ter sido se tivéssemos escolhido a outra possibilidade.
Talvez aqui se enquadre o tal falado "E si eu tivesse...."
Esse "e si..." pode nos tirar a alegria de viver o momento, de desfrutar o que temos a nossa frente, pode nos fazer se arrepender muito, como pode nos trazer um certo alívio.
Tudo que escolhemos compõe este cenário chamado vida.
Se pararmos para refletir, o que vivenciamos hoje, é o reflexo de nossas escolhas de ontem. E a cada nova escolha, vamos mudando este cenário.
Muitas vezes, insistimos em continuar em determinados caminhos, sei lá porque, seja por carência, seja por dó, seja por medo, seja porque existe um ganho secundário, ou seja lá o porque, cada um tem seus motivos pra lá de íntimos, mas o certo é que de alguma forma a vida nos sinaliza que estamos indo contra nossos reais desejos.
E como bancar com esta escolha?
Como perceber que talvez as perdas sejam maiores que os ganhos?
E como lidar com as renúncias.
As vezes renunciamos sonhos, desejos, caminhos, por puro medo de tentar, ficamos meio que paralisados, diante da porta que se abre e não conseguimos avançar, não conseguimos mudar de caminho.
Existem renúncias que dilaceram nossa alma, e talvez aí que o "E si eu...." parece nos martelar a cabeça e dilacerar nossa alma.
Existem renúncias que são precisas para se avançar, para crescer, amadurecer e enfim, seguir nossos caminhos com passos mais firmes. Mas creio que mesmo essas renúncias tão necessárias nos deixam no fundo uma pergunta "E si eu...".
Creio que este seja o mais angustioso momento do ser humano, um momento que infelizmente vivemos a todo momento, pois mesmo quando paralisamos e nada escolhemos já é uma forma de escolher e de viver a vida.
Talvez este momento de paralisação seja aqueles momentos em que não vivemos, apenas sobrevivemos e de todas as escolhas, creio que essa é a mais triste.
Pois quando escolhemos e quebramos a cara, sofremos, nos machucamos e mesmo isso não sendo muito bom, não deixa de ser Vida.
Quando renunciamos para seguir um outro caminho, por mais que nos atormentemos com a perguntinha básica "E si eu...", não deixa de ser Vida, pois abrimos mão de algo para Viver.
Agora e a paralisação, aquele momento em que simplesmente deixamos a vida nos levar, é muito triste, pois o bom mesmo é pegarmos as rédeas de nossa vida e ousar, escolher, bancar, crescer.
Assumirmos uma posição responsável sobre nossa própria vida!
Isso não tem preço!
E o que você tem feito de sua vida?
Escolhas e renúncias fazem parte da vida. Você tem escolhido o que quer viver e bancado com suas renúncias ou você tem simplesmente paralisado, com medo de pegar as rédeas de sua vida e assumir que tudo que você vive é fruto de suas escolhas, se não está feliz com o que anda vivenciando, mãos a obra.
Transforme sua vida!
Depende somente de você!!!!!
(Katia Tanaka)

sexta-feira, 4 de abril de 2008


Alguém que inicia uma nova fase, certa de que...Não existe passos sem tropeços...Não existe caminhos sem obstáculos...Não existe amor se não houver entrega...Que lágrimas servem para regar as flores de nosso caminho...Que os espinhos fazem do mar de rosas que é nossa vida e certamente tem sua função. Que a dor vem para nos alertar de que estamos indo na contra mão de nossas reais vontades...Que crescer não é fácil, entretanto, tornar-se adulto, não significa ser tão sério.Que a vida por si só em muitos momentos é muito dura, para levar tudo tão a sério.Que ser autentico é ser verdadeiro conosco mesmo e partindo disso, somos muito mais verdadeiros com o mundo... Que em tudo em nossa vida é questão de escolhas e é preciso saber se vamos ou não bancar com elas... e principalmente, que a NÃO escolha também é uma escolha.Que estar só embora doa, nos ensina realmente a viver, uma vida menos dependente, menos estressante e muito mais confiante em nós mesmos, com isso aprendemos que o outro vem para nos complementar e não para ser a razão de nossa vida.Que amigos de verdade estão ano nosso lado, quando somos a sensação da festa e principalmente, quando caímos no fundo do poço.Que precisamos aprender nosso real valor, nossa real capacidade, partindo disso o que o mundo pensa... já não tem tanta importância.Que somente eu posso ser capaz de realmente me fazer feliz.Inicio uma nova fase, certa de que, este ano não foi fácil, entretanto, reconheço que muito me fez crescer. Vivenciei momentos ruins que nunca se quer imaginei, porém vivi momentos de grandes conquistas e isso é só o começo.Afinal, não importa o que eu tenha vivido, o importante é que eu não pare, e sempre continue a caminhar!!!!!!Sou uma criança de maior idade e descobri o quanto isso é bom, afinal quem foi que disse, que ser adulto é levar TUDO a sério? Claro que a vida nos exige "n" posturas, e devemos saber quando deve entrar em cena nosso papéis, afinal, como escreveu Charles Chaplin "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."...
(Katia Tanaka)

Calor Humano ou Desumano






Depois de um longo tempo desempregada, voltei a ativa.
E isso me fez refletir, pois trabalhava perto de minha casa e não precisava enfrentar ônibus e metro lotados.
Estes dias voltando para casa, ao olhar a fila de uma de minhas opções para voltar para casa, resolvi ir para uma outra que achei que seria mais tranquilo e também porque gostaria de saber o horário do mesmo para ir trabalhar.
Quanto a ser mais tranquilo, Puro engano! A fila estava enorme.
Esta linha é realizada por microônibus ou micro-ônibus, como preferirem.
Conversando com uma pessoa na fila, a mesma me contou que todos os dias era uma verdadeira loucura voltar para casa por meio desta linha, relatando sobre as brigas e confusões que presenciava todos os dias.
Papo vai, papo vem, enfim chega o microônibus ou micro-ônibus, quando entrei, já fiquei próximo a porta de entrada, que é a mesma da saída e por incrível que pareça, as pessoas que estavam do lado de fora, nos empurrando para entrar, pois o próximo, só chegaria dali 40 minutos.
Fomos de tal forma que nem precisava se segurar, pois certamente ninguém caíria.
E fomos conversando, falando da precariedade do transporte público.
Fiquei pensando que isso sim era "Calor Humano" para não falar desumano.
Refletindo sobre este meu período de desemprego, onde tive que me adaptar de "n" formas para tocar a vida, me lembrei da minha experiência na estação de trêm na Luz, horário de pico, se por acaso, não tiveram esta experiência, experimentem!!!!!
São pessoas, trabalhadoras, que depois de um dia inteiro ralando, correm, se empurram para entrar no trêm sem nem ao menos deixar quem está dentro sair, e aí de quem ficar na porta, além de bem dizer não conseguir sair, corre o risco de ser literalmente empurrada para dentro do trem, tudo isso para buscar um local para sentar, são pessoas que correm e chegam até sentar umas no colo das outras.
Fiquei refletindo sobre isso, ao presenciar várias vezes esta mesma cena, em vários dias diferentes, e não pensem que na estação de trêm brás não é a mesma coisa....
E não vou nem comentar estação da sé, linha vermelha, sentido corinthians-itaquera....
É de fato vivenciar um calor humano, muito desumano.
Claro que para cada coisa que vivemos, cada um de nós tira um aprendizado, uma lição, uma forma de ver e sentir a vida.
Certamente foram experiência que de alguma forma me fizeram crescer, olhar a vida de uma outra forma, cair na real em muitos sentidos e o melhor de tudo, aprender a me divertir, rir, brincar, afinal, certamente é bem melhor do que se estressar.
Voltando à experiência do microônibus ou micro-ônibus, algumas pessoas que estavam na frente, como eu, quase em cima do motorista, conversavam, comentavam sobre a situação, e tentavam buscar a "solução" para um itinerário melhor, mesmo espremidas, mesmo sem nem ao menos conseguir se mexer, se ajudavam, fosse para tentar rodar a catraca para quem precisava validar o cartão porque ia vencer o prazo, seja para informar que não precisava rodar a catraca porque o importante era validar o cartão, seja para falar de opções para voltar para casa de maneira mais confortável.
E toda esta situação trás uma reflexão, muitas vezes reclamamos muito, e esquecemos de olhar o que há de bom na vida, que existe pessoas que certamente estão em situações muito piores do que nós, e principalmente o ajudar-se de alguma forma.
Isso sim é calor humano, mesmo que em meio a um calor extremamente desumano.
(Katia Tanaka)

Experimentar

Lembro-me da primeira vez que ouvi esta palavra, não no sentido popularmente usado, mas de uma forma reflexiva, experimentar a vida, situações, momentos, formas de ser, de existir, de estar...
Como é profundo o sentido desta palavra!
Podemos experimentar a vida, sentir todas as possibilidades de ser, ousar ser por um momento e depois perceber que nada tem a ver com nossa forma de ser e existir no mundo.
Podemos experimentar vivenciar momentos e depois mudar o caminho.
Podemos apenas nos permitir experimentar, sem nos cobrar, sem nos impor condições que nos limitam.
E claro que neste processo de experimentar é importante antes de tudo, saber nossos limites.
Experimente!
Ouse refletir sobre esta palavra, colocá-la em prática, com o tempo irá perceber a leveza, a tranquilidade de seguir e recuar, de vivenciar e deixar de viver, de provar os sabores da vida.
Experimentar talvez seja nos dar a permissão de viver!
Existem momentos que nos angustiamos diante de decisões, até mesmos nos forçamos, nos cobramos, quando podemos simplesmente Experimentar.

(Katia Tanaka)

terça-feira, 1 de abril de 2008

É PRECISO "MORRER" PARA RENASCER MAIS FORTE!!!!




Há momentos na vida que são difíceis, porém decisivos... Momentos em que algumas situações em nossas vidas precisam “morrer”. Estas situações podem ser um sonho, um amor, uma paixão, um vício, um comportamento, um ideal, um medo, uma lembrança, uma mágoa, a falta de perdão, de amor próprio entre outras coisas.... Nestes momentos o que nos resta é encontrar forças e coragem para passar por este processo. Fácil? Certamente NÃO Este é um momento decisivo onde escolhemos deixar de carregar o peso do PASSADO em nossas vidas para andar mais LEVE... nos permitindo abrir-se para o novo, para novas possibilidades de ser e estar no mundo.Talvez este processo possa ser retratado como a metamorfose que passa a lagarta até se transformar em borboleta.
Primeiro a lagarta entra no casulo, depois de um longo processo, renasce como borboleta e creio que assim somos nós,
Alguns momentos somos como a lagarta, talvez o casulo seja os momentos difíceis que nos levam a refletir, nos chama para uma mudança, e passando esta fase, podemos nos lançar livremente pela vida “voando” de forma mais leve rumo aos nosso sonhos e objetivos.
Percebo este momento muito solitário, tão íntimo, tão a sós que embora tenhamos pessoas ao nosso lado, este processo é totalmente individual, não dá para o outro apreender o sentido de nossa alma. Compartilhamos pensamentos, vivencias, mas somente nós poderemos sentir a dor de matar sonhos, ilusões, situações, sentimentos, vícios, paixões, comportamentos... para ressurgir.... para nos abrir para o novo.
Esta mudança nos faz refletir sobre o que precisamos deixar pelo caminho e o que vale a pena carrega.
O que você tem carregado desnecessariamente pelos caminhos da vida?

(Katia Tanaka)

segunda-feira, 31 de março de 2008

Vida


A vida é sempre tão engraçada...
Acontecem coisas que realmente nos faz pensar, em seu sentido, nas direções que vamos seguindo. Na forma como nos mostramos para o mundo e o que esperamos deles e das pessoas.
E a vida nos surpreende.
E aí chegamos à considerações, pois tirar conclusões acaba por nos nos deixar cegos para apreciar as situações com novos olhares.
Considerações que muitas vezes nos tiram o chão, mas ao nos deixar "flutuando" nos abre para novas possibilidades.
As vezes narramos histórias, e a sensação de vazio que temos diante do ouvinte, nos trás uma sensação de desamparo tão grande... Esta consideração embora nos deixe com esta sensação, nos abre novas possibilidades de aproximação.
Outras vezes a narração desperta no ouvinte, uma sensação de cuidador, nos acolhe em seus braços, nos acolhe e então nos sentimos protegidos.
Sentimo-nos diante do devir, vivenciando sua angustia....
Um momento em que o ontem, o hoje e o devir se misturam, formando nosso ser.
Lançar-se ao devir, é abrir mão de uma série de possibilidades, para lançar-se a uma.
Ao lançarmo-nos a uma, é encontrar a força para bancar esta escolha. Se mantivermo-nos no que seria, não conseguiremos olhar o que é, nem lançar-se ao que pode ser.
E assim é a vida.
Como um livro que narramos nossa história.
Onde registramos nossos contos.
O que diferencia, é a forma como nos colocamos diante da vida.
Podemos abandonar caminhos. E as vezes até devemos fazê-lo, abrir-se para novas possibilidades, enxergar novos horizontes, apreciarmos novas paisagens, respirarmos novos ares.
Assim é a vida.
Que surge diante de nossos olhos, trazendo cravada em si os mistérios. O que muda é a forma como vivenciamos, sentimos e expressamos.
Colocar-se diante da vida, do outro, requer lançar-se.
Requer abandonar o peso do medo, que faz-nos sentir acuados.
E tirar os óculos escuros, e enxergar as possibilidades.
Assim é a vida.
Com seu sabor doce e amargo, as vezes a mistura dos dois.
O que muda é a forma como a degustamos.
Talvez devêssemos agir como crianças, nos lambuzarmos com a vida.
Entretanto, para tal, precisamos lancarmo-nos.
Deliciando-nos com as possibilidades.
Possibilidades, desta maravilhosa obra prima é feita a vida!.
O que temos feito com as possibilidades?
Como temos sentido e vivenciado essas possibilidades?
Como estamos nos abrindo para as possibilidades?
Ou até mesmo como fazemos isso?
Começando por EXPERIMENTAR.
O que fazemos com as dores que carregamos em nossas almas. As acomodamos para que doam menos, ao invés de tentar arrancá-las.
E assim vamos caminhando pela vida. Se focarmos nosso olhar apenas nas feridas, deixaremos as possibilidades da vida passar.
Se focalizarmos apenas na dor, deixaremos passar as oportunidades de acomodá-las.
E assim certamente é a vida!.
Vamos construir nossa historia, narrá-la, contá-la, desfrutá-la, repleta de possibilidades vivenciadas, dores acomodadas.
Novos horizontes conquistados.
Encontrar nossa forma especial de fazer esta vida... certamente valer a pena.
Não existe receitas prontas, cada receita é única para cada um de nós.
Então vamos encontrar pelo caminho os ingredientes, que NOS façam felizes.
E aí então poderemos dizer.
Esta é a história que começo a narrar sobre a MINHA VIDA.
(Katia Tanaka)